Capítulo 4 Me lembrarei disso

Ponto de vista de Bryan:

Enquanto observava a mulher tremendo sob mim, um sorriso de desdém surgiu nos meus lábios.

"Para alguém na sua posição, servir-me deveria ser visto como um privilégio. Você consegue entender isso?", não pude deixar de zombar, minha voz carregada de desdém.

Com um movimento deliberado, bati com meu membro no seu rosto delicado e marcado pelas lágrimas, enquanto um riso amargo escapava da minha garganta.

Embora suas lágrimas caíssem com mais intensidade, seu olhar desafiador continuava fixo no meu. Aquela faísca de resistência possuía um encanto que suavizava minha raiva e alimentava ainda mais meu desejo.

A princípio, eu pretendia utilizar os métodos mais cruéis para intimidar essa mulher e outras como ela. No entanto, acabei mudando de ideia.

Agora, eu estava decidido a fazê-la ceder a todos os meus desejos.

Com isso, segurei seu queixo firmemente, obrigando seus lábios a se entreabrirem.

"Por favor, não...", ela implorou em meio aos soluços, suas mãos trêmulas batendo nas minhas pernas numa tentativa frágil de me afastar. Seus gemidos desesperados só intensificavam as chamas do meu desejo.

Pela primeira vez, senti a vontade de ter domínio absoluto sobre uma mulher.

Sorrindo amplamente, segurei seu queixo e delicadamente encostei meu membro contra sua pele suave. Suas lágrimas humilhantes deslizaram das suas bochechas e caíram na minha mão. Com um suspiro, pressionei meu membro nos seus lábios.

No momento em que minha pele roçou nos seus lábios trêmulos, uma onda de prazer percorreu todo o meu corpo.

A suavidade dos seus lábios, em contraste com a firmeza da minha excitação, apenas intensificou minha luxúria. A umidade da ponta deixou uma marca nos seus lábios fechados, acentuando ainda mais a intensidade da excitação ilícita.

Com um movimento firme, abri sua boca e forcei minha entrada.

Um gemido baixo e intenso escapou da minha garganta enquanto a mulher abaixo de mim resistia com ainda mais força.

A resistência dela fez com que o toque dos lábios dela no meu membro se tornasse ainda mais intenso, quase me levando ao extremo.

Foi então que a voz de Hayley - pedindo que eu parasse - cessou subitamente. A cortina atrás de mim se agitou levemente e alguém entrou com uma postura irritante.

Ao perceber quem era, adotei uma expressão séria.

Era Dominic Reeves, meu irmão.

"O que está fazendo?", indaguei friamente, estreitando os olhos com irritação.

"Recomendo que você a libere", disse Dominic.

Sua expressão se mantinha inexpressiva como pedra, e sua voz cortava o ar como gelo. "Já que você quer essa mulher, espere até que a seleção termine. E então você poderá levá-la embora. Evite arranjar problemas agora, do contrário, todos nós acabaremos enfrentando a fúria do pai."

Tal afirmação fez com que eu franzisse o cenho com irritação. "Irritante", sussurrei enquanto empurrava para longe a mulher em prantos.

"Você não passa de um lobo mais fraco do que eu", eu disse com desdém, enquanto subia minhas calças indiferentemente. "Que autoridade você acha que tem para querer me impedir?"

Meu pai tinha três filhos, contando comigo, e todos nós tínhamos o sangue da distinta linhagem Lycan. Dominic foi o último a ter seu lobo despertado. Mesmo tendo mais força do que a maioria, ele não valia meu tempo.

No nosso clã, onde a força era a única regra, alguém como Dominic, que dedicava sua vida a atender aos caprichos do pai, jamais poderia ser comparado a mim.

Apesar das minhas provocações, o semblante de Dominic permanecia impassível. Com um tom tranquilo, ele respondeu: "Independentemente da sua força, você não pode ignorar as ordens do pai."

Meu humor se agravou enquanto eu o fitava, a raiva crescendo com um impulso cada vez mais forte de estrangular sua garganta.

Ele sempre gostava de bajular nosso pai. Então se eu matasse essa mulher agora, ele aumentaria os fatos e distorceria tudo ao seu favor.

Ele tiraria proveito dessa situação para agradar nosso pai, enquanto me puxava para baixo. E isso era algo que eu não podia permitir que acontecesse.

Pensando por esse lado, cerrei os dentes e parei. Em seguida, soltei relutantemente a mulher no sofá.

Afinal, ela não valia a dor de cabeça.

Com isso, a mulher permanecia ali, seu corpo trêmulo enquanto as lágrimas deslizavam pelo seu rosto e um fino fio escorria do canto da sua boca. Ela evocava a imagem de uma pequena coelha, frágil, abusada, indefesa, mas profundamente triste na sua miséria.

Foi então que o desejo reacendeu em mim enquanto meus olhos percorriam seu corpo.

Apesar do seu medo evidente, as curvas do seu corpo ainda se destacavam, me atraindo de formas que exacerbavam minha frustração.

Por um instante fugaz, o arrependimento me envolveu. Eu deveria tê-la tirado dali antes, mas agora havia perdido a oportunidade e não poderia satisfazer minhas necessidades.

Entretanto, isso já não importava mais. Afinal, ela ainda continuava presa no palácio. Então eu teria várias chances de torturá-la outra vez.

Com isso em mente, permiti que um sorriso pequeno aparecesse no meu rosto. Então, levantei seu queixo, forcei seus olhos cheios de lágrimas a se encontrarem com os meus e, com um tom divertido, indaguei: "Como você se chama?"

"M-Makenna Dunn...", balbuciou ela, quase sem conseguir falar por causa dos soluços.

"Makenna Dunn?"

Bati levemente na sua bochecha, vendo-a estremecer sob meu toque. O pavor nos seus olhos era uma chama que alimentava minha crescente diversão.

"Me lembrarei disso", afirmei, meus lábios se contraindo num sorriso malicioso. "Porém, não vá achando que você está segura. Virei atrás de você outra vez."

Em seguida, caí na risada, o som ecoando pela sala, e com um movimento brusco, saí, deixando a mulher chorando atrás de mim.