O Destino de Ayla
img img O Destino de Ayla img Capítulo 3 O chato do meu primo!
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Capítulo 6 A fofoca img
Capítulo 7 A festa parte 1 img
Capítulo 8 A festa parte 2 img
Capítulo 9 A volta img
Capítulo 10 A visita img
Capítulo 11 A vespera img
Capítulo 12 O Primeiro dia img
Capítulo 13 Meu chefe é um capeta! img
Capítulo 14 O trio img
Capítulo 15 A festa de aniversário img
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Capítulo 3 O chato do meu primo!

Atravessaram a praça de sul a norte para chegarem no destino que desejavam. Fingindo não ter visto seu primo, Jonas, Ayla se dirige a uma mesa que se localizava em um lugar mais afastado de onde seu primo se encontrava com seu amigo. infelizmente ela não foi rápida o suficiente pois Jonas já havia a visto.

- Querida priminha do meu coração, onde pensa que vai? - Jonas disse extremamente sorridente.

- Indo sentar - Ayla respondeu em um tom seco, quase se tornando agressivo, pois da ultima vez que se viram tinham brigado, era realmente coisa de família que briga, briga e depois está bem, pelo menos Ayla era assim com seu primo, eles se davam bem, entretanto brigam muito.

- De maneira alguma! Vocês se sentaram com a gente. - Jonas disse mudando de assunto para não dar tempo de Ayla formular uma resposta negativa. - Quero te apresentar meu amigo Mauro. Mauro, essas são minha prima Ayla, que como pôde notar tem um gênio difícil e sua amiga Sara.

- Muito prazer em conhecer vocês - Mauro que era um rapaz muito gentil se levantou comprimentando-as.

- O prazer é nosso em te conhecer Mauro. - Ayla se surpreendeu em ter dito que o prazer era "nosso".

"O que diabos está acontecendo comigo?" Se perguntou ainda extasiada com sua atitude.

Ela se sentou longe de seu primo, pois, Sara havia deixado o pobre Mauro de lado após terem sido apresentados, Ayla se perguntava internamente o que seria de sua amiga? Balançou a cabeça negativamente enquanto observava sua amiga que estava praticamente se jogando para Jonas e ele era incapaz de ver.

Logo após se acomodarem na mesa, o garçom veio na direção em que o grupo se encontrava para atendê-los, por consequência impediu que a conversa começasse para o alívio de Ayla.

- Priminha do meu coração. - Jonas começou de um jeito que Ayla já sabia o que viria pela frente, mesmo com raiva decidiu esperar e ver o que seu amado primo tinha a lhe dizer. - Será que me dará a honra em saber como está sua vida ultimamente, porque da ultima vez que te fiz a pergunta você acabou nao me respondendo.

Ayla abriu a boca para responder seu amado, nem tanto assim, primo, quando fora impedida por Sara.

- Você ainda não sabe Jonas? Ela vai trabalhar!

Com raiva, não raiva era pouco para o que Ayla sentia naquele momento, lançou um olhar raivoso e ao mesmo tempo discreto para Sara, sua vontade naquele exato momento era de matar Sara, como ela podia fazer uma coisa dessas com ela?

Jonas, ignorando totalmente a existência de sua amiga, o que era um tanto engraçado, atravessou o braço pela mesa pegando a mão de Ayla.

- Que maravilha, priminha! Porque não me contou que queria trabalhar? Eu poderia ter a ajudado a encontrar um emprego.

Ayla já se estressara com a maneira que Jonas a estava tratando, ela nunca gostou que a tratassem com diminutivos, e seu querido primo sabia muito bem disso, e se fazia era simplesmente para estressá-la.

- Agradeço sua generosidade e seu interesse - Ayla disse calma e sarcasticamente - Mas decidi a alguns dias.

Jonas não conseguiu crer na calma em que Ayla proferiu as palavras, pois o tom de sarcasmo nas palavras não o surpreendia, além de seus olhos estarem fartos daquela conversa. Ele decidiu deixá-la de lado, se voltando para Sara, com um interesse excessivo, apesar de não ter nada de interesse amoroso nela.

- E você Sara, não vai trabalhar também? - Jonas pegou Sara de surpresa com sua pergunta.

- Eu? Imagine, eu trabalhando? Nunca. Os meus pais nunca me deixariam trabalhar. Além do mais, trabalhar é pra quem precisa ou não tem nada de mais interessante para fazer.

Jonas olhou para o lado, certificando-se de ter entendido bem a indireta para sua prima, que lançava um olhar raivoso para Sara.

- Vejo que tem um pensamento muito "prático". - Jonas disse zombeteiro, mal conseguindo conter o riso. - E o que você vai fazer quando se casar?

- Vou ter uma empregada. - Sara disse como se fosse a coisa mais normal na vida ter uma empregada.

Ayla pensou como os dois tinham paciência de conversar coisas tão banais. Não conseguindo mais aguentar, olhou para o relógio, eram 20:00 horas. Achou que já havia demorado demais na rua.

- Acho que já está na hora de ir. - Levantou rápido, pois ansiava em acabar com aquela conversa sem sentido - Prometi para minha mãe que não iria demorar. - Ayla disse se justificando para os demais que estavam à mesa.

