Estava comendo um pedaço de bolo de chocolate com calda de morango, quando fui surpreendida por uma pessoa, ao me virar eu vi que era o Henry, e meu Deus eu quase morro do coração com o susto que tomei, mas ele apenas sorrio, e foi muito gentil comigo, ele conversou um pouco, nós abraçamos e o melhor é que ele também assaltou a geladeira, o que me fez ficar feliz com aquilo, mas ainda sim eu olhei para ele e percebi que ele mudou tanto desde da última vez que nós virmos, o mesmo estava mais bonito, ele notou que eu sentia dores no corpo, ele me questionou mas prefiro deixar isso quieto, melhor que ficar revivendo tudo o que aconteceu com o meu pai. Então depois de um tempo conversando, contei que estou fazendo faculdade de medicina, e ele ficou surpreso, me questionou porque eu não me comuniquei ou avisei, eu até iria contar mais preferir não contar, com o tempo subimos, conversamos mais um pouco, até que entrei, me deitei e depois de um tempo dormir. Acabei acordando com alguém batendo na minha porta, quando peguei o celular vi que já era 12:30, horário de almoço, e acredito que seja minha tia, então me levantei, e abrir a porta.
Tia Hilary: Boa tarde meu amor, desculpa te acordar, eu apenas queria que você almoçasse junto conosco. - ela fala e abraço ela.
Freya: Tia, não é incomodo nenhum, eu estou muito agradecida por tudo que a senhora e o tio tem feito por mim. - digo me afastando dela.
Tia Hilary: Faria mil vezes, a minha irmã jamais deixaria você passar por tudo o que passou por todos esses anos. - diz com os olhos marejados.
Freya: Não fique assim tia, tá tudo bem. - digo e ela toca meu rosto. - Vou só lavar meu rosto, escovar os dentes e já desço. - digo e ela sorrir.
Tia Hilary: Estaremos esperando você lá. - diz sorrindo, e sai do quarto, então vou até o banheiro, faço minhas necessidades, logo depois faço a minha higiene pessoal e lavo meu rosto, então vou até a minha mala, pego um cropped preto, e um short preto,me arrumo e olho no espeço, percebo que meus braços estão com marcas roxas, e acabo pegando um bolero preto e visto, então assim que acabei de me arrumar, sair do quarto, e desci para a sala de jantar, então assim que fui chegando na mesma ouvir o Enrico.
Enrico: Mãe, quanto mistério, quem é que tá aqui? - ele questiona e a tia olha para a porta, e ele acompanha seu olhar. - Mentira, loirinha é você? - ele se levanta da mesa animado e corre na minha direção, ele me abraça me levantando e acabo ficando sem graça.
Henrique: Não acredito que é a nossa prima, a baixinha loira. - ele fala vindo em minha direção.
Freya: Eu não sou baixinha Henrique. - digo fazendo bico e ele rir.
Henrique: Continua linda demais essa baixinha.
Freya: Também sentir saudades de vocês. - digo e o Enrico me coloca no chão, acabo sentindo dor, e acabo fazendo uma cara feia, ele nota, e o Henry não para de me olhar.
Enrico: Te machuquei? - ele pergunta me olhando e nego com a cabeça.
Henry: Sentimos muito a sua falta aqui. - ele fala de onde estava, afinal já nós vimos logo cedo.
Tio Emilio: Deixem a Freya, ela deve está com fome, venham, vamos almoçar. - ele fala e seguimos para a mesa, acabei me sentando ao lado do Henry.
Henry: Você está linda. - ele fala baixinho e acabo ficando vermelha. - Tem algo que você não tá contando que eu sei. - ele diz e engulo a seco.
Tia Hilary: Vamos comer, e deixem a Freya quieta, ela veio descansar a mente da cidade grande, e também da faculdade. - ela fala sorrindo. - Estou orgulhosa, sua mãe estaria também. - ela fala sorrindo, e então o tio começa a se servir e logo depois todos vamos nos servindo.
Henrique: Sentir a sua falta prima. - ele fala enquanto vai comendo.
Freya: Eu também sentir a falta de cada um de vocês. - digo sentindo meus olhos marejarem.
Tio Emilio: Você ficou tanto tempo distante minha menina, eu achei que você já teria casado a essas alturas. - ele diz e o Henry se engasga, então como eu estava mais próxima, dei alguns tapinhas em suas costas. - Calma meu filho, você tem que comer mais devagar. - ele diz e os meninos seguram o riso.
Freya: Que nada tio, eu preferir a faculdade e me jogar no hospital que hoje sou estagiaria, e claro hoje pela madrugada quando sair do hospital eu fui promovida e ganhei até uma equipe. - digo sorrindo. - Estava tão feliz... - digo e logo paro por lembrar de tudo o que aconteceu.
Tia Hilary: Alguém vai querer sobremesa? - ela pergunta mudando de assunto.
Enrico: Eu quero mãe. - ele fala e a mesma se levanta e vai buscar.
Tio Emilio: Parabéns. - ele fala sorrindo. - Você é um orgulho, eu teria muito orgulho se você fosse minha filha. - ele fala sorrindo. - Já os meus meninos, preferem ficar aqui no campo, estudaram, mas no final preferiu ficar conosco. - ele diz e acabo sorrindo.
