Capítulo 5 O velório.

Beka on

Estou parada enfrente a janela que da acesso ao jardim de casa, não consigo controlar o choro quando várias recordações vêm na minha mente.

Como esquecer??

Vivi os melhores momentos da minha vida ao lado do meu irmão ali, e agora teria que conviver apenas com as lembranças, pois, agora foi tudo o que me restou.

Estava perdida em meus devaneios, que nem percebi quando Enzo se aproxima por trás de mim e, puxa-me para um abraço.

Deito a minha cabeça no seu peito e, apenas me permito chorar como uma criança.

Enzo on-

Quando a vi sozinha olhando para o jardim, não pude evitar também as lembranças que tinha do meu melhor amigo, isso doía demais era quase que insuportável, mais não podia transparecer a dor que sentia, foi quando a peguei pela mão e a puxei para mim a envolvendo num abraço, deixei que chorasse no meu peito, não sabia como dizer e/ou o que fazer, por um momento hesitei em falar pensei comigo mesmo ela precisa de um tempo só para ela.

Apenas não a deixarei sozinha.

Depois de um longo tempo ela olhou-me nos olhos e disse.

Beka - Obrigada por isso Enzo, obrigada de verdade eu precisava disso.

Enzo - Como já lhe disse e vou repetir quantas vezes forem necessárias estou aqui por você e, para você sempre que precisar. Não tenha dúvidas disso nunca, palavra de mafioso (risos).

Beka- Só você mesmo para me fazer rir no meio de todo esse caos, me lembrarei de cada palavra que você disser.

Enzo- Isso mesmo nunca duvide.

Beka on

Meu celular toca me tirando da conversa que eu estava tendo com Enzo, era o número da funerária avisando que estava tudo ok e que logo levariam os corpos para casa, para serem velados pela família. Confirmei o endereço e então desliguei o celular, olhei para o Enzo e disse.

Beka- Já estão vindo com os dois corpos para serem velados aqui, avise o meu pai por favor eu terminarei de avisar os demais por ligações.

Enzo- Ok, não vou demorar e te ajudo com o resto pode ser?

Beka- Sim, pode.

Beka on

A funerária chega faz a arrumação do lugar e logo em seguida outros dois carros chegam trazendo meu irmão e meu primo.

O velório é fechado apenas para os familiares e amigos, como o meu irmão era bem conhecido por ser um dos maiores Ceo's da Europa a mídia fez-se presente tentando fazer com que fosse divulgado a todos.

Meu pai apenas falou o básico para que a mídia pudesse deixar-nos em paz, Enzo também teve que se pronunciar e também falou apenas o básico, não dando a oportunidade de fazerem, mas perguntas.

Já no cemitério o padre se pronuncia e discorre um belíssimo sermão, após as palavras ditas dá se lugar as últimas homenagens aos dois.

Beka on --

Ainda nas homenagens aos dois Lauren outra vez acaba passando mal e é levada ao hospital para fazer exames, e os que ficaram ainda prestam as suas últimas homenagens a eles.

Fico por último e despeço-me primeiro de Lian, tinha uma relação ótima com ele por isso senti essa necessidade de despedir-me mais um pouco.

Quando por fim cheguei à lápide do meu irmão parei e viajei em muitas memórias boas que compartilhamos juntos, não queria acreditar que nunca mais o teria por perto, senti um enorme vazio se instalar no meu coração, queria gritar!

Mas para quem?

Minhas emoções estavam em um turbilhão confuso, não sei como eu conseguiria sair desse caos.

Não percebi quando Enzo se aproximou me envolvendo em um abraço, não falei nada, mas sabia que assim como eu ele também precisava desse abraço.

Enzo-- Vamos minha pequena, está ficando tarde e temos que ir pois daqui à 20 minutos vai fechar o cemitério.

Beka-- Tudo bem já vou, estava me despedindo dele, me dói saber que nunca mas o terei comigo... Nunca ficamos tanto tempo longe um do outro, mesmo quando eu estava morando com nossa avó ele sempre dava um jeito de ir me ver.

-- Porque Enzo?

Enzo-- Calma tudo vai se resolver, logo encontraremos o culpado...

Beka-- Não foi um simples acidente?

Enzo-- Tudo indica que não, mais não se preocupe vou encontrá-lo e o fazer pagar por isso.

Beka-- Me promete apenas uma coisa Enzo?!

Enzo-- Se estiver ao meu alcance, o farei.

Beka -- Me prometa que não vai sossegar enquanto não encontrar o maldito que acabou com a vida do meu irmão e meu primo...

Enzo-- Não precisa nem pedir.

Beka-- E quando o encontrar o faça sofrer do mesmo jeito ou até pior do que estamos hoje. (fala com o olhar frio e sombrio)

Enzo-- Não precisa pedir duas vezes, ele pagará muito caro pelo que fez hoje, isso é uma promessa minha pequena. Juro pela minha própria vida que não descansarei um minuto sequer até o encontrar.

Enzo on --

Somos interrompidos por um funcionário do cemitério que nos avisa que o mesmo já fechou e que temos que sair, nunca vi Rebeka com um olhar tão frio quanto está agora, vou caçar esse maldito até minhas forças se esgotarem, e quando eu o encontrar não terei nem um pouco de dó.

Ao chegarmos próximo ao portão Beka se vira para trás e fala.

Beka-- Adeus Robert... juro a você que eu não vou sossegar até encontrar quem o tirou de mim.