Vou acabar com a vida dela, destruirei seu psicológico a cada dia. Estou seguindo-a há anos, ela é hipócrita igual à mãe, se paga de santa, mas, no fundo, deve ter a alma suja. Sorte que ela puxou a aparência do pai, cabelos cacheados até a bunda, pele parda, boca carnuda bem desenhada. Se tivesse puxado a puta da mãe, seria bem mais difícil olhar para o seu rosto.
Acho que todos esses anos eu vivi para destruir a vida da Amy. Eu, meu irmão Ethan, meu pai e minha mãe nos mudamos para cá quando eu tinha 6 anos. Ethan era apenas um bebê de 1 ano. Lembro-me de brincar com a Amy todos os dias, menos aos domingos, ela sempre ia para a missa e quando voltava estudava sobre a religião com o seu pai.
Eu odiava o lado religioso da Amy quando mais novo, mas adorava tanto ela que deixava isso de lado e apenas reparava no quanto ela era fofa e linda, pelo menos antes de descobrir tudo. Foi com quatorze anos que minha mãe chegou para mim com um olhar triste e disse: "Filho, eu tenho câncer e está em estágio avançado", eu fiquei paralisado, com medo, aflito. Não conseguia imaginar um mundo em que minha mãe não estivesse, vi minha mãe vomitar, passar mal, desmaiar por longos meses. Meu irmão Ethan, tinha apenas 10 anos, eu tentei protegê-lo o tempo inteiro de ver essa fase ruim da nossa mãe.
Mas numa noite de domingo bem tarde, eu esqueci de levar minha garrafa de água para o quarto, desci as escadas lentamente para não acordar ninguém, mas antes de chegar, eu escutei gemidos, quando me aproximei da entrada da sala, eu vi o meu pai transando com a senhora Ashley Grace. Eu nunca esquecerei essa imagem, como eu poderia esquecer? Ashley Grace, cavalgando no colo do meu pai enquanto minha mãe morria de câncer de mama bem no quarto.
Foi assim que minha raiva começou. Amy chegou em mim para falar de pecados no dia seguinte, eu quase vomitei no rosto dela, meu estômago embrulhava. Ashley sempre ia à missa com a família, mas traia o marido com o meu pai. Simplesmente não posso acreditar que Amy não saiba sobre a mãe, é impossível. Continuei vendo os dois transando todos os domingos à noite, minha mãe apagava por causa dos remédios e meu pai aproveitava para trepar com aquela vadia.
Depois de alguns meses, perdi minha mãe para o câncer, lembro-me de visitar o seu túmulo todos os dias, depois de um tempo a frequência com que eu ia visitá-la diminuiu. Ethan só foi ao túmulo da nossa mãe uma vez, ele dizia que não gostava de lembrar que ela morreu. Eu precisava me vingar de alguém, eu não podia fazer nada com a mãe da Amy e o meu pai, eu até tentei fazer algo contra ele, mas ele me surrou tanto que eu desisti. Acho que senti certo trauma em enfrentá-lo de novo, então meu alvo foi Amy Grace, jurei para mim mesmo que a faria pagar por todo mal que a mãe dela cometeu, o peso do pecado está sobre os seus ombros agora.
Não era de se esperar que, logo depois da morte do senhor John Grace, os dois se juntariam. Parece que foi obra do destino o pai da Amy morrer. Fingi que ia ver o meu novo "quartinho", que ganhei da bondosa Ashley, mas na verdade vim perturbar a mente da Amy. Não a perturbei o mês inteiro porque estava com pena dela, mas chega de ter pena de quem não merece.
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Se passaram uma semana, estou arrumando minhas coisas e ajudando o Ethan a arrumar as deles para levar para casa nova. Eu poderia simplesmente ir embora e deixar tudo isso, mas não consigo ficar longe dela, eu sou como o carma da sua família. Eu e o Carson levamos algumas coisas da casa também, fui ao quarto da mamãe e levei algumas fotos dela para colocar no meu quarto. Antes de sair, eu desliguei as luzes e me despedi do que foi o meu conforto nesses anos em que a mamãe não esteve aqui.