Freya: Eu também gostaria tio, eu teria prazer em viver nesses campos maravilhosos, mas infelizmente a cidade me chama por causa do trabalho. - digo e ele sorrir.
Tio Emilio: Super entendo, aqui é muito bonito mesmo, e a gente se apaixona pelo campo, e não tem mais escapatória. - diz sorrindo e a tia chega com duas travessas de sobremesas, me levanto e vou ajuda-la.
Freya: Deixe-me me ajuda-la tia. - digo pegando uma travessa de sua mão e coloco na mesa.
Tia Hilary: Oh meu amor, obrigada. - diz sorrindo. - Vamos comer a sobremesa. - ela fala e ela coloca em um pratinho um pedaço generoso de pudim pra mim, é a minha sobremesa favorita, e me entrega. - Aqui pra você. - ela diz e acabo enchendo os olhos de lágrimas.
Freya: Oh tia, muito obrigada. - digo e as lágrimas molham meu rosto.
Tia Hilary: Não chore, eu sei que você lembrou dela, eu também me lembro todos os dias. - diz e me abraça apertado. - Agora vá comer. - diz me dando um tapinha nas costas, e volto para o meu lugar, com calma me sento em meu lugar, e começo a comer o pedaço de pudim que ela colocou pra mim.
Henry: Quero te levar a um lugar. - ele fala me olhando, e os irmãos dele nós olha no mesmo minuto.
Enrico: Ah não, você não vai não Henry. - ele fala sorrindo.
Henry: Calado. - ele diz e então fico sem entender, mas acabo de comer o pudim.
Tia Hilary: Vão se divertir crianças. - ela fala e me nego.
Freya: Só sairei de casa, quando eu ajudar a senhora com tudo. - digo e ela balança a cabeça negativamente, e o Henry segura no meu braço.
Henry: Vamos? - ele me chama e nego com a cabeça.
Freya: Vou ajudar a tia, depois eu vou. - digo séria e ele sai dali com os irmãos, eu começo a ajudar a tia, e o tio fica ali sentado por mais um tempo, até que ele vira pra mim.
Tio Emilio: Seu pai é um monstro, e eu nunca esperei que ele fosse capaz disso. - diz mexendo em sua barba. - Ele já fez outras atrocidades, mas fazer isso com a própria filha, isso não se faz. - ele diz sério, negando com a cabeça.
Freya: Oh tio, não importa mais, eu tô segura aqui com vocês. - digo e ele toca minha mão de forma gentil. Então me afasto e sigo para a cozinha com a tia, ao chegar na mesma começo a ajuda-la, vou lavando os pratos e ela vai enxugando.
Tia Hilary: Você podia está andando com os meninos. - diz sorrindo.
Freya: Nada disso tia, eu ajudo no que for preciso. - digo sorrindo, e ela sorrir, então continuei lavando e conversamos um pouco mais, então quando acabei o Henrique veio até nós.
Henrique: Vamos logo, antes que o Henry der cria. - diz dando risada, e acabo rindo do que ele falou.
Tia Hilary: Obrigada meu amor, vá se divertir. - ela diz, e vou com o Henrique.
Henrique: Meu irmão é doido demais. - diz sorrindo.
Freya: Não diga isso. - digo e vamos nós aproximando dos meninos que estavam conversando.
Enrico: Chegou. - diz sorrindo. - Podemos ir? - ele fala e concordo.
Henry: Eu não sei o que vocês querem indo, eu só convidei ela. - diz sério e acabo rindo.
Freya: Assim eu vou ficar com vergonha, parem com isso. - digo olhando eles, e eles sorrir.
Henry: Você vem comigo. - ele fala e os meninos reviram os olhos.
Enrico: Você é muito egoísta irmão! - ele diz e dou risada.
Freya: Sentir falta de vocês, desse ânimo de vocês. - digo e o Henry segura minha mão, e seguimos andando, até os cavalos, como só tem 3 cavalos ali, eu imagino que os outros estão soltos então eu não vou conseguir ir em um sozinha. - Não tem pra mim? - pergunto.
Henry: Os outros estão espalhados pelo campo, vamos pegar um para você, agora nesse momento você vem comigo. - ele diz e dou risada.
Freya: Tudo bem! - digo e ele monta no cavalo, e logo me dar a mão, seguro na mesma e subo, ele apoia minhas costas no seu peitoral, e começa a andar comigo.
Andar a cavalo me desperta tantas lembranças, inclusive as de quando eu vir aqui pela última vez, o Henry me ensinou a andar a cavalo, e foi algo tão incrível, galopar no cavalo é muito bom, você se sente tão livre, tão leve, e tudo isso é maravilhoso. Depois de 6 anos eu voltei aqui, e o melhor é que parece que tudo está mais bonito, tudo está mais leve, e isso me faz ficar encantada com tudo isso, então encosto minha cabeça no peitoral do Henry e vou sentindo o cavalo galopar, fecho meus olhos por um instante e tudo aquilo parece um sonho, parece que tô com meus 15 anos novamente e tô ali tão leve, longe de qualquer tipo de estresse, longe de qualquer tipo de coisa.