O Viúvo e a CEO - Doce Surpresa para o Confeiteiro
img img O Viúvo e a CEO - Doce Surpresa para o Confeiteiro img Capítulo 10 De Volta ao Lar
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Capítulo 14 O Direito de Ser Pai img
Capítulo 15 Em Busca do Meu Bebê img
Capítulo 16 O Destino se Cruzou img
Capítulo 17 A Verdade Começa a Surgir img
Capítulo 18 A Busca pela Verdade Continua img
Capítulo 19 Sou Pai de Duas Princesas img
Capítulo 20 A Conquista da Confiança img
Capítulo 21 A Esperança de um Novo Começo img
Capítulo 22 Entre o Passado e o Presente img
Capítulo 23 Um Pedido de Coração img
Capítulo 24 O Caminho para a Harmonia img
Capítulo 25 Uma Incrível Coincidência img
Capítulo 26 A Prioridade é as Minhas Filhas img
Capítulo 27 O Começo de uma Nova Jornada img
Capítulo 28 Um Momento de Puríssima Felicidade img
Capítulo 29 Meu Maior Tesouro img
Capítulo 30 Aprendendo a Ser Pai img
Capítulo 31 Um Almoço Inesperado img
Capítulo 32 Vício Por Chocolates img
Capítulo 33 Descobrindo Novos Laços img
Capítulo 34 Um Beijo Inesperado img
Capítulo 35 O Desafio de Ser Amiga e Imune img
Capítulo 36 Entre o Medo e a Esperança img
Capítulo 37 A Compreensão e o Amor img
Capítulo 38 Nossa Maior Conquista img
Capítulo 39 Um Aniversário Especial img
Capítulo 40 Um Duelo Silencioso img
Capítulo 41 A Família em Harmonia img
Capítulo 42 O Primeiro Encontro img
Capítulo 43 Um Começo Difícil img
Capítulo 44 Aproximações e Descobertas img
Capítulo 45 Uma Surpresa Inesperada img
Capítulo 46 Um Almoço Cheio de Surpresas img
Capítulo 47 Um Momento de Compreensão img
Capítulo 48 Sorrisos de Cumplicidade img
Capítulo 49 Um Passado Doloroso img
Capítulo 50 Beleza Reconhecida img
Capítulo 51 Um Toque Especial img
Capítulo 52 O Poder das Pequenas img
Capítulo 53 A Verdade em Foco img
Capítulo 54 Um Sentimento Que Cresce img
Capítulo 55 O Passado Ficou Para Trás img
Capítulo 56 Paternidade em Ação img
Capítulo 57 Um Momento de Proximidade img
Capítulo 58 Mais Material Para Imaginação img
Capítulo 59 A Noite Que Não Termina img
Capítulo 60 Sensações Despertadas img
Capítulo 61 Não Vou Estragar Tudo img
Capítulo 62 Não Posso Mais Negar img
Capítulo 63 Atração Proibida img
Capítulo 64 No Limite da Tentação img
Capítulo 65 Uma Proximidade Perigosa img
Capítulo 66 Instinto de Proteção img
Capítulo 67 Abraço Que Conforta img
Capítulo 68 O Milagre da Família img
Capítulo 69 A Magia do Halloween img
Capítulo 70 Fantasias nos Revelam img
Capítulo 71 Sombras da Tentação img
Capítulo 72 Um Erro Imperdoável img
Capítulo 73 Coração Despedaçado img
Capítulo 74 Culpa e Arrependimento img
Capítulo 75 Em Busca do Perdão img
Capítulo 76 A Consequência do Erro img
Capítulo 77 Realidade Inevitável img
Capítulo 78 Decisões e Desafios img
Capítulo 79 Conversa de Reconciliação img
Capítulo 80 Um Novo Recomeço img
Capítulo 81 Uma Revelação Inesperada img
Capítulo 82 O Detalhe que Faltava img
Capítulo 83 Um Detalhe Revelador img
Capítulo 84 Começando o Jogo img
Capítulo 85 Meu Maior Presente img
Capítulo 86 Mudanças Sutis img
Capítulo 87 Família é Tudo img
Capítulo 88 Enfim, Sós img
Capítulo 89 O Momento da Verdade img
Capítulo 90 Sussurros da Paixão img
Capítulo 91 Um Toque de Paixão img
Capítulo 92 Retribuir o Carinho img
Capítulo 93 Sombras do Passado img
Capítulo 94 Ciúmes em Dose Dupla img
Capítulo 95 Entre Beijos e Carícias img
Capítulo 96 Consumidos Pelo Fogo img
Capítulo 97 Combinação Perfeita img
Capítulo 98 Entregues a Paixão img
Capítulo 99 Promessas de Prazer img
Capítulo 100 Confissões e Carícias img
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Capítulo 10 De Volta ao Lar

Raphael

Desembarco do avião e olho para o céu claro de Los Angeles, que é um contraste de como me sinto, já são muitos meses desde que olhei para ele pela última vez. E por não ter avisado ninguém que estou retornando hoje, para não deixá-los ansiosos, peguei um táxi para a casa de meus pais. É ali que irei morar no momento, ao menos até conseguir um novo lugar para mim.

