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Ao ouvir duas batidas na porta, desperto abruptamente. Emma adentrar o quanto, e sem cerimônia arranca o cobertor que me cobria. Sentando-se na beira da cama, tento em vão manter os olhos abertos, mas minhas pálpebras se recusam a obedecer.
- Acorda, fedelhar. __ Diz Emma.
- Emma, são 6 horas da manhã, por que esta fazendo isso? __ Resmungo, pegando o cobertor do chão e virando para o lado oposto.
- Ranchel, é necessário termos uma conversa. __ Emma insisti e puxa o cobertor mais uma vez.
- Por favor, apenas 5 minutinhos.
- Não, depois você volta a dormir... Então se levantar. __ Diz Emma enquanto me encara, ela faz um biquinho com um olhar de cachorrinho, imitando o gesto que eu acabara de fazer.
- RANCHEL
- Tudo bem... Você conquistou o que queria.
Emma se apoiar na cabeceira da cama enquanto segurar uma das minhas mãos, respirando profundamente antes de me encara.
- Ranchel, por favor, me conta a verdade sobre o que aconteceu entre você e Sam ontem?
- Emma, nada relevante ocorreu.
- Ranchel, sou sua irmã e tenho grades preocupações em relação a você.
- De fato, não houve nenhum incidente, apenas esbarrei a cabeça na geladeira. __ Falo mordendo os lábios, recordando da noite anterior e viro levemente o rosto, na esperança de que Emma não perceba minhas bochechas coradas.
- Na entrada do prédio, me deparei com Sam, um colega de trabalho, acompanhado de sua noiva. Aproveitei a oportunidade para convidá-los, peço desculpas por não ter, avisado com antecedência.
- Emma estou habilitada com suas reuniões aos domingos.
- Ranchel, você é minha irmã casula, não permitirei que ninguém brinque com os seus sentimentos. A partir de agora, não irei mais realizar encontro aqui. __ Disse Emma enquanto segurava minha mão, ajeitando uma mecha do meu cabelo para trás e me dando um beijo na testa.
- Eu já não sou mais criança, Emma. __ Empurro-a para fora da cama e ela se dirige até a porta, fazendo uma pausa por um momento.
- Para mim, você sempre será uma criança. __ Jogo um travesseiro em sua direção, Emma rir enquanto fecha a porta. Sem sentir, mas sono, me levanto e vou em direção ao banheiro, tono banho.
- Ele está comprometido, mas que idiota. __ Decido ir até a cozinha, preparo um sanduíche, e ao passar pela porta, avisto Emma se arrumando para o trabalho.
- Você permanece por aqui ainda?
- A residência não lhe pertence, minha jovem. __ Diz Emma ao se observar no espelho com dois ternos na mão fingindo que não estou presente. Dou uma mordida no meu sanduíche e viro para sair.
- Ei! Fedelha... Qual dos dois combina mais com meu estilo, o branco ou preto?
- Tanto faz, os dois são lindos.
- Qual entre os dois?
- Pode ser na cor branca.
- Por isso optarei pelo tom escuro.
- Se você, já estava ciente da sua escolha por qual motivo você perguntou?
- Apenas pelo simples prazer de contrariar os outros. __ Faço um gesto de desaprovação e, ao vê lá rir, fecho a porta ao sair.
O elevador está preste a se fecha no final do corredor, me apresso em direção a ele, gritando para a mulher segurar o elevador.
- Aguarde um momento! __ A porta está preste a se fecha.
- Droga, precisarei aguardar o próximo. __ A porta se abre mais uma vez e sem palavras agradeço a mulher.
- Obrigada por aguardar. __ Recupero o fôlego, dirijo meu olhar para a mulher, e ao seu lado reconheço um rosto conhecido, fico o encarando.
- Você não planeja entrar? __ Pergunta a mulher.
- Com certeza, obrigada. __ Novamente expresso minha gratidão a mulher, que sorrir para mim.
