Capítulo 6 Cap. 6

Hannah Mond.

Não sei qual dos dois no controle de si mesmo é melhor, suas vozes causam o mesmo efeito no meu estômago, meu corpo sente vontade de desmaiar.

Seu cheiro é como um vício, quanto mais eu tenho dele, mais eu quero. Arregalei meus olhos quando ele parou tão perto de mim, que eu senti o seu corpo tocando o meu. Olhei imediatamente em seus olhos e seu lobo reluziu em satisfação, quando um sorriso puxado apenas levemente para o lado esquerdo surgiu em seus lábios.

Minha loba arfou alto em minha mente. Quando sua mão alcançou meu rosto. Seu dedo tocando suavemente minha pele, foi como se uma energia eletrizante, passasse dele para mim.

- Eu... Senhor Herdeiro Alfa Dominik... Eu... Sou uma garota normal... Não tenho nenhum segredo por trás da minha história. - Engoli em seco, enquanto seus olhos passeavam pelo meu rosto e pararam em meus lábios - Apenas mais uma pessoa normal da alcateia, não tem motivos para sermos companheiros! Não poderia ser...

- Então você acha isso!? - ele me perguntou e eu apenas assenti, fechando meus olhos incapaz de olha-lo, sentindo minhas pernas falharem... - E se eu te disser que, eu não acho isso! - meus olhos se arregalaram instantaneamente - Não estou procurando aventura, ou a mulher maravilha. Muito menos a princesa perdida de algum reino!

- Não!? - fiquei confusa e curiosa, todo alfa procura uma Luna espetacular.

- Não! - ele sorriu divertido - Eu só quero alguém que seja capaz de estar ao meu lado e entender os meus princípios. E para isso, não precisa ser uma mulher biônica, apenas uma garota normal que possa dar conta.

- Eu não posso, senhor Herdeiro Alfa! - meu olhar queria cair, mais sua mão segurou o meu queixo mais firme.

- Porque não!? - ele semicerrou seus olhos - Você está me dizendo que o destino se enganou e que eu te esperei por tanto tempo atoa? Ou que a 'mãe' está errada?

Fiquei sem palavras. Sem ar também, neste momento meu coração já estava batendo na minha garganta. Nunca, eu nunca iria contra nossa 'mãe' a 'mãe dos lobos.' Senti meus lábios ficarem secos e quase que os meus pulmões imploraram por oxigênio...

- Se você ficar muito tempo sem respirar, vou ter que dar o meu ar para você! - Ele sorriu divertido - Não quero que minha companheira morra por falta de oxigênio.

Respirei forte e quase cai, com meus lábios secos. Minhas pernas ameaçaram bastante e definitivamente falharam, rápido ele deslizou suas mãos envolta da minha cintura e me puxou para cima com um aperto, me fazendo soltar o resto de oxigênio que estava preso em meus pulmões... Ele me levantou tanto que eu senti meus pés saírem do chão, enquanto ele nivelou o meu rosto com o seu.

Sua respiração quente e com aquele cheiro refrescante de menta invadiram meu rosto. Eu não sabia o que fazer. Ele apenas me segurava no ar e olhava para o meu rosto com uma luxúria imensa, senti meu óculos escorregar e cair no chão. Minha visão ficou embaçada, mas eu conseguia ver ele. Eu sabia a direção dos seus olhos e ao julgar seus olhos escuros voltando para o dourado enquanto ele umedecia levemente seus lábios, eu tive a sensação de que ele e o seu lobo estavam conversando sobre o mesmo assunto! 'Eu.'

- Não faz sentido senhor...

- A partir de hoje você vai me chamar apenas de Dominik pequena, ou de qualquer outra coisa que você desejar, menos de senhor... Somos companheiros.

Arregalei meus olhos, talvez eu tenha até enxergado melhor por alguns segundos... Ele percebeu o meu espanto e sorriu.

- Posso te mostrar o quanto estou falando sério?

Com o tom de sua voz se intensificando, senti meu coração errar quase todas as batidas, enquanto apenas assenti. Foi aí que seus lábios começaram a se aproximar...

Seus lábios se encontraram suavemente com os meus, como se dançassem em sintonia, num movimento lento e delicado que fez o tempo parecer parar. Meu coração que estava esquecendo de bater, tomou um ritmo descontrolado, eu sentia ele saltar cada vez mais rápido dentro do meu peito.