- Eu acompanho você! - Mauro disse se oferecendo com muita cortesia - Será um grande prazer te acompanhar até sua casa - Finalizou sorrindo esbanjando uma alegria que Ayla não compartilhava.

Ayla não gostou nem um pouco da ideia que Mauro deu, mas não podia ficar ali por mais tempo.

- Está bem! - Ayla concordou tentando esconder a infelicidade transparente em sua voz - Até mais gente.

- Ei, espera um minuto. - Jonas disse contrariado, o que a pegou totalmente de surpresa. - Você vai saindo assim, sem se despedir de mim. - Como sempre Jonas reclamou do tratamento recebido. Ayla sempre brigava com o primo por esse motivo, ele era meloso demais para seu gosto.

- Já me despedi de todos. - Disse com raiva continuando com sarcasmo transparente na voz. - Você não ouviu?

Jonas se levantou no automático, parecia um robô, não deixava transparecer nenhuma emoção, no que ele se aproximou, Ayla pode ver um brilho diferente em seu olhar, infelizmente ou felizmente não prestava tanta atenção em Jonas para detectar que emoção seu olhar transmitia, raiva ou ódio, realmente ela não se importava. Ayla estava nenhum pouco interessada em saber.

- Eu só queria que você se despedisse de mim direito. - Jonas disse fazendo um bico de todo tamanho, o que fez com que Ayla revirasse os olhos.

Em um gesto rápido ele segurou o rosto de Ayla, beijando sua testa, ela não moveu um músculo, odiava quando Jonas agia de forma tão amável. Controlando os nervos para não pular no pescoço de seu "amado primo" se despedindo mais uma vez.

- Você não tem medo de andar sozinha a noite? - Mauro disse depois de alguns minutos que andavam em um silencio, que para Ayla estava muito agradável, entretanto pelo que pôde perceber não era tão agradável para Mauro que tentando puxar assunto a todo custo. Ayla não gostava de conversas fúteis, se sentia menos do que era com conversas daquele cunho.

- Não vejo problema nenhum, além do mais é aqui perto. - Respondeu tentando esconder que não estava tão à vontade com a conversa.

Um silêncio predominou o restante do caminho, o que Ayla dera graças a Deus. Ao chegarem na esquina da rua onde morava, ela apressada se virou para Mauro dizendo um até mais rápido e direto saindo andando o mais rápido que conseguia.

- Ayla! - Mauro a chamou que assim que escutou parou, olhou para tras olhando-o como se dizia o que foi? Com um sorriso de canto nos lábios Mauro se aproximou de Ayla. - Tem uma coisa que preciso te dizer..., mas você pode me achar um estranho.

- Se não falar não vou saber dizer se é ou não é um estranho. - Ayla disse sucinta.

- Desde o primeiro momento que te vi eu me encantei, amei o seu jeito, queria te conhecer melhor, e quem sabe poder namorar... - Marcus fez uma pausa, olhou para ela,, seus olhos mesmo em um lugar pouco iluminado como sua rua era, ela conseguia perceber um brilho diferente neles. - Pode achar que estou brincando, mas não estou.

Ayla assustada com tudo aquilo que saíra da boca do rapaz que conhecia a pouco tempo, para ser mais preciso a poucas horas e vendo que a expressão dele era séria e sincera, o medo a assolou, não sabia o que responder, por isso desviou o olhar dos dele, permanecendo em silêncio.

- Será que posso ter alguma esperança?

Ela notou que ele queria falar mais, entretanto a insegurança tomava conta dele, era muito provável que estivesse esperando-a falar alguma coisa para depois continuar seja lá o que estivesse falando. Ayla não podia mentir e muito menos falar algo que o machucasse, mas preferiu dizer a verdade mesmo que doa mais nele do que nela.

- Não posso te prometer nada, Mauro. - Ayla disse respirando fundo. - Mas podemos ser amigos.

Agora quem se sentia insegura era Ayla, esperava por uma resposta favorável para aquela situação embaraçosa em que ambos se encontravam.

- Você está certa. - Mauro disse com um enorme nó em sua garganta que impedia sua voz de sair limpa, mesmo com a voz rouca continuou. - Devo estar parecendo um louco varrido de falar tal coisa para uma garota que conheço a horas. - Finalizou segurando um riso de nervoso.

Ao escutar o que Mauro acabara de dizer seus pensamentos se acalmaram. Ayla podia ser considerada a "coração de gelo", entretanto isso era só uma grossa camada de proteção. Ao que tudo indicava para ela, Mauro conseguira rachar essa grossa proteção.

- E você também é um rapaz diferente dos outros acredito que seremos grandes amigos - Ayla disse tentando ignorar seu coração que batia acelerado, sem entender muito bem o que acontecia com seu corpo, aquilo nunca lhe aconteceu, para ela era uma situação totalmente nova.

- Eu queria ser mais que um amigo, mas aprendi a me satisfazer com o que as pessoas estão dispostas a me oferecer. - Mauro disse se despedindo de Ayla com um forte abraço.

Ali, dentro daquele abraço, seu coração bateu cada vez mais rápido, Ayla teve a impressão de que o órgão sairia pela boca.

"Pelo visto seremos grandes amigos!" Exclamou em pensamentos à medida em que saía do abraço. Sem dizer mais nenhuma palavra, Ayla dá as costas para Mauro indo para casa.

            
            

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