A mentira contada ao CEO
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Capítulo 5 5º capítulo

Fabricio sorri para ela com um tom brincalhão realmente animado com a moça ao seu lado.

- Marina, não tenha tanta pressa. Ainda não terminamos. Tenho certeza de que todos aqui adorariam ouvir mais sobre a sua visão, especialmente no contexto dos nossos novos projetos. Afinal, ideias tão bem articuladas como que merecem seu destaque.

O público reage com murmúrios de aprovação, e alguns até aplaudem levemente, incentivando Ana a continuar.

Ela para e pensa novamente no que fazer, sua vontade é de sair correndo daquele palco, mas ela precisa se manter firme, "Certo, Ana... Ele quer mais? Vamos dar mais".

Ana se vira com graça, ajeita o vestido e dá um passo à frente, assumindo novamente o centro do palco. Ela mantém o sorriso, mas agora o olhar tem um brilho de determinação.

- Claro, Fabrício. Se você acredita que posso contribuir mais, fico feliz em compartilhar.

Os olhos dela lançam faíscas em uma mistura de confiança e raiva, por mais que ela queira provar a ele seu valor teme que logo acabará sendo descoberta.

Ela olha para o público, mantendo uma postura confiante. Decidida levar uma conversa para um ponto estratégico, sem deixar de tocar no tema das bolsas de estudo e sua relevância.

- O que eu acredito é que projetos inovadores, como os que sua empresa é líder, são incríveis e inspiradores. Mas eles só são sustentáveis se forem construídos com base em pessoas qualificadas e engajadas. É por isso que iniciativas como bolsas de estudo são tão estratégicas. Elas não são apenas sobre caridade ou responsabilidade social – são sobre garantir que o capital humano necessário para sustentar o crescimento estará disponível.

Ela percebe que Fabrício a observa com ainda mais atenção, agora claramente intrigado com a profundidade de suas palavras.

- Pensem bem: a expansão para novos mercados, especialmente mercados emergentes, que não exigem apenas tecnologias de ponta, mas pessoas locais bem formadas, capazes de aplicar essas tecnologias às suas realidades. Investir em bolsas ou programas de capacitação não é um gasto, mas um investimento direto em crescimento sustentável.

O público reage com murmúrios de aprovação novamente. Ana continua, aproveitando-se do momento.

- E mais do que isso, esses programas criam uma ligação emocional entre a empresa e as comunidades. Isso gera lealdade, respeito e, a longo prazo, resultados que não podem ser medidos apenas em números. É algo que beneficia todos os envolvidos.

Ela faz uma pausa estratégica, olhando ao redor da sala, e depois volta o olhar para Fabrício.

- É por isso que estou convencida de que qualquer empresa que busca não apenas crescer, mas prosperar, deve olhar para iniciativas como essas com seriedade. É um compromisso que vale a pena assumir.

O público explode em aplausos, agora claramente. Fabrício sorri, balançando a cabeça, mas há algo nos olhos dele – uma mistura de surpresa e admiração.

Ele pega o microfone novamente e a observa antes de continuar.

- Marina, as suas palavras são poderosas. E devo dizer, é raro encontrar alguém com tanta clareza de pensamento e paixão genuína. Gostaria muito de continuar esta conversa em outro momento... Talvez num jantar, onde possamos discutir ideias com mais profundidade. Concorda?

O público reage com um "ooooh" coletivo, achando graça na sugestão de Fabrício. Ana sorri, mantendo a compostura, mesmo sentindo o coração pular.

Um jantar? Mais um encontro? Um novo encontro onde ela terá que seguir com essa farsa? Santo Deus, como sairá disso? Ela devia matar Franciele assim que chegasse em casa, porém, ela precisa manter seu papel então sorri disfarçadamente escondendo o desespero.

- Seria uma honra, Fabrício. Estou sempre aberta a boas conversas e novas ideias.

Os aplausos continuam enquanto Ana desce do palco, com os olhares ainda sobre ela.

A palestