ME ACORDE APÓS O INVERNO
img img ME ACORDE APÓS O INVERNO img Capítulo 5 Sam e Dom (II)
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Capítulo 10 Como gozar fácil img
Capítulo 11 Como gozar fácil (II) img
Capítulo 12 Tessa Adam img
Capítulo 13 Tessa Adam (II) img
Capítulo 14 Tessa Adam (III) img
Capítulo 15 Eu nunca traí img
Capítulo 16 Eu nunca traí (II) img
Capítulo 17 O clube img
Capítulo 18 O clube (II) img
Capítulo 19 Pulseiras esquisitas img
Capítulo 20 Pulseiras esquisitas (II) img
Capítulo 21 Pulseiras esquisitas (III) img
Capítulo 22 Estou viva img
Capítulo 23 Estou viva (II) img
Capítulo 24 Estou viva (III) img
Capítulo 25 Machuquei você img
Capítulo 26 Machuquei você (II) img
Capítulo 27 Feita para mim img
Capítulo 28 Feita para mim (II) img
Capítulo 29 Feita para mim (III) img
Capítulo 30 Me prometa uma coisa img
Capítulo 31 Me prometa uma coisa (II) img
Capítulo 32 Sam, você está louco img
Capítulo 33 Sam, você está louco (II) img
Capítulo 34 Sam, você está louco (III) img
Capítulo 35 Ônus e bônus img
Capítulo 36 Ônus e bônus (II) img
Capítulo 37 Ônus e bônus (III) img
Capítulo 38 Babaca egocêntrico img
Capítulo 39 Babaca egocêntrico (II) img
Capítulo 40 Petrus Nixon img
Capítulo 41 Petrus Nixon (II) img
Capítulo 42 Petrus Nixon (III) img
Capítulo 43 Sobre aquela noite img
Capítulo 44 Sobre aquela noite (II) img
Capítulo 45 Assunto de família img
Capítulo 46 Assunto de família (II) img
Capítulo 47 Verônica Mancini Riccio img
Capítulo 48 Verônica Mancini Riccio (II) img
Capítulo 49 Sobrenome Adam img
Capítulo 50 Sobrenome Adam (II) img
Capítulo 51 Sobrenome Adam (III) img
Capítulo 52 O sapatinho img
Capítulo 53 O sapatinho (II) img
Capítulo 54 O sapatinho (III) img
Capítulo 55 A sandália img
Capítulo 56 A sandália (II) img
Capítulo 57 A sandália (III) img
Capítulo 58 Avalon img
Capítulo 59 Avalon (II) img
Capítulo 60 Putaria img
Capítulo 61 Putaria (II) img
Capítulo 62 Putaria (III) img
Capítulo 63 O rei da cueca branca img
Capítulo 64 O rei da cueca branca (II) img
Capítulo 65 Para feia não serve img
Capítulo 66 Para feia não serve (II) img
Capítulo 67 Para feia não serve (III) img
Capítulo 68 Será que fui pouco persuasivo img
Capítulo 69 Será que fui pouco persuasivo (II) img
Capítulo 70 Vai gozar ou não vai img
Capítulo 71 Vai gozar ou não vai img
Capítulo 72 Conotação sexual img
Capítulo 73 Conotação sexual (II) img
Capítulo 74 Estou preparada para ser a rainha img
Capítulo 75 Estou preparada para ser a rainha (II) img
Capítulo 76 Verônica Mancini Riccio img
Capítulo 77 Verônica Mancini Riccio (II) img
Capítulo 78 Verônica Mancini Riccio (III) img
Capítulo 79 Sanduíche img
Capítulo 80 Sanduíche (II) img
Capítulo 81 Sanduíche (III) img
Capítulo 82 Uma trégua img
Capítulo 83 Uma trégua (II) img
Capítulo 84 Uma trégua (III) img
Capítulo 85 Por que está sendo gentil comigo img
Capítulo 86 Por que está sendo gentil comigo (II) img
Capítulo 87 Por que está sendo gentil comigo (III) img
Capítulo 88 Em nome do rei img
Capítulo 89 Em nome do rei (II) img
Capítulo 90 Em nome do rei (III) img
Capítulo 91 Um jardim perigoso img
Capítulo 92 Um jardim perigoso (II) img
Capítulo 93 A imprensa img
Capítulo 94 A imprensa (II) img
Capítulo 95 A imprensa (III) img
Capítulo 96 Coincidências img
Capítulo 97 Coincidências (II) img
Capítulo 98 Um mal entendido img
Capítulo 99 Um mal entendido (II) img
Capítulo 100 Só diga sim img
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Capítulo 5 Sam e Dom (II)

- Por que não arranja uma esposa no meu lugar? Confesso que sou um pouco ciumento. – Ele ironizou.