Chegamos à casa da Ashley e da Amy, as duas estavam lá nos recebendo, Ashley com um sorriso de ponta a ponta e Amy, ela parecia estar ali por alguma obrigação.
- Bem-vindos - disse Ashley.
Ela jogou confetes como se estivéssemos em alguma festa.
- Agora somos uma família, oficialmente - disse Carson.
- Eu vou arrumar meu quarto - respondi.
- Amy irá te ajudar, eu pedi para ela ser mais agradável com você.
- Venha Amy - a chamei com um sorriso sarcástico.
O quarto estava bem vazio, a única coisa que tinha alguma coisa era a minha cama, que tinha um lençol, mas aos poucos eu o transformo como eu gosto. Quando Amy entrou, eu fechei a porta, deixando-a pressionada contra o meu corpo.
- Me deixe sair...
- Xiu! - Fechei sua boca com a minha mão. - O inferno estava lá fora, agora ele se mudou para dentro da sua casa.
Ela mordeu a minha mão.
- Você é um insolente, eu estou tentando te aturar, mas está difícil, Elliot.
- É melhor você se acostumar, freira, porque agora você será minha, eu farei o que quiser com você.
- Você queimará no fogo do inferno, Elliot - ela retrucou.
Eu ri.
- Você queimará comigo, eu te levarei nem que seja arrastada, mas nunca se livrará de mim - dei um beijo na sua testa.
- O que você está fazendo? - Ela perguntou enquanto limpava a testa.
- Estava selando nossa ida para o inferno juntos.
Gargalhei.
Ela saiu puta da vida, fazendo o sinal da cruz, rezando. Eu gosto de perturbá-la com isso.
Durante a noite, quando todos estavam dormindo, resolvi perturba-la um pouco mais, quero fazê-la sofrer de dia e de noite. Entrei no seu quarto, a porta não estava trancada, depois dessa noite ela vai começar a trancar. Foi a primeira vez que a vi tão diferente, cabelos cacheados por todos os lados da cama, em vez de vestidos ou saias gigantes, uma simples camisola. O lençol estava jogado, suas coxas desenhadas e cintura fina estavam à mostra, seus seios firmes e redondos estavam marcados no tecido fino da camisola. Que porra, o que está acontecendo comigo?
Eu sentei do seu lado, não consegui ousar tocar-lá, eu estava apenas observando-a deslumbrado com tanta beleza que ela esconde debaixo daqueles vestidos enormes que usa, fiquei como uma sombra olhando-a dormir. Já estou aqui há vários minutos, já nem sei mais o que eu queria fazer com ela. Seus olhos verdes abriram de repente, olhando para mim assustada. Eu me virei, fingindo que não estava observando-a.
- O que está fazendo aqui? Seu insolente - ela falava, se cobrindo com o lençol.
- Eu vim te perturbar, quero que sinta dor até dormindo- Falei, me virando para os seus olhos.
Eu não conseguia parar de observá-la daquele jeito, era como se eu tivesse visto uma parte dela que ninguém consegue ver, os seios dela agora estão empinados, eu me peguei olhando para eles por alguns segundos, depois desviei o olhar. Porra, eu estava muito duro.
- Seu pervertido, saia do meu quarto, se não eu irei gritar.
Quando ela abriu a boca para gritar, tapei bem forte, olhei bem de perto nos seus olhos verdes.
- Não grite, eu sou sua sombra agora, não tranque a porta para dormir, se não eu te perturbarei mais ainda durante o dia - falei sussurrando.
- Para de ser minha sombra, Elliot, tente viver a sua vida.
- Não posso, você é minha posse agora, estamos selados para sempre, freira.
Então, sai do quarto tentando trazer de volta todo ódio que sinto dela e da sua mãe podre.