- Está bem. Respondi revirando os olhos. Por Deus, estava com o coração partido, em deixar a minha mãe. Prometo que daqui a um mês venho buscá-la.Peguei uma mala pequena com poucas roupas que eu tinha. Ia me despedir do meu pai, infelizmente não me deu muita bola. Meu irmão foi viajar a trabalho e eu estou saindo de casa também, o que será da mamãe? Quando estava mais íntima daquele homem com cara de mau, fechei a porta antes de sair e me aproximei do carro.Aaron abriu a porta para mim, e eu estava me sentindo uma princesa. Eu sei que sonho demais acordada, se eu não fizer isso eu não sou eu. Abri um sorriso largo e entrei imediatamente. O garoto abriu novamente a porta e disse:- Sai e senta na frente. Ordenou ele.
Sem entender a decisão repentina, apenas sai e fui para o banco da frente. Ao assumir o volante, o homem arrogante ficou em silêncio durante toda a viagem. Até receber uma chamada, Aaron atendeu:- Diga Eduardo?
- Sonia e Otto convocaram uma reunião e quer você em cinco minutos.
- Em cinco minutos não chegarei, o trânsito está um caos. Avisa a mamãe que eu chego daqui uma hora. Disse ele. - Está bem meu amigo .
-Felippe chegou?
- Não, os seus pais estão furiosos, Felippe é muito arrogante.Deve está com a Dora.
- Está bem, amigo, quando eu chegar eu resolvo e eu mesmo irei buscar o abusado do meu irmão. Terminou ele ao desligar. - Tessa?
- Sim, senhor?
- Não se aproxime do meu irmão Felippe. E não confie nele, entendeu?
- Claro que sim, não se preocupe. Prometeu ela.
- Lembrando mais uma vez, não me chame de senhor. Chame-me apenas de Aaron, ok?
- Hum, está bem Aaron.
Enquanto se mantinha em silêncio. Observava o quanto o meu chefe era atraente e sua barba bem feita lhe deixava ainda mais lindo e a sua covinha em suas bochechas ficavam com um sorriso perfeito, quando ele ria por algo que via no celular, olhava rapidamente para ele não perceber que eu estava olhando. Eu ando pensando,o porquê Aaron não lembrou de mim da noite passada? Claro deve estar no efeito do álcool, que boba eu fui achando que eu tinha encontrado o amor da minha vida. Este homem não é pra mim, observando bem ele é perfeito demais. É rico, tem uma vida tranquila e uma família educada e normal. Mas...A minha família é completamente complicada, meu pai nunca se importou com o que faço, com quem saio para ele estava tudo na mesma, o interesse é brigar e brigar.
Por um momento que eu estava pensando demais. O carro estava estacionado e ouvi uma voz rouca pedindo para descer. - Senhorita? Disse ele , com uma roupa preta e elegante. Olhei para ele e sorri, descendo o mais rápido possível.
- Ruffo está é Tessa, é a minha secretária pessoal, ela irá ficar aqui essa noite. Irei para a empresa e não dará para levá-la, na verdade está um caos.
- É verdade senhor, dona Sônia a sua mãe disse que iria convocar uma reunião.
- Pois leve ela para o quarto de hóspedes, breve irá chegar novas roupas. Receba e peça para Lírios levá-la no quarto.
- Está bem, senhor. Deseja mais alguma coisa?
- Não, Ruffo. Tessa esteja pronta às oito.
- Está bem, Aaron.
Ruffo e eu ficamos parados, observando o chefe partir. O mordomo parecia frio,o seu rosto estava intacta feito uma pedra. Uma senhora saia até o jardim, provavelmente era Lírios. Me aproximei e cumprimentei :- Dona Lírios como está? Sou Tessa.
- Bem vinda Tessa. Me acompanhe irei levá-la para o seu quarto.
- Dona Lírios?
- Sim?
- Eu não entendi o porquê Aaron me trouxe para cá. Hoje mais cedo, disse que eu iria trabalhar em sua empresa.
A senhorita sorriu e respondeu :- Tessa você irá trabalhar aqui, sendo assistente pessoal dele. No escritório tem a secretária Vanessa, faz tudo os senhores desta casa pedem. O Felippe não faz nada , sobe e anda em festa e gasta o seu dinheiro com as mulheres. - Há! Por isso que Aaron pediu para manter longe dele.
- Sim, filha. Disse ela abrindo a porta principal.
Ao avistar o luxo daquela casa , ainda me deparei com um quadro enorme de uma mulher linda , no canto da sala perto do piano. Não parava de olhar para aquele quadro pintado a óleo. - E quem é essa ? Perguntei à senhora.
- Melina, a falecida esposa de Aaron.
Me espantei e fiquei ainda curiosa e perguntei:- Morreu de que ?
- No parto, não resistiu nenhum dos dois. Faz cinco anos que o meu menino está longe de se apaixonar de novo.
- Cinco...cinco anos?
- Sim, vamos!.
Ao subir as escadas, havia móveis pelos corredores. Quadros, castiçais de velas com mosaicos dourados . Aquela mansão foi umas das casas mais lindas que eu já vi. Lírios não parava de sorrir, por me achar boba pelas as cara e bocas que fazia ao ver cada espaço daquela mansão. Ao parar na porta do quarto, a senhora abriu e pediu para eu entrar. - Aqui está, descanse que eu irei trazer o seu café da manhã. Provavelmente não tomou ainda.
- Não, dona Lírios. E eu estou faminta.
A senhorita sorriu gentilmente e saiu.
Não demorou muito para ouvir batidas fortes na porta. Abri a porta deparando-me com um homem moreno, de cabelos cacheados. Pelo o porte dele, sem barba , olhos castanhos eram Felippe. Fingi em não saber quem ele era e perguntei sem hesitar:- O que faz aqui no meu quarto? E quem é você?
- Percebo que és uma garota mal educada. Como sou educado, sou Felippe Miller, irmão do chato de Aaron.
- O que faz aqui senhor Miller? Por favor, saia do meu quarto!
- Gostaria de conhecer a secretária pessoal do meu irmão. Pelo menos ele soube escolher, linda e atraente. Senhor Felippe, saia daqui , agora!