Adentro ao elevador e passo pelos dois, antes que a porta se feche, permanecendo a atrás deles. Neste, momento as palavras de Emma ecoando em minha mente "Ele está comprometido", fazendo meu coração se entristecer. Observo sua costa larga, o terno impecavelmente passado ele, sua expressão excessivamente seria, transmitida não só firmeza, mas também certa arrogância. Recuo um passo, encostando--me na parede do elevador.
- Como ele consegue manter a seriedade depois do que aconteceu ontem? Ele me provocou um terremoto e age como se nada tivesse acontecido, idiota. __ Murmuro enquanto viro para a parede do elevador.
Ao perceber que meu cabelo está bagunçado, o amarro para cima deixando duas mechas solta, passo delicadamente a não no meu pescoço até o ombro e mordo os lábios. A porta do elevador se abre a no 5° andar e entram três pessoas, fazendo com que ele recue a sua mão toca a minha. Olho para a mulher, a sua frente e me afasto um pouco, mas novamente, a porta se abre e mais duas pessoas entram. Ele se vira para ficar de frente para mim em nenhum momento Sam olhou em minha direção, então desvio o olhar e ouço o batimento acelerado do seu coração. A porta se abre novamente e todos começam a sair devagar. Aproveitando o momento, Sam sussurra no meu ouvido.
- Existem flores em todos lugares do mundo, mas nenhuma delas possuem sua fragrância.__
Ele deixa o elevador ao lado da mulher que salta em seu braço, e sussurrando em seu ouvido, que o faz rir. Passo por eles sem me virar, Ana está do outro lado da rua, acenando para mim, com sua moto estacionada, vou até ela.
- Você está atrasada... meu amorzinho. __ Diz Ana.
- Verdade, ou você que é pontual demais? __ Pergunto para Ana com um tom de brincadeira, fazendo ela gargalhar.
- O que aconteceu?
- Emma, como de costume.
- Estamos atrasadas, vamos! __ Diz Ana com um sorriso encantador, entregando me um capacete enquanto da partida na moto. Olho para trás e vejo Sam me observando.
Ana estaciona, desço da moto e entrego o capacete para ela, mas ela não desce, levanto uma sobrancelha interrogativamente.
- Você não planeja comparecer nas aulas?
- Não, vou partir hoje, rumo a casa de meus pais em outra cidade.
- Serio, por quanto tempo você planeja ficar ausente?
- Fim de semana por completo. E você precisa encontrar um novo meio de transporte para voltar para casa. Ana me avisou, abraçando me.
Bryan vem buscar me, não se preocupe. E envie uma saudação para os seus pais, avise que na próxima oportunidade visitarei. Desejo-lhe uma boa viagem. __ Falo me virando.
Ao caminhar em direção à sala, avistei Tadeu apoiado em um armário, tentando conquista uma garota. Aproximei-me dele e o puxo pela orelha, enquanto ele dava um sorrisinho para a garota que retribuiu.
- Ei, Ranchel, qual o seu problema? Acabou com a minha empolgação... Você conseguiu estragar o clima.
- Não desejo ver meu namorado flertando com outra garota na minha presença. __ Disse isso olhando diretamente para a garota, e seu sorriso desapareceu, saindo de fininho. isso me fez rir.
- Espera, não foi isso que ela queria dizer... ei! Volte aqui. Ranchel. __ Diz ele me puxando.
- Ela era realmente encantadora, você tem um belo olhar. __ Comento liberando sua mão.
- Ela não foi a única que me encantou, tem uma pessoa bonita bem na minha frente. __ Fala Tadeu me aproximando do armário, ergo uma sobrancelha e seguro o seu colarinho para que ele se incline.
- É uma pena que você não seja do meu agrado, mas ficaria interessada em experimentar algo fora do comum, ou prova uma fruta proibida.
- Peço desculpa, mas essa fruta não vai repetir a mesma história de Adão e Eva. __ Disse Tadeu, colocando os braços em meu ombro e me levando até a sala.
- Eva degustou da fruta, enquanto eu apenas desejava provar.
- Não teste meus sentimentos dessa forma, pois acabo me entregando por completo a você.
- Você ainda vai se entregar, eu imaginando que você já tinha se entregado ao meu encanto.
