Capítulo 4 O Baile de Primavera - Parte I

Chegou o dia do baile. Helena e Amina já receberam seus vestidos, coroas e sapatos. Helena também ganhou de presente do seu pai lindas joias do mais puro ouro para usar na ocasião. Helena emprestou um conjunto de esmeraldas para Amina.

Tudo estava praticamente finalizado. Amoan acertou de buscar Amina na casa de Helena as 5 horas da tarde.

Quando Amoan chegou para buscar Amina foi que Helena se deu conta de que não combinou horário com Hiven. Ela estava certa de que ele iria vir busca-la como aspirante de qualquer maneira, mas Hiven era extremamente pontual e, até agora, nem mesmo um bilhete ele lhe mandou.

Herog vendo as horas passarem perguntou a Helena:

- Minha filha onde está o Hiven? Ele será aspirante?

- Pai, acabei não confirmando com ele e Hiven sempre foi muito pontual. Acho que ele não virá. E agora, papai?

- Minha filha você é uma nobre, sempre haverá oportunidades de bailes pra você ir. Melhor não se arriscar a ir ao baile sem um aspirante.

Helena não queria deixar de ir. Apesar de ter muitos bailes para quem é nobre, o da primavera era o seu preferido.

Helena, então resolveu arquitetar um plano. Um de seus guardas pessoais iria com ela na sua charrete pessoal e outros dois iriam conduzindo a charrete.

Geralmente os aspirantes providenciavam charretes reforçadas e com cavalos de rápido arranque. Além disso, dentro da charrete iam mais dois guardas do aspirante, além do próprio aspirante e de sua dama.

Helena pegou uma das roupas de seu pai e deu ao guarda a iria dentro da charrete com ela. Ela instruiu todos os seus guardas conforme suas respectivas funções. Eles não estavam confortáveis com a situação, afinal os foras da lei conheciam de longe uma charrete de uso pessoal, além disso, os cavalos não tinham arranque suficiente para fugir dos bandidos. Helena torcia que passassem despercebidos já que a distância do palacete de seu pai era pequena até o castelo.

Infelizmente, não foi o que aconteceu. Os foras da lei estavam bem atentos e logo se deram conta de uma charrete vulnerável. Rapidamente alcançaram a charrete pois os cavalos não conseguiram imprimir velocidade suficiente.

Logo que o chefe dos bandidos olhou dentro da charrete, disse aos seus comparsas:

- Rapazes, hoje é nosso dia de sorte. Uma dama da nobreza

Helena ficou apavorada. Seus guardas até tentaram defendê-la, mas eles eram apenas 3 contra 5 e não estavam tão bem armados quanto uma escolta preparada com antecipação como a de um aspirante.

Ao ver Helena, os bandidos lamberam os lábios e começaram a falar coisas que deixaram Helena em pânico:

- Nossa! Olha que delicia essa nobrezinha!!

- Podemos fudê-la antes de a vendermos?

- Hum... eu gozaria gostoso nessa nobre delícia.

- Calem a boca, seus imprestáveis! Não veem o quanto de dinheiro conseguiremos nessa belezinha? Nobre e virgem!! - disse o chefe dos foras da lei.