Em busca de um amor verdadeiro
img img Em busca de um amor verdadeiro img Capítulo 4 Primeiro encontro
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Capítulo 6 Pedido de namoro img
Capítulo 7 Recaída img
Capítulo 8 Momento difícil img
Capítulo 9 Quase lá img
Capítulo 10 Marcando encontro img
Capítulo 11 Tagarela img
Capítulo 12 Entre a cruz e a espada img
Capítulo 13 Humor ácido img
Capítulo 14 Arrependimento img
Capítulo 15 Virgindade img
Capítulo 16 Bela surpresa img
Capítulo 17 Mais uma vez img
Capítulo 18 Decepção img
Capítulo 19 Sem paciência img
Capítulo 20 O encontro img
Capítulo 21 Constrangimento img
Capítulo 22 Constelação img
Capítulo 23 Última vez img
Capítulo 24 Medo de apaixonar img
Capítulo 25 Carência img
Capítulo 26 Revoltada img
Capítulo 27 Volta pra casa img
Capítulo 28 O plano img
Capítulo 29 Escondido img
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Capítulo 4 Primeiro encontro

Mabel logo tentou fazer uma expressão feliz, mas não deu muito certo, porém ela não desistiu.

- Eu vou me arrumar, e a gente vai dá uma volta. Espere um pouco! Já volto! - ela disse e se dirigiu ao seu quarto. Em dez minutos ela voltou com os cabelos penteados, perfumada, e vestindo um vestido casual preto.

- Vamos? – ela perguntou e Jade concordou.

A casa de Jade ficava no centro do pequeno povoado, então era corriqueiro sentar-se na porta da frente para ver o movimento noturno da rua, principalmente as moças que procuravam rapazes para flertarem. Ambas se sentaram em um banquinho improvisado de madeira embaixo de uma árvore próxima a casa dos pais de Jade.

- Amiga! Vou direto ao assunto! Túlio tá muito interessado em você, ele parece apaixonadinho, meu irmão é um fofo! Você já se decidiu?

Mabel arregalou os olhos.

- Apaixonado? Por mim? Nunca imaginei que ele sentisse isso por mim! Eu... eu não sei nem o que dizer, acho que você tá equivocada, e além disso eu realmente não estou afim de relacionamento por agora...

- Mabel, meu irmão é bonito, trabalhador, você o conhece, ele não é festeiro e nem namorador. É o homem ideal para você. Não é porque é meu irmão não, mas ele é um ótimo partido.

- Eu sei, Jade. Mas eu não estou pronta. E outra, ele é muito novo. Tanto eu quanto ele só temos 16 anos.

- Mas não é porque vão começar a namorar agora, que vai ter que casar imediatamente. Vocês podem namorar alguns anos e depois se casarem quando tiverem mais maduros.

- Olha, eu vou pensar! Mas por enquanto eu aceito conhecê-lo melhor, sem nenhum compromisso!

- Certo, cunhadinha! – ela deu um sorriso de satisfação, e Mabel revirou os olhos, porém Jade sabia que sua amiga também se apaixonaria por Túlio, e o amor seria recíproco – Pois, ele disse que se você topasse queria dar uma volta com você ainda hoje! Ele está lá na casa da prima da minha mãe te esperando! Vamos?

Mabel pôs a mão no peito e disse:

- Você quer me matar do coração, mulher? Hoje ainda? Mas eu nem me arrumei direito. E agora?

Jade riu e disse:

- Deixa de bobagem, você é bonita até desarrumada, mas você tá arrumada sim. Quer uma balinha pra adoçar a boca caso role um beijo? – ela disse dando gargalhadas, pois Mabel era muito tímida e fazia uma expressão engraçada no rosto ao ouvir aquelo tipo de piada.

- Deixa de bobagem, Jade! Vamos! Já que é para ir, então vamos logo!

Após cinco minutos de caminhada chegaram onde Túlio estava, era uma residência próxima a de Mabel.

Faltando alguns metros elas o avistaram. Ele era charmoso, porém era muito modesto, vestia short, camiseta e sandálias quase sempre, exceto para ir ao colégio. Ao se aproximarem ambos estavam nervosos e com os corações disparados, pois ambos também eram tímidos. Ele a cumprimentou com um beijo no rosto e puxou um banquinho para que ela se sentasse, e em seguida ele pegou outro banquinho e se sentou de frente para ela bem muito próximos, e tentou não parecer estar nervoso.

- Você está bem? – ele perguntou.

- Estou sim! E você? – ela tentava parecer estar relaxada.

- Estou melhor agora ao seu lado. Eu estava muito ansioso para te ver, e tive medo de você não me querer – ele disse com sinceridade.

- Bom, eu pensei um pouco e decidir tentar para ver no que dá – ela disse também com sinceridade, porém envergonhada.

Ele aproximou o rosto do dela de forma que os narizes se tocaram. Ela pôde sentir o cheiro do perfume dele e ele o dela. O cheiro dele era refrescante e amadeirado, o dela era floral adocicado. Ambos estavam com muita vontade de se beijar, porém ele estava indo com calma para não assusta-la, mas não resistiu muito tempo, e seus lábios tocaram os dela com suavidade, e então, ele pôde sentir a maciez da sua amada. O beijo foi calmo e de ternura. Ele a puxou para mais perto e quando se deram conta ela estava dentro dos braços dele, e ele nos dela. Grande foi a química de ambos.

Ela respirou fundo e se afastou ficando de pé.

- É que já é tarde. Não posso chegar em casa depois das nove, pois meus pais me reclamam. Tenho que ir, desculpa! - ela disse e se virou apressada para ir embora.

