Capítulo 5 A Obsessão Torna-se Perigosa

Os dias após a ligação anônima foram marcados por um clima de tensão e paranoia. Clara não contou imediatamente a Noah sobre a ameaça; queria entender melhor quem estava por trás disso antes de alarmá-lo ainda mais. Mas a obsessão por descobrir a verdade estava começando a afetar sua vida cotidiana. Ela mal conseguia se concentrar no trabalho, e suas noites eram preenchidas com sonhos perturbadores.

Finalmente, em uma noite silenciosa, Clara decidiu que não podia mais esconder a ameaça de Noah. Eles estavam sentados no sofá do apartamento dela, revisando mais documentos, quando ela tomou coragem.

- Noah, preciso te contar algo, - disse Clara, sua voz baixa e séria.

Noah levantou os olhos dos papéis, notando a expressão preocupada no rosto dela. - O que houve, Clara?

- Recebi uma ligação anônima. Alguém me ameaçou para que parássemos de investigar. - Clara observou Noah enquanto ele processava a informação, esperando sua reação.

Noah ficou em silêncio por um momento, seus olhos escurecendo. - Isso é sério, Clara. Precisamos ser muito cuidadosos. Quem quer que seja, eles sabem que estamos chegando perto.

Clara assentiu, sentindo um aperto no peito. - Eu sei. Mas não podemos parar agora. Estamos tão perto da verdade.

Noah segurou a mão de Clara com firmeza, os olhos fixos nos dela. - Precisamos ser inteligentes sobre isso. Talvez devêssemos considerar envolver alguém de confiança, alguém que possa nos ajudar a navegar por esse perigo.

Clara sabia que Noah estava certo, mas a ideia de trazer outra pessoa para esse mundo sombrio a deixava hesitante. - Quem você sugere?

- Conheço um detetive particular, um amigo de longa data da minha família. Ele é confiável e tem experiência em lidar com casos complexos. Talvez ele possa nos ajudar.

Clara sentiu uma onda de alívio misturada com cautela. - Tudo bem. Vamos falar com ele.

Na manhã seguinte, Noah entrou em contato com o detetive, Mark, e marcou uma reunião. Quando chegaram ao escritório discreto de Mark, foram recebidos por um homem de aparência austera, com olhos que pareciam ver através das pessoas.

- Noah, é bom te ver, embora eu desejasse que fosse em circunstâncias melhores, - disse Mark, apertando a mão de Noah antes de se virar para Clara. - E você deve ser Clara. Noah me falou muito sobre você.

Clara sorriu, embora ainda estivesse nervosa. - É um prazer conhecê-lo, Mark. Esperamos que possa nos ajudar.

Eles passaram a próxima hora explicando toda a situação para Mark, desde o acidente até as recentes descobertas e ameaças. Mark ouviu atentamente, fazendo anotações e ocasionalmente perguntando por detalhes específicos.

- Parece que vocês estão mexendo com algo grande, - disse Mark finalmente. - Vou precisar de tempo para investigar por minha conta, mas tenho alguns contatos que podem nos ajudar a descobrir mais sobre essa organização.

Clara e Noah saíram do escritório de Mark com uma nova sensação de esperança, embora soubessem que o perigo ainda era real. A presença de Mark na investigação lhes dava uma vantagem, mas também aumentava a aposta. Eles estavam jogando um jogo perigoso, e cada movimento precisava ser calculado com precisão.

                         

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