UMA PROPOSTA PARA MELISSA
img img UMA PROPOSTA PARA MELISSA img Capítulo 4 FUI HUMILHADA
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Capítulo 6 UMA LIÇÃO img
Capítulo 7 MUDANÇA DE VIDA img
Capítulo 8 DÉJÀ VU img
Capítulo 9 OLHAR LASCIVO img
Capítulo 10 MUNDO PARALELO img
Capítulo 11 COMO TUDO COMEÇOU img
Capítulo 12 ESCOLHAS img
Capítulo 13 ANEMIA PROFUNDA img
Capítulo 14 O ENCONTRO img
Capítulo 15 VIRGINDADE img
Capítulo 16 COMPREENSIVA img
Capítulo 17 DECIDIDO img
Capítulo 18 O PLANO img
Capítulo 19 A LOJA img
Capítulo 20 PAPEIS DO DIVÓRCIO img
Capítulo 21 TUDO ESQUEMATIZADO img
Capítulo 22 CASA DO SOGRO img
Capítulo 23 SÓ UMA AMANTE img
Capítulo 24 CONFRONTO img
Capítulo 25 CIÚMES img
Capítulo 26 UM NÓ NA GARGANTA img
Capítulo 27 É NECESSÁRIO ESPERAR img
Capítulo 28 PEGAMOS ELA img
Capítulo 29 ÊXTASE img
Capítulo 30 SEXO INTENSO img
Capítulo 31 FOI POR POUCO img
Capítulo 32 PERIGO img
Capítulo 33 ESPERMA img
Capítulo 34 SUBCONSCIENTE img
Capítulo 35 NADA AMIGÁVEIS img
Capítulo 36 O HOTEL img
Capítulo 37 ALTRUÍSMO img
Capítulo 38 É NECESSÁRIO REPOUSO img
Capítulo 39 ALTA img
Capítulo 40 EM COMA img
Capítulo 41 A IMPORTÂNCIA DA VIDA img
Capítulo 42 EXAME DE MEDICINA img
Capítulo 43 DOIS ANOS DE AGONIA img
Capítulo 44 FIM img
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Capítulo 4 FUI HUMILHADA

Após a agitada manhã na cafeteria, voltei para casa, tomei um banho rápido e me preparei para cuidar do visual conforme as instruções de Alex.

Decidi ir a um salão que nunca imaginei ter dinheiro para frequentar.

Ao entrar no salão, porém, a atmosfera mudou. O tratamento que recebi foi frio e distante, uma clara indicação de que não era uma cliente típica. Os olhares e comentários sussurrados sugeriam que minha presença ali não era bem-vinda.

Mesmo diante do tratamento desagradável, respirei fundo, decidida a não deixar que a hostilidade daqueles olhares me afetasse.

A dona do salão apareceu com seus olhos críticos fixos em mim e com uma expressão de desdém falou comigo.

- Certamente, você não tem dinheiro para frequentar este lugar. Por favor, retire-se.

A humilhação pairava no ar enquanto os olhares curiosos se voltavam para a cena constrangedora.

Ouvir aquilo foi doloroso, tornou-se um lembrete das barreiras sociais que o dinheiro muitas vezes costumava impor.

- Não é justo você afirmar que eu não tenho dinheiro para frequentar este lugar, você não pode julgar meu valor ou capacidade financeira, eu exijo respeito.

Respondi com a minha voz firme apesar da situação desconfortável.

A dona do salão pareceu momentaneamente surpresa pela minha assertividade. As palavras que eu escolhi eram uma defesa contra o preconceito que estava sendo dirigido a mim naquele momento de forma tão descarada.

- Eu posso fazer qualquer julgamento me baseando apenas pelas suas roupas baratas que provavelmente você comprou em algum brechó, agora saia daqui e não volte mais.

Saindo do salão, as lágrimas nos olhos eram uma expressão visível da humilhação que eu havia acabado de enfrentar, eu nunca me senti tão vulnerável e desrespeitada.