Após a visita de minha avó e a decisão de cumprir minha promessa, passei a noite pensando muito em como faria isso, e na ocasião cheguei apenas uma conclusão: não conseguiria seguir em frente morando na casa que construí com ela e onde planejamos formar uma família. Mas como jamais poderia me desfazer daquela casa, decidi dá-la para Mett e Petrus morarem, eu sabia que antes de tudo isso acontecer, eles estavam planejando casar, e eu sabia que os dois seriam felizes ali, eles poderiam ter a família que me foi negada.

Como também precisava de tempo e espaço, e de lugares onde não sentia sua presença tão forte para me curar, deixei tudo que eu possuía na casa de meus pais. Não havia por que comprar uma casa quando minha intenção era me afastar de tudo. Minha mãe, é claro, ficou mais do que satisfeita por me ter novamente embaixo de suas asas protetora, mesmo comigo dizendo que não ficaria na cidade, pois precisava me afastar da cidade e das lembranças.

Eu parti em viagem naquela mesma semana, meu foco seria apenas o trabalho, afinal a cozinha sempre foi meu maior refúgio e a empresa era tudo que me restava.

A Chokladgodis foi criada há quase 70 anos por meu avô, e era apenas uma doceria familiar, porém, quando meu pai assumiu os negócios, viu que havia potencial para ser uma empresa muito maior e começou a expandir a empresa. Assim, a Chokladgodis foi sendo instalada nas principais cidades do país. Mas ele não era muito bom com negócios, deixava tudo sob a responsabilidade de um administrador. Eu sempre trabalhei na doceria, e assim descobri que apesar de adorar cozinhar, sou bom em gerenciar também. Assim, quando assumi a empresa fiz ela crescer ainda mais, e com isso estamos presente nas 50 maiores cidades dos Estados Unidos.

Por um tempo foquei em realizar um antigo desejo e expandir a empresa, abrindo uma filial no Canadá, e no fim, agora existem docerias em Vancouver, Calgary, Ottawa e Toronto.

Fiquei um tempo cuidando das inaugurações, e como não me sentia pronto para voltar à Los Angeles, fiz uma viagem por todo os Estados Unidos, visitando cada filial da Chokladgodis, e assim passei os últimos meses indo de uma cidade a outra, vendo pessoalmente como estão as docerias, embora não ficasse mais do que 4 dias em cada cidade. Foi algo que eu nunca havia feito, pois normalmente só vou até uma filial em sua inauguração ou se tem algum problema que precisa ser resolvido por mim.

Sinto-me bem por ter conseguido me reerguer, mesmo que não como deveria, é o máximo que eu posso fazer. Apesar de continuar vivendo, não sorrio e nem consigo ser o mesmo que eu era quando tinha a Leilah ao meu lado. Parte de mim, a parte feliz, se foi junto com ela. Mas vou cumprir minha promessa até o fim dos meus dias, não deixarei de viver, pois foi esse o maior desejo de minha fofinha. Não é uma felicidade completa, mas está bom desse modo, é o meu novo normal.

Assim que o táxi parou, paguei e desci, ficando parado um momento ali na calçada olhando a fachada da casa, toda feita de tijolinhos cinzas e com beirais branco nas janelas. O vulto de minha mãe na janela chama a atenção e ela logo sai vindo até mim, deixo a bolsa no chão e lhe abraço, me sentindo pela primeira vez em casa.

Entro e subo para tomar um banho relaxante, é algo essencial para se recuperar depois de 6 horas de voo, vindo diretamente de Nova York. Quando entro no quarto, noto que minha mãe deixou tudo organizado, e desconfio que ela deve ter deixado assim desde o dia que eu viajei.

Ao descer, vou até a varanda dos fundos, onde minha mãe já preparou um lanche para nós.

- Então filho, como estão as docerias?

Sei que não foi fácil para os meus pais me terem tão longe, mas para mim a distância e o trabalho foram fundamentais para não cair novamente na depressão e nem desistir da vida.

