Capítulo 4 A Arte de Se Redescobrir

Perdi-me tantas vezes em mim mesmo,

Mas foi nesse labirinto que encontrei a chave. Cada passo errado, cada volta sem saída, foi um convite para olhar mais fundo, para olhar além do que meus olhos podiam ver.

O espelho não mais refletia um rosto,

Mas uma alma partida,

Tentando juntar os pedaços

Que o tempo e as escolhas haviam espalhado.

Não sabia que a redescoberta não era um retorno, mas um caminho a ser traçado

Entre o que fui e o que poderia ser.

Era preciso deixar para trás

As versões que já não serviam mais,

E abraçar o desconhecido

Que habitava minha essência.

A cada erro, uma lição.

A cada dor, uma cicatriz que ensinava.

Eu me refazia no espelho das minhas escolhas, reconstruindo quem eu sou,

Com cada pedaço que se encaixava

Na obra de arte que estou me tornando.

E é nesse processo de constante renovação,

De aceitar o que não posso mudar

E transformar o que posso,

Que percebo a verdadeira beleza da vida.

Não é na perfeição,

Mas na vulnerabilidade de ser quem sou,

Com minhas falhas, minhas forças e minhas dúvidas.

Eu sou a arte que ainda está sendo pintada,

O quadro inacabado que ganha novas cores a cada dia. E, ao me redescobrir,

Aprendo que a verdadeira liberdade

Está em ser quem sou, sem medo, sem máscaras, apenas a verdade de ser inteira,

Mesmo nas imperfeições.

                         

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