Caminhando pelas ruas, respirei fundo, buscando recuperar a compostura e fui em direção ao shopping, eu mal poderia imaginar que sofreria o mesmo preconceito ao entrar em uma loja.

A esperança de uma experiência diferente foi rapidamente desfeita quando me deparei com mais um preconceito. Os olhares julgadores e a atitude indiferente das funcionárias indicavam que elas não me enxergavam como cliente.

A sensação de ser constantemente vigiada enquanto eu explorava a loja era mais uma ferida na minha autoestima.

Uma das vendedoras, movida por preconceitos infundados, escolheu seguir-me, presumindo que eu poderia roubar algo.

Mantendo minha dignidade, decidi encarar a situação diretamente.

-Não é necessário me seguir, estou aqui para fazer compras como qualquer outra pessoa.

Falei tentando desafiar o estigma que me cercava.

- Você não é o tipo de cliente que eu costumo atender aqui.

Diante da resposta da vendedora, que reforçava a discriminação, respondi com firmeza...

- Independentemente do que você está acostumada, todos merecem respeito como clientes. Estou aqui para fazer compras e espero ser tratada da mesma forma que qualquer outra pessoa.

A firmeza nas palavras era uma tentativa de desafiar a discriminação evidente, enquanto eu buscava manter minha dignidade naquela situação constrangedora, mas a vendedora sem noção continuou...

- Você tem dinheiro mesmo pra comprar as peças dessa loja? Elas são muito caras.

- Minha capacidade financeira não deveria determinar o meu tratamento como cliente.

A vendedora então se retirou e eu achei que havia me livrado do preconceito dela, mas ela foi apenas chamar a gerente da loja como se eu fosse uma criminosa.

A intervenção da gerente, que reforçava a discriminação, foi mais um golpe pra mim.

- Boa tarde, sugiro que você busque lojas mais baratas pra fazer suas compras, aqui não é o lugar adequado pra você.

Diante do contínuo tratamento humilhante, decidi deixar a loja, sentindo-me completamente destruída por dentro.

Ao sair, as lágrimas que haviam sido contidas escorriam livremente.

Com os olhos vermelhos de tanto chorar, cheguei em casa e, decidida, liguei para Alex.

- Alex, não vou sair com você a noite...

Disse com a voz embargada pela tristeza e frustração.

Ao perceber minha voz embargada, Alex imediatamente perguntou o que havia acontecido. Entre soluços, contei toda a experiência humilhante de discriminação que enfrentei apenas por causa das minhas roupas e aparência.

- Eu quero o nome do salão e da loja agora Melissa, e eu prometo que tomarei medidas extremas sobre isso.

Diante da promessa de Alex, forneci as informações detalhadas sobre o salão e a loja onde fui humilhada. A sensação de ter alguém disposto a agir em meu nome trouxe um alívio momentâneo diante da injustiça que enfrentei.

Enquanto eu tirava as roupas para tomar um banho, uma enorme tristeza invadiu o meu peito, no calor da água, as lágrimas se misturavam, e eu comecei a me questionar se havia feito a escolha certa ao entrar naquela jornada com Alex.

A vulnerabilidade do momento revelava a complexidade das decisões, e a dúvida se instalava.

A busca por luxo e estabilidade financeira se entrelaçava com as lutas emocionais e sociais que eu estava enfrentando.

Enquanto a água escorria, eu refletia sobre o que ainda eu teria que enfrentar ao longo do caminho.

A tristeza da experiência recente misturava-se com o pensamento sobre o tipo de pessoa que eu queria ser.

Mesmo almejando a riqueza e estabilidade financeira, estava claro para mim que, se alcançasse esses status no futuro, jamais mudaria a minha essência e jamais trataria alguém com desrespeito, como fui tratada.

Aquela auto reflexão tornou-se uma âncora em meio às incertezas, uma promessa silenciosa a mim mesma de que, independentemente do que o futuro reservasse, minha integridade e compaixão permaneceriam inabaláveis.

No íntimo, eu desejava que a jornada com Alex não apenas transformasse minha condição financeira, mas também fortalecesse os princípios que eu carregava em meu coração.

            
            

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