- Estão ótimas, meu pai, todas as filiais estão funcionando muito bem, e em cada parada, eu escolhia ingredientes locais e criava um novo prato, afinal cada cidade tem seu ponto forte na culinária e usei isso ao meu favor nas criações.

Criar doces me fez chegar bem próximo de quem eu era. Afinal sempre fui muito bom nisso, inventar de tudo que é possível com chocolate. E era algo que Leilah amava quando eu fazia.

Não me passa despercebido a troca de olhares entre os dois, eles não escondem a alegria ao saber que voltei a cozinhar e a inventar novos doces, acho que por saberem que sempre me senti bem ao criar. Porém, por mais que eu tente, não consigo compartilhar da alegria dos dois, posso ter encontrado paz e foco, mas não a felicidade.

- Filho, quais seus planos agora que voltou?

- Hoje quero visitar o túmulo da Leilah e levar algumas flores para ela, já que não fiz isso na semana passada. Sei que foi egoísta de minha parte, mas não tive forças para a visitar no dia que fez um ano de sua morte. - E depois irei procurar um apartamento para mim, preciso voltar a colocar minha vida nos eixos.

- Vá com calma filho, não precisa ter pressa. Não estamos lhe expulsando daqui. - Sua risada é ótima, e me deixa ainda mais à vontade.

- Sei disso, minha mãe, e pode ficar tranquila que só irei sair da sua casa quando achar um ótimo lugar. - O que será rápido, quero meu espaço. - Mas então pai, como está a doceria daqui?

- Passei lá esses dias, está tudo ótimo, aquele rapaz tem gerenciado tudo muito bem.

- Amanhã passarei lá e avisarei de meu retorno, pretendo voltar ao trabalho.

- Querido. - Me viro para minha mãe. - A Isadora ligou algumas vezes esses dias procurando por você.

Não imagino porque Isadora me ligaria, não a vejo desde o funeral de Leilah, e na ocasião nem chegamos a conversar. O que ela pode querer comigo?

- Quando chegar do cemitério ligo para ela.

Como tenho muitas coisas para fazer, levanto e dou um beijo em minha mãe.

- Filho o seu carro está na garagem, fiz revisão semana passada, e o Emmett dá uma volta com ele toda semana. A chave está no aparador ao lado da porta.

- Obrigado pai.

Após pegar minha carteira e as chaves, sigo para a garagem. Meu Porsche 911 está ali com a lataria vermelha reluzindo, quando fui comprá-lo, foi Leilah quem escolheu a cor e lembro-me bem de suas palavras: "vermelho é a cor da paixão, é a nossa cor e vamos nos amar muito nesse carro". E quando o carro chegou, foi a primeira coisa que fizemos, nós nos amamos muito dentro dele.

Saio de minhas doces lembranças e sigo meu caminho. Primeiro passo em uma floricultura e compro um buquê de orquídeas e astromélias brancas, que eram as preferidas de Leilah. Com as flores em mãos, sigo para o cemitério.

Passo quase uma hora ali, sentado e olhando para sua lápide. A última vez que vim aqui foi para pedir perdão por ter falhado em minha promessa, mas agora posso dizer que estou seguindo em frente, um dia de cada vez.

Quando saio dali, me sinto agoniado e isso me incomoda, é como se algo muito sério estivesse prestes a acontecer, e eu não sei se será algo bom ou ruim.

Sigo direto até uma imobiliária, onde sou apresentado ao corretor Javier Jimenez, que possui o sotaque latino bem acentuado. Explico o que procuro, quero um apartamento confortável, com apenas uma suíte, sou sozinho e não tenho intenção de mudar essa realidade.

O rapaz começa a me mostrar algumas opções, me impressiono com os loft disponíveis, e em seguida saímos para ver alguns que estão disponíveis para visita. Durante as visitas, um loft em Playa Vista me agrada muito, ele não fica muito longe do hotel em que meu cunhado, Petrus, trabalha e nem da doceria. O andar de baixo é um ambiente único, embora bem dividido com cozinha, área de jantar e uma sala com sofá de canto, além de um lavabo, há ainda uma mesa de sinuca em um dos cantos. No piso superior tem um espaço que pode ser transformado em um pequeno escritório, o banheiro e o closet o separa do quarto, que possui uma bela cama queen e uma tv. É um local tão agradável e com uma bela vista, que decido já fechar o negócio e alugá-lo.

Ao sair do loft, me despeço do senhor Jimenez, deixando combinado que amanhã passo na imobiliária para assinar os documentos e pegar a chave.

Será aqui que irei de fato recomeçar minha vida, e só espero conseguir ter um pouco de paz.

            
            

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