Capítulo 5 Onde o desejo por sexo me levou.

Meghan se sentia cada vez mais atraída por Miguel. Os encontros que aconteciam escondidos estavam se tornando cada vez mais perigosos. Ela temia que seu marido, Sebastian, descobrisse, mas o desejo incontrolável por sexo que a alimentava constantemente a fazia esquecer de sua verdadeira história.

Nos momentos de paixão ardente, Meghan se entregava completamente a Miguel, deixando para trás as preocupações e os remorsos que a assombravam. Sua mente ficava turva com o êxtase do momento, e todas as suas inibições desapareciam diante da luxúria que os consumia.

No entanto, quando o frenesi da paixão se dissipava e a realidade voltava a se impor, Meghan sentia-se inundada por uma enxurrada de culpa e angústia. O rosto de Sebastian surgia em sua mente, lembrando-a das promessas feitas e dos votos sagrados que havia quebrado.

Ela tentava racionalizar suas ações, dizendo a si mesma que Miguel era apenas uma fuga, uma válvula de escape da monotonia e das responsabilidades de seu casamento. Mas, a cada encontro clandestino, a teia de mentiras e segredos se tornava mais espessa, ameaçando sufocá-la.

Sebastian, por outro lado, começava a notar as mudanças em Meghan. Seu comportamento errático, os olhares furtivos para o telefone, e as saídas cada vez mais frequentes e mal explicadas. Ele sabia que algo estava errado, mas não conseguia colocar o dedo na ferida.

Uma noite, após um encontro particularmente intenso com Miguel, Meghan voltou para casa com o coração acelerado e a mente em tumulto. Ao entrar no quarto, encontrou Sebastian sentado na beira da cama, um olhar sombrio no rosto.

- Precisamos conversar, Meghan - disse ele, sua voz carregada de emoção. - O que está acontecendo com você? Onde você esteve?

O medo gelado percorreu o corpo de Meghan. Ela sabia que este momento chegaria, mas nunca se sentira preparada para enfrentá-lo. A realidade finalmente a alcançara, e ela se viu diante das consequências de suas ações.

- Eu... - começou Meghan, as palavras falhando em seus lábios. - Eu sinto muito, Sebastian. Eu me perdi.

As lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto enquanto ela se sentava ao lado dele. Sebastian a observava em silêncio, a dor e a decepção refletidas em seus olhos.

- Por quê? - perguntou ele, a voz quebrada. - Por que você fez isso?

Meghan tentou encontrar uma resposta, mas tudo o que sentia era um vazio profundo. O desejo desenfreado que a levara a Miguel agora parecia uma chama que queimara tudo ao seu redor, deixando apenas cinzas e arrependimento.

- Eu não sei - sussurrou ela. - Eu estava infeliz, confusa... e Miguel me fez sentir viva novamente. Mas agora vejo o quanto isso nos machucou.

Sebastian suspirou, passando as mãos pelo rosto. O peso da traição era esmagador, e ele não sabia se poderia perdoar Meghan. Mas uma coisa era certa: o caminho à frente seria longo e doloroso, e ambos precisariam decidir se estavam dispostos a enfrentá-lo juntos ou se seguiriam caminhos separados.

Meghan, por sua vez, sabia que o desejo que a levara a Miguel havia sido uma ilusão. E agora, ao olhar para as ruínas de seu casamento, ela se perguntava se seria capaz de reconstruir sua vida e encontrar a verdadeira redenção.

O desejo por sexo a levara a um abismo, e só o tempo diria se ela conseguiria emergir das profundezas e encontrar a luz novamente.

Meghan estava evitando encontrar Miguel, ela temia não conseguir resistir ao desejo que sentia. As noites estavam mais longas e frias, a vontade que sentia pelo proibido e pela sensação que o prazer lhe proporcionava estava a matando por dentro. Era como se ela estivesse se alimentando de uma droga por muito tempo e agora era impedida de usar.

Meghan estava perdida em um redemoinho de emoções e conflitos internos. Após a dolorosa conversa com Sebastian, ela se viu em um estado de desespero e confusão, buscando uma forma de escapar da dor que a consumia. Foi nesse estado de vulnerabilidade que ela tomou uma decisão impensada, procurando consolo e alívio em caminhos ainda mais sombrios.

Naquela noite, Meghan foi a um bar que costumava frequentar antes de sua vida desmoronar. Era um lugar onde ninguém a conhecia verdadeiramente, onde ela poderia se esconder dos olhares inquisitivos e das lembranças dolorosas. Sentou-se no balcão e pediu uma bebida forte, esperando que o álcool amortecesse sua mente tumultuada.

Conforme a noite avançava, Meghan sentia o efeito do álcool relaxando seus nervos e turvando seus pensamentos. Foi então que dois homens se aproximaram dela, atraídos por sua aura de mistério e beleza. Eram estranhos, mas naquele momento, isso era exatamente o que Meghan desejava: a impessoalidade de desconhecidos, a ausência de qualquer vínculo emocional.

Eles começaram a conversar, e Meghan, impulsionada pelo desejo de se sentir viva novamente, deixou-se envolver pela conversa e pela atração física. A química entre eles era palpável, e a tensão sexual no ar era inegável.

- Vamos sair daqui - sugeriu um dos homens, seu olhar carregado de intenções claras.

Sem hesitar, Meghan aceitou. Eles foram para um hotel próximo, onde a noite prometia ser uma fuga temporária da realidade que a atormentava. No quarto escuro, ela se entregou ao desejo, sentindo-se desinibida e livre das amarras que a prendiam.

Os toques dos dois homens eram intensos e urgentes, cada movimento uma tentativa de preencher o vazio que Meghan sentia. Naquele instante, ela não era a mulher que traí e confusa; era apenas um corpo em busca de prazer, uma alma buscando esquecer.

Enquanto os corpos se moviam em sincronia, Meghan se perdeu no frenesi do momento. Os gemidos, os suspiros e o calor da pele contra a pele criavam uma sinfonia de sensações que a faziam esquecer, ainda que momentaneamente, da dor e da culpa que carregava.

No entanto, quando o êxtase se dissipou e a realidade voltou a se impor, Meghan se viu deitada entre dois desconhecidos, sentindo-se mais vazia do que nunca. O prazer fugaz havia sido apenas uma ilusão, uma tentativa desesperada de escapar de seus próprios demônios.

Levantou-se lentamente, vestindo suas roupas com movimentos mecânicos. Os homens a observaram em silêncio, sem palavras de despedida ou consolo. Meghan saiu do quarto e voltou para as ruas escuras, sentindo o peso de suas escolhas recaindo sobre seus ombros.

Enquanto caminhava de volta para casa, a mente de Meghan estava em turbilhão. Ela havia procurado esquecer a dor através do prazer, mas agora se sentia ainda mais perdida e desconectada de si mesma. As consequências de seus atos começavam a se acumular, e ela sabia que não poderia continuar fugindo para sempre.

O desejo havia a levado a lugares sombrios, e Meghan percebeu que precisava enfrentar suas sombras de frente se quisesse encontrar qualquer esperança de redenção. O caminho para a cura seria árduo e cheio de desafios, mas ela sabia que não poderia mais ignorar a verdade de suas ações e o impacto devastador que elas tiveram em sua vida e naqueles ao seu redor.