- Espera, menina! Deixa eu te levar! - Túlio disse e se aproximou dela tocando lhe a mão e entrelaçando seus dedos nos dela. Ela não disse nada, apenas correspondeu ao gesto. Em poucos minutos após andarem pelas ruas escuras e sem pavimentação, chegaram a residência dela. Ela soltou a mão dele!

- Eu já vou indo! Tchau! - Mabel disse meio envergonhada e apressada, entrando e fechando a porta.

- Certo. Tchau! - ele disse sem insistir em algo mais, pois a qualquer momento os pais dela poderiam sair na porta e vê-los, e ele ainda não havia pedido a mão dela em namoro nem para ela, nem para os pais dela.

Naquela noite Mabel podia dormir, pois pela primeira vez em muito tempo estava alegre com algo, as carícias do irmão da sua amiga haviam a deixado empolgada e a fez esquecer um pouco o tormento que vivia com o homem obsessivo, mas aquelas emoções que Túlio despertou nela não duraram muito, logo ela percebeu que seu celular vibrava muito. Era Andrey, os obsessivo, porém, ela não atendeu. Esperou a chamada cair e decidiu enviar mensagem inventando alguma desculpa que justificasse o sumiço dela.

-" Oi Andrey, eu estava dando uma volta com minha amiga".

Imediatamente ele respondeu:

"Ah, espero que não tenha achado ninguém para se interessar em você. Como foi seu dia hoje? Sinto sua falta. Quando vamos nos encontrar pela primeira vez? Estou ansioso por esse momento. Vamos nos dá muito bem, tenho certeza."

Ela já estava cansada das investidas dele para se encontrarem, porém ela não poderia ser rude, pois as ameaças começariam. Ele poderia expor as conversas dela com ele para os pais dela, e ela não saberia o que faria se isso acontecesse.

Ela digitou as mensagem e enviou já com medo da resposta.

- "Olha, eu já te falei que por enquanto não dá de a gente se ver, eu só ando de casa para a escola. Meus pais não me deixam sair muito. Desculpe!"

E ela não estava errada de temer a reposta.

- " Você é uma boba, já tem quase 18 anos e seus pais mandam em você ainda. Você não tem vez e nem voz na casa deles. Se você vier ficar comigo você vai ver como é bom ser livre de pai e mãe no seu pé."

Ela leu e tentou digitar com cuidado, escolhendo as palavras certas para formar a sua resposta a ele.

- " Andrey, eu estudo ainda, não trabalho. Dependo de tudo deles e vivo na casa deles, então é normal eu ter que obedecê-los. Você não acha? E eu não tenho dezoito anos. Tenho apenas dezesseis!"

- " Não! eu não acho! Você deve ser livre para ficar comigo, eu só quero te fazer feliz! Eu prometo que você vai ser feliz comigo e vai se apaixonar por mim."

- " Bom, agora eu vou dormir. Ok? Boa noite! Durma bem!" - Mabel disse tentando parecer gentil.

No dia seguinte Jade foi até a casa da amiga novamente. Túlio havia mandado que ela falasse com Mabel que ele queria vê-la novamente. Quando Jade disse a ela, ela aceitou sem hesitar. E ambas foram ao encontro dele na casa dele. Ao chegarem, ele já estava esperando na varanda com uma caixinha de música na mão, ouvindo algumas músicas, ao avistar elas, baixou o volume e disse:

- Oi, quer se sentar? Eu vou lá dentro pegar cadeiras para nós. - após dizer ele fez uma expressão facial disfarçadamente para que Jade entendesse que era hora de deixá-los a sós.

- Não precisa. Eu vou embora daqui a pouco. Você sabe que não posso demorar. - ela disse e ele concordou com a cabeça.

Ele se encostou na coluna de concreto da varanda de sua casa e puxou Mabel para si, a abraçando. Jade imediatamente entrou em casa e ficou por lá para não atrapalhar os pombinhos, porém ela não pôde deixar de espioná-los pela brecha da janela, com cuidado para seus pais não perceberem.

Túlio e Mabel começaram a senhora beijar com muito desejo, e pela brecha Jade os observava feliz por vê-los tão juntos, mas logo ela ouviu alguns passos atrás dela, quando tentou disfarçar o que estava fazendo, se deu conta de que já era tarde.

- Mas o que você está fazendo, menina? Está observando a vida dos outros pela janela? Que coisa feia! - Rosalinda a dela e de Túlio a pegou no flagra.

- Mas mãe, a senhora também faz isso que eu já vi - Jade tentou se justificar.

- É diferente, minha filha. Muito diferente! - Rosalinda tentava se esquivar do próprio erro, o mesmo que a filha havia cometido e ela a repreendeu.

- Ah, mãe deixa de coisa. Vem ver junto comigo, venha! - Jade chamou a mãe para espionar também o casal que acabara de se formar.

Quando Rosalinda viu ela abriu a boca de surpresa e pôs a mão na frente.

- Mas o que teu irmão tá fazendo Jade? Essa não é a filha de Viviane mais Marlus? - ela perguntou.

- Sim, mãe! É bem ela mesma, a minha amiga! Eu que fui o cupido dos dois. Eles não são lindos juntos? - Jade disse fazendo cara de apaixonada, desejando logo encontrar alguém para ter a mesma química que eles.

- Menina, mas teu irmão é tão novo! Eu não queria que ele tivesse namorada por agora. - a mãe de Túlio disse decepcionada - eu vou lá agora mandar ele levar ela embora, e vou ter uma conversa séria com ele. Que pouca vergonha esses dois se beijando na frente de minha casa.

Rosalinda se levantou e foi reclamar com o filho.

            
            

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