Depois de quarenta minutos saiu senhor Elias o prefeito com um pacote muito bem embrulhado, olhou para os lados, saiu imediatamente e entrou no seu veículo.
Dona Judite, Estela e a professora Mendonça seguiram o prefeito, mas a velocidade que atingiu as senhoras perdeu o destino do veículo.
Pararam e começaram a pensar o que será que o prefeito iria fazer com aqueles quitutes, o qual havia pego na casa de dona Eulália?
Cada uma foi deixada em suas casas e dona Judite seguiu embora, mas observou que cada uma delas não havia entrado nas suas casas, ambas observaram a saída do carro e pegou o destino oposto, rumo a praça da cidade, próximo da Igreja. Mais uma intriga na mente de dona Judite!
À MEIA NOITE, toca o badalo do Sino da Igreja, não era de costume, pois em exigência da população só estava permitido tocar o sinal das 6:00 horas até as 23:00 horas, por que estará tocando o sino neste horário?
Esta indagação aconteceu a todos os moradores de TEKORANDU, imediatamente muitos moradores se levantaram e foram para o centro da cidade e lá encontrou aos gritos o senhor Marcos dizendo que sua esposa havia falecido.
Neste local se encontrava o prefeito, o médico, o padre, o pastor, dona Estela, a professora Mendonça, o secretário do prefeito senhor João, o funcionário do correio e avisando a todos os moradores o coroinha Eduardo. Em poucos minutos na frente da casa de dona Mercedes lotava-se de curiosos.
A curiosidade é o mal de todas as pessoas, queriam saber o que estava acontecendo, o prefeito aproveitando da oportunidade fez o seu discurso. Mas a duvida pairava no ar, qual o motivo que naquele momento se encontravam: o prefeito, padre, pastor, médico, professora, dona Estela, secretário do prefeito, o funcionário do correio e o coroinha naquele momento, faltando estar junto a dona Judite esposa do prefeito?
Alguns minutos o doutor Nacife saiu de dentro da casa de dona Mercedes e falou que ela avia sido envenenada. Sr. Marcos esposo de dona Mercedes resolveu levar o corpo de sua esposa para a cidade de seus familiares.
Algumas horas depois, chega em sua casa o senhor Elias, e acordada esperando por ele sua esposa. Imediatamente ela fez a pergunta que não conseguia calar:
- O que você estava fazendo na casa de dona Eulália? E por que saiu com aquele pacote, rapidamente olhando assustado para todos os cantos?
Respondeu sem atemorizar:
- Fui pegar umas porções de quitutes para realizarmos uma boa reunião, pois, o horário já era avançado e com sono e fome poderíamos deixar de decidir algumas atitudes de melhoria para a nossa cidade.
Mas, sua esposa não ficou convencida com sua resposta, e ainda questionou sobre o porquê estar no local do acontecimento à meia noite?
Imediatamente o próprio prefeito retrucou com outra pergunta:
- Como você sabe que eu estava saindo da casa de dona Eulália aquele horário? E também por que sabe da morte de dona Mercedes a meia noite e ao mesmo tempo eu estar no local do acontecido se você não estava naquele local?
Dona Judite ficou sem jeito desconversou e foram dormir.
No dia seguinte ao acontecido, o prefeito reuniu-se com toda a liderança da cidade para discutir do acontecimento da morte estranha de dona Mercedes, e imediatamente o seu secretário João questionou o boato que estava acontecendo na cidade.
- Senhor prefeito toda a população está murmurando sobre o senhor, pois há alguns dias a dona Mercedes saiu falando que o prefeito havia desviado muitas verbas da prefeitura com a consultoria que havia na prefeitura para desenvolver um plano de crescimento da cidade. Logo este acontecido aparece morta de maneira estranha envenenada em sua casa.
O prefeito ficou tenso na reunião e pediu para que mudasse a conversa da reunião, porque naquele momento não havia necessidade de discutir sobre quem matou dona Mercedes, mas sim chamar o investigador da cidade vizinha que decifre o caso.
Todos que estavam reunidos desconfiaram da atitude do prefeito e decidiram averiguar a morte de uma senhora representativa na cidade e que havia falecido de uma morte admirada.
Com o término da reunião, decidiram colocar na mão de um investigador isento de qualquer coisa relacionada à cidade e assim transcorreu de maneira tranquila e serena.
A população daquela pequena cidade estava apavorada com o acontecimento, nunca havia tido um crime daquele, praticamente a cidade era uma comunidade, o qual todos se conheciam e se dava bem.
Como poderia uma senhora que nada havia feito de mal para alguém, a não ser falar um pouco demais.
Os comentários eram demais, as duvidas se misturavam com a certeza de que havia sido uma morte premeditada a respeito de magoa e revolta de alguém que poderia estar sendo prejudicado por alguma coisa.
A partir desse momento a cidade passou a ser vista na mídia, principalmente no estado, pois os repórteres apareceram alguns dias para fazer a matéria da morte da meia noite, um crime sem explicação.