Sentindo a doçura daquele contato que transcendia o físico e me mergulhava na profundidade das minhas emoções. Cada toque dos seus lábios era como uma promessa sussurrada de amor e conexão, me envolvendo em um turbilhão de sensações arrebatadoras. Era um beijo que transcendia palavras, um instante mágico em que o mundo se reduzia a dois corações batendo em perfeita harmonia.

Eu já estava suspensa em seus braços, mas o que ele fez a seguir me faltou ar. Suas duas mãos seguraram minhas pernas e rápido ele as colocou envolta da sua cintura. Intensificando aquele beijo que estava tirando mais fôlego meu, do que eu esperava. O que eu não conseguia fazer, era me afastar. Meu corpo parecia estar respondendo a qualquer movimento dele.

Estava sendo tudo tão avassalador, a intensidade dos seus sentimentos, seu amor, seu desejo todo por mim... Meus braços foram parar envolta dos seus ombros, agarrando o seu pescoço em resposta aos beijos que ele estava descendo pelo meu pescoço, entre minha roupa e minha pele.

Eu sentia a Ayla querendo mais, muito mais e eu também queria, mas quando senti algo crescendo abaixo de mim, algo em suas calças, eu voltei a realidade e o tempo que parecia se mover lentamente, voltou ao seu fluxo normal tão rápido que me deixou tonta...

- Desculpe... - Afastei meu rosto, ainda suspensa em seus braços - O senh... - ele semicerrou seus olhos e eu engoli a palavra. - Dominik poderia me pôr no chão? Por favor! - Eu estava sentindo o meu rosto esquentar tanto de vergonha.

Eu acredito que se jogarem um balde de água sobre mim, sai fumaça.

- Porque você parou!!! Hannah? - Ayla falou frustrada e eu a ignorei completamente, olhando para os pés dele ainda parado na minha frente.

Meu rosto estava quente, eu queria abraçá-lo muito, mas eu também estava travada no lugar e a Ayla não estava ajudando em nada com suas reclamações...

- Acho que isso é seu!

Ele levantou com seus olhos subindo pelo meu corpo, um formigamento pela parte que seus olhos percorriam foi inevitável, enquanto ele se levantava com meus óculos em suas mãos.

- Obr... Obrigada! - minha mão tocou na dele e foi aí que eu comecei a ouvir os barulhos ao redor novamente... Rápido coloquei meus óculos.

A música alta o barulho de adolescentes gritando, enfim... Ele estava parado ainda me olhando, com um leve sorriso em seu rosto. Eu não sabia mais o que dizer, nem o que falar. Eu esperava que ele ia me rejeitar, mas...

- Ele não rejeitou! Agora seja boazinha e pula no colo dele por mim!! - Ayla gritou em êxtase, interrompendo meus pensamentos.

Soltei um leve suspiro, e talvez ele percebeu.

- Vamos! - sua mão se estendeu e parou na minha frente.

- Para onde? - Perguntei sentindo minha voz falhar.

- Eu sei que esta tarde! Mas meus pais iriam me matar, se eu não levasse você para casa deles hoje.

- O... O alfa... E a... A Luna?

Senti minhas mãos ficarem trêmulas, eu já os vi antes, mas não trocamos mais do que algumas palavras de 'bom dia,' agora eu... Ir a esta hora na casa deles como companheira do filho deles.

- Ei! - Dominik me tirou dos meus pensamentos, com uma voz suave, o que me fez olhá-lo - Não se preocupe eu vou estar com você. E eles não são ruins. - Seu sorriso quase me derreteu

Minha mão foi acima da dele automaticamente, porque parece que ele tem um domínio sobre mim...

- Porque ele tem! Ele é nosso companheiro e tem, 'todo o domínio sobre nós' - Ayla falou a última frase arrastada e sorrindo, enquanto revirei os olhos.

- Cadela você está no cio? - Respirei fundo mentalmente

- Com um companheiro destes. Acabamos de entrar! - sua voz soou maliciosa

- Não me coloque em problemas Ayla!! - falei nervosa - Pelo menos uma vês na nossa vida! Tenha a mesma personalidade que a minha! - suspirei - Por favor!

- Hannah! - Ayla suspirou - Eu realmente não sei porque a 'mãe,' nos fez tão diferente uma da outra..., mas você tem que entender que eu sou eu e você é você. Somos quase duas personalidades em uma humana só...