Entre a Luxúria e o Poder
img img Entre a Luxúria e o Poder img Capítulo 4 Abaddon Rossi
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Capítulo 4 Abaddon Rossi

Estava cercado por homens em trajes sofisticados, todos discutindo negócios e estratégias que pareciam mais tediosas a cada segundo que passava. Eles eram donos de empresas que abasteciam a indústria pornográfica, e as conversas se arrastavam entre acordos e propostas. Eu ouvia as palavras, mas a mente vagava, entediada. Cansado do clima pesado, pedi licença e me retirei do grupo, buscando um pouco de ar fresco no bar do evento.

Quando cheguei ao balcão, pedi um uísque com gelo, ansioso por algo que pudesse me reanimar. Enquanto aguardava o pedido, senti uma presença ao meu lado. Uma mulher deslumbrante estava ali, e seu brilho chamava minha atenção instantaneamente. Sua pele era de um negro profundo, porém claro, reluzindo sob as luzes do ambiente, e ela se destacava em meio a toda a ostentação ao nosso redor. Havia uma confiança inegável em sua postura, e seu olhar revelava um jogo de inteligência e mistério que me intrigava.

- Oi. O que uma mulher linda está fazendo aqui sozinha?

Eu disse, tentando iniciar uma conversa.

- Creio eu que não estou sozinha, senhor?

Ela virou-se para mim, um sorriso divertido brincando em seus lábios. Indagou, suas palavras soando com um tom provocador.

- Abaddon Rossi.

Eu me apresentei, estendendo a mão. Ela tomou a minha, e ao fazer isso, não pude deixar de notar a suavidade de sua pele contra a minha.

- Emma Wilson.

Ela respondeu, o olhar fixo no meu.

Emma estendeu uma de suas mãos para mim, e em um gesto de cavalheirismo, peguei a dela e, com delicadeza, inclinei-me para depositar um beijo em seu dorso. O toque de seus dedos era suave, e eu a observei, notando como ela não se deixou intimidar pelo gesto. Em vez disso, um sorriso se espalhou em seu rosto, refletindo uma confiança que me fez querer saber mais.

- É raro encontrar alguém tão fascinante em um lugar como este.

Eu disse, recuando levemente para observar seu rosto, suas feições perfeitamente esculpidas e o brilho em seus olhos.

- Ah, mas eu poderia dizer o mesmo sobre você, Abaddon. Não é todo dia que encontramos o dono de uma das maiores revistas da indústria. Espero que não esteja aqui apenas para discutir negócios.

Emma respondeu, sua voz suave, mas cheia de audácia.

- Negócios são parte da vida, mas estou sempre em busca de algo mais interessante.

Eu retorqui, a tensão leve entre nós crescendo. Havia um ar de desafio na conversa, e eu estava pronto para entrar nesse jogo.

- Então, talvez você tenha encontrado o que procura.

Emma sorriu, um sorriso que prometia complicações e novas possibilidades.

A conexão instantânea e a aura dela me prenderam, fazendo-me esquecer da multidão ao nosso redor. Ali, ao lado do bar, longe das conversas monótonas, algo muito mais intrigante estava prestes a acontecer.

Emma se afastou do bar de maneira sedutora, cada movimento calculado, seus quadris balançando suavemente, chamando a atenção de todos ao redor, mas, naquele momento, era como se ela estivesse fazendo isso só para mim. Ela levou o copo aos lábios e deu um gole lento, seus olhos brilhando por um segundo enquanto nossos olhares se encontravam novamente antes de ela desviar e sair de seu lugar.

Eu mal pisquei enquanto observava-a. Cada passo era uma dança, e eu estava hipnotizado pela forma como ela se movia. O tecido de seu vestido abraçava suas curvas de maneira provocante, e o brilho de sua pele contrastava com a iluminação suave do salão. Havia algo nela que era impossível ignorar, como se ela dominasse o espaço com uma simples presença.

Sem hesitar, me levantei e comecei a segui-la, como se fosse puxado por uma força invisível. Não era um impulso puramente físico era mais profundo, quase instintivo. Ela andava pela multidão com uma graça natural, e mesmo com tantas pessoas ao redor, meus olhos nunca se desviaram dela. Era como se todos tivessem se apagado ao nosso redor, deixando apenas Emma e o rastro de mistério que ela carregava.

Emma entrou por uma porta discreta que dava acesso a um corredor elegante, e eu a segui sem pensar duas vezes. O corredor era impressionante, com paredes adornadas por obras de arte modernas e luzes baixas que lançavam sombras tentadoras nos cantos. O espaço tinha uma aura quase etérea, um ambiente que parecia feito para encontros secretos. A penumbra conferia uma sensação de intimidade, como se, ali, as regras do mundo exterior não se aplicassem.

A cada passo, o som dos meus sapatos ecoava suavemente no piso de mármore. A atmosfera era carregada, o silêncio do corredor amplificava a tensão crescente. Eu ainda a observava à distância, melhor sua sombra virando o corredor e o ritmo de seus passos firme e confiante. Eu sabia que ela estava ciente de que eu a seguia. Ela queria que eu a seguisse.

Seguindo o som dos saltos de Emma ecoando suavemente pelo corredor, cada passo que ela dava parecia uma melodia refinada, o tipo de som que exigia atenção. Era elegante e convidativo, como um chamado silencioso, difícil de ignorar. No entanto, de repente, o som cessou, e por um breve momento, tudo ficou em silêncio. Meus olhos se ajustaram à penumbra do corredor, até que a vi.

Diante de mim estava a cena mais cativante que já presenciei. Emma, agora com um vestido diferente, mais ousado, expunha sua pele de ébano com um brilho que capturava a luz fraca do ambiente, destacando cada curva de seu pescoço e colo. Suas pernas longas e bem torneadas estavam cruzadas de maneira impecável, uma postura que exalava poder e controle, enquanto ela se acomodava no sofá com um copo de bebida na mão.

Seus dedos, delicados e quase hipnóticos, deslizavam lentamente de seus lábios pelo pescoço, vagando como se tocassem a pele pela primeira vez. Meu olhar seguiu o movimento, sem poder desviar, e por um breve momento, desejei que fossem minhas mãos fazendo aquela exploração, sentindo a suavidade de sua pele sob meu toque. Ela arrastava seus dedos sensualmente pela extensão de seu colo, como se soubesse exatamente o efeito que causava, me provocando de uma maneira calculada, mas com uma pitada de inocência ou talvez, a ilusão dela.

- Está me seguindo, senhor Rossi?

Sua voz rompeu o silêncio, suave, mas carregada de intenção. Seu olhar, profundo e intrigante, me capturou, me desafiando a descobrir o que realmente estava se passando por trás daqueles olhos brilhantes. Ela parecia inocente, mas a sugestão em seu tom dizia o contrário. Ela sabia exatamente o que estava fazendo.

            
            

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