- Infelizmente, os truques que você usa não afetar mim, querida. __ Tadeu diz beliscando suavemente minha bochecha.
- Acabarão, de fato, se envolvendo romanticamente com essa brincadeira. __ Diz Lucas pulando em cima de nós dois e nos arranca risadas.
O início da aula transcorre tranquilamente, como de costume.
Ao sair da universidade avisto Bryan, caminho em sua direção, assim que entro no carro ele dá a partida e começo a observar a paisagem pela janela.
- Ranchel! Nossos pais retornaram de sua viagem hoje.
- Certo.
- Ranchel, eles estão sugerindo que você siga a área da medicina, mas compreendo que não é o que você deseja.
- Não tenho afinidade com a medicina, sou apaixonada por arte. __ Bryan observa a estrada.
- Ranchel, não me importo com suas escolhas, siga seus sonhos. Estarei sempre ao seu lado. __ Afirma Bryan a estaciona o veículo em frente ao prédio de nossos pais. Desço do carro.
- Você não planeja vir?
- Desculpe, mas já estou comprometido em outro lugar.
- Certo! Existe alguma mulher? __ Digo me virando.
- Não é da sua conta docinho. __ Disse Bryan, afastando se.
Ao chegar em casa me deparo com Emma e nossos pais jantando. Dirijo me até às cozinhas para cumprimenta los.
- Boa noite, pai, mãe, como foi a viagem __ Digo isso ao, nota um lugar extra preparado na mesa, e suspeito que não seja destinado a mim, ou que seja meu.
- Emma passar a manteiga. __ Diz Elisa.
- Emma como foi seu dia no trabalho?
- Como sempre, dias agitados e outros calmos.
- Me contaram que você está trabalhando em um caso de extrema importância. __ Comentou Rafael.
- Sim, estou analisando minuciosamente toda a situação com um colega, e torço que não se importe por te-lo convidado a pernoitar aqui.
- Não vejo nenhum inconveniente nisso. Desejo que seja um bom rapaz. __ fala Rafael.
- Ranchel, a comida está esfriando, venha se senta aqui. __ Diz Emma apontando para a cadeira ao seu lado e, com um sorriso, recuso educadamente.
Virando para ir para meu quarto murmurando para mim mesma.
- "Não derrame lágrimas. Ranchel... Não faça isso Ranchel." __ Fecho os olhos, inspiro e expiro.
- Eles se comportam como se eu fosse invisível.
- Ranchel! __ Exclamou Emma.
- Permite-a ir.
- Pai!
Escuto passo vindo em direção à cozinha, mas não consegui reunir coragem para me virar e ver quem é. Decido fecha a porta do quarto e me deito na cama, fechando os olhos na esperança de me acalmar. As lágrimas, começa a escorrer sem parar, meu peito aperta e sinto falta de ar, tento aliviar a dor batendo no meu peito, mas nada parece funcionar. As lembranças, triste da minha infância, me fazem chorar descontroladamente. A sensação de enjôo toma conta de mim ao recorda. Ouço todos sorrindo na sala de jantar.
- Eles me desprezaram por completo, percebi que aquele prato não era destinado a mim, mas sim um visitante... Não pense. __ Falo com lágrimas nos olhos.
- Como é possível que um pai e uma mãe ignorem a existência de um filho. O que fiz para ser tão despreza por eles? __ Falo me deitando.
Naquele instante adormeço, desperto de madrugada com um grande, vontade de comer bolo, me levanto silenciosamente e vou até a cozinha no escuro, abro a geladeira e pego um pedaço de bolo. Ao me vira esbarro em algo ou alguém, que pega rapidamente o pedaço de bolo que quase caiu. Escuto uma voz doce e suave.
- Seria melhor cessamos esses encontros frequentes.
Levanto o olhar e avisto Sam sorrindo enquanto segurar o prato com bolo, então tento sair dali.
- Para onde você acha que está indo?
- Para o meu aposento, e faça silêncio para evitar incomodar as demais pessoas. __ Comunico com a voz baixa.
- Ranchel, você tem total convicção disso? __ Indaga Sam, enquanto eu seguro sua boca com minha mão.
- Por favor, diminua o tom de voz, seu insensato. __ Olho para ele, que segurar minha mão e se agachando para me encara nos olhos.
- Você derramou lágrimas?
- Não. __ Quando começo a me afastar, Sam me segurar pelo braço, me atrai para junto dele e diz baixo no meu ouvido.
- Avisei que não ficaria com sede na próxima vez. __ Diz Sam enquanto colocava o prato na mesa.
Ele me prendeu contra o balcão, seu aperto se intensificou. Encarei seus olhos azuis-turquesa, ele segurou minha nuca puxando me para que nossa boca se encontrassem; dessa vez Sam não esperou minha aprovação. Ele me beijou com ternura, seu toque era suave, e Sam, sem fôlego, sussurrou.
- Ranchel, tive que fazer um esforço enorme para não te agarrar naquele elevador, foi gostoso me provocar daquela forma? __ Pergunta Sam ofegante, beijando meu pescoço me causando uma onda de calor. O empurro lembrando da mulher no elevador, ele nota a minha inquietação.
--O que está lhe incomodando?
- Você possui uma noiva.
- Noiva? Quando foi que me tornei comprometido?
- Emma já me contou tudo, a jovem que estava no elevador é muito bonita. __ Falo, afastando me lentamente de Sam enquanto ele rir.
- HAHAHA, Maya é minha irmã, e não compreendo por que Emma inventou essa história. __ Comentou Sam segurando minha mão. Ele se aproxima.
- Agora, você que tem um namorado, Emma também me falou, se você está comprometida, por que permitiu que eu a beijasse? __ Interroga Sam, aproximando seu rosto do meu enquanto a guarda minha resposta.
- Eu não estou em um relacionamento, nunca me envolvi com alguém. __ Ao afirma isso, Sam colocou suas mãos em minha cintura e me beijou novamente, ele se afastar.
- Ranchel, tenho um grande apreço por você desde o momento em que te vi pela primeira vez naquele café. Naquele instante, souber que você seria a pessoa com quem eu compartilharia minha vida. __ Diz Sam regalando seus olhos.
Repentinamente ele me empurrou para baixo do balcão da cozinha e se inclinou sobre a bancada, pegando o meu pedaço de bolo.
- Sr. Rafael! __ Chamou Sam com um pedaço de bolo na boca.
- Por que você está na cozinha a essa hora? __ Perguntou Rafael.
- Peço desculpa por pegar um pedaço de bolo sem pedir, estava com fome. __ Disse Sam nervosamente, e isso me arrancou risos, ele então me deu um leve chute para me calar.
- Só vim em busca de um copo de água, porém fique a vontade para se servir do que quiser nesta residência avisto, pois já o considero parte da família. __ Rafael mencionou indo em direção à geladeira, Sam o para no meio do caminho, abrindo primeiro pegando a jarra de água para servir ao meu pai, que aceitou.
- Agradeço e desejo uma boa noite!
Sam expressa sua gratidão e se despede, enquanto Rafael se dirige para a saída. Sam se inclinar e me dá um beijo quando se levantar, encontrando Rafael olhando para ele.
- O garfo caiu e eu prontamente me inclinei para apanha lo.
- Compreendo o garfo caiu. __ Comenta Rafael olhando para o balcão, ele se vira, mas uma vez e sai, encontrando Emma na sala.
- Por qual motivo você está aqui, Emma?
- Eu só estava indo apenas pegar um copo de água na cozinha. __ Disse Emma com os olhos cerrados.
- Se você se encontra neste lugar, então quem estaria naquele outro lugar. __ Rafael dirige seu olhar para Sam, Emma, novamente para Sam e para o balcão e depois para o meu quarto, Rafael colocar a mão em sua nunca como se estivesse sentindo dor. Emma o auxiliar a retornar ao seu quarto, Sam aproveita a oportunidade para me levanta e conduzir até o meu quarto, nós dois compartilhamos risadas, Sam me puxa para, mas um beijo e, antes de partir, sussurra.
- Estou profundamente apaixonado por você.