- Sinceramente, não me imagino casado. Serei um rei sem herdeiros.

- E isto pode?

- Minha irmã assumiria quando eu morrer.

- E se ela morrer primeiro?

- Emília não morrerá primeiro que eu. Ela nem sabe o que é uma arma.

- Pode ter um infarto, cair de uma escada...

- Você só pode estar brincando! É da minha irmã que estamos falando.

- E que irmã! – ele suspirou.

- Se encostar um dedo em Emília sabe que mato você, não é mesmo?

- Não sou tão filho da puta quanto você, que se envolveu com a filha de Satini.

- Foi só um beijo! – Me defendi.

Aquele era um dos assuntos que eu não gostava de falar. Preferia esquecer e fingir que nunca aconteceu.

- Eu sei... E exatamente por isto jamais deixarei que você conheça a minha filha pessoalmente.

Eu ri:

- Você é muito exagerado, Dom.

- Se eu beber demais, por favor, não me deixe matar Magnus. Eu tenho uma arma aqui.

- Dom, temos uma batalha ainda pela frente e podemos lutar juntos.

- E qual é? – Ele pareceu se interessar.

- Esquecer estas mulheres que não saem das nossas mentes.

- Kat não está na minha mente. Ela está no meu coração, Sam. – ele disse de forma séria.

- Sabe por que eu consigo ser amigo de Satini e não pensar nela o tempo todo? Porque a vejo raramente. E isto me faz esquecê-la e pensar que estou curado... Até encontrá-la novamente. Sinceramente, não sei como você consegue estar ao lado de Katrina o tempo inteiro! Uma coisa é manter uma relação de amizade com ela... Outra é querer ser o melhor amigo da sua ex. É loucura, Dom! Sua única cura é sair de Noriah Sul.

- Ok, já me convenceu. Talvez seja hora de alcançar novos voos. E deixar Katrina em paz. Mas ainda acho que ela sentirá minha falta.

- Claro que sim... Quem lhe faria os favorzinhos sórdidos que Magnus não concordaria em fazer?

- E me diga uma coisa... O que farei em Avalon? Viverei do dinheiro da coroa? Ou me contratará como médico do palácio?

- Viveremos do dinheiro da coroa! – Garanti, levantando a garrafa já quase sem líquido dentro.

- Meu sonho de vida! – Ele brincou.

- Duvido que você não tenha uma reserva financeira.

- Não é sobre o dinheiro... É sobre não ser o um homem que consegue viver sem fazer nada.

- Por acaso sua intenção é morar em Avalon para sempre? Porque se for por algumas semanas não lhe cobrarei estadia! – Tentei conter o riso.

- Posso ser útil como o médico da sua irmã! – Ele piscou.

- Sim, já que definiu o futuro dela como sendo dependente de um médico! – Fiquei enfurecido – Não se preocupe que ela não terá um enfarto, tampouco cairá de uma escada.

- Em Avalon é inverno o tempo inteiro. Detesto o frio.

- São só cinco a seis meses.

- De dias nublados e frios intensos.

- Podemos ficar em frente a lareira abraçadinhos. – O olhei seriamente, mordendo os lábios para não gargalhar.

- Esta frase foi a que me convenceu. – Ele piscou – Brincadeiras à parte, prefiro ficar abraçadinho em frente a lareira com a sua irmã. – Dei um tapa no ombro dele.

- Deixe meu cunhado saber disto!

Dom riu:

- Sinceramente, Emília não faz meu tipo.

- Oh, que felicidade a minha e a dela! – Provoquei.

- Quando partimos?

- Amanhã pela manhã. Petrus já providenciou tudo para minha chegada em Avalon.

- Estarei pronto. Já tem ideia de onde nos divertiremos em seu país. Por curiosidade, ainda existe a Coroa Quebrada?

- Meia dúzia de rebeldes foram morar lá.

- Sempre haverá quem é contra o sistema.

- São poucos, desestruturados e sem comando. Não posso fazer as honras porque sou o rei deles, a quem pensam que podem destruir.

- E não tem medo de me levar para o seu país? Vivo para quebrar reis e rainhas e convencer o povo a destroná-los. – Ele riu.

- Não tenho medo. Você é uma das pessoas em quem mais confio. E o único que sabe sobre minha vida pessoal, meus sentimentos e angústias. Para o resto dos mortais sou um homem completamente satisfeito e feliz. – Falei de forma reflexiva.

- Pode confiar, amigo – ele deu um tapa no meu ombro – Das lutas que travamos juntos, conhecê-lo e nos aventurarmos por aí talvez tenha sido uma das melhores coisas.

- Já ouviu falar de um lugar chamado "Prazeres Profanos"?

- Não – ele estreitou os olhos, curioso – O que é isto?

- É um clube de alta classe na Macedônia do Norte.

- Macedônia do Norte? Isto existe no mapa mundo? – Ele riu.

- O país é esplêndido, acredite! E o melhor de tudo é que ninguém lá sabe que existe no "mapa mundo", como você mencionou, um lugar chamado Avalon... Nem sequer quem é Samuel Beaumont.

- E o que os "prazeres profanos" tem a ver com isto?

- É um clube, como já lhe disse. Só quem frequenta é a elite da elite. Precisa ir de barco até o lugar. Fica aberto uma vez por semana, em dias alternados.

- Uma boate? Danceteria? Motel?

- Tudo junto e misturado.

Ele arqueou a sobrancelha, confuso.

- Não são muitas pessoas no grande salão. Tem um bar gigantesco com todos os tipos de bebidas, inclusive cerveja – sorri, lembrando das boas marcas que tinham por lá – E o melhor... Todos usam máscaras.

- Um baile de máscaras?

- Mais do que isto... Porque não tem o baile. – Falei empolgado, porque embora eu tivesse ido poucas vezes ao lugar, era fascinado por ele.

- Um bar, música boa, máscaras... Prazeres... Não há proibições, isto?

- Ninguém vai até lá só para olhar. Há quartos melhores do que os oferecidos em hotéis cinco estrelas. Mulheres bonitas, perfumadas e... Gostosas e sem pudor.

- Este lugar é clandestino ou algo do tipo? Qual o preço destas mulheres?

- Não são prostitutas, Dom.

- Não?

- Estão em busca do mesmo que nós: uma boa foda sem precisar trocar telefone ou identidade, já que é proibido celulares. Em sua maioria são casadas, procurando por um homem que as faça gozar loucamente e tornar aquele momento o mais inesquecível de suas vidas.

- Como você achou a porra deste lugar, Samuel Beaumont?

- Na verdade fui tratar de negócios por lá e soube do clube por acaso, por um dos assessores do primeiro ministro.

- E para entrar você precisa dar seu verdadeiro nome?

- Embora o clube seja secreto, sim, para acessar o local e entrar no barco você precisa preencher um cadastro e esperar que seja aprovado.

- Não seria melhor irmos num puteiro? Ou numa casa de swing?

Gargalhei, sem me conter:

- Isto não me daria tanta segurança quanto tenho lá. E não falo somente de não ser reconhecido, mas também de poder realizar minhas mais sórdidas fantasias sem me preocupar que alguém saia por aí espalhando meus fetiches ou apetite sexual. E o melhor: a possibilidade de você encontrar as pessoas com que mantém relações sexuais lá é nula.

- Sam, eu sou hétero! – Ele ficou preocupado.

Eu ri tanto que meus olhos chegaram a lacrimejar. Chamamos a atenção de todos ao nosso redor, que nos olhavam interessados na nossa conversa. Eu mal consegui falar quando lhe tranquilizei:

- Eu também. E lhe garanto que nunca fui para um quarto com um casal composto por homem e mulher... Mas já me entrosei e muito bem com duas mulheres. Já provou?

- Não! – Ele franziu a testa.

- Este é o lugar! Não há como se decepcionar. Todas são lindas e perfeitas. E estão loucas por sexo sem compromisso. E jamais as verá novamente.

- E precisamos ir tão longe para isto?

- Não se preocupe quanto à distância, eu tenho um jato. Uma das vantagens de ser rei. – Pisquei.

- Só você para encontrar lugares deste tipo, Sam. – Ele balançou a cabeça e entendi que era um elogio, afinal, eu o faria conhecer o paraíso do sexo com as mulheres mais lindas que ele já conheceu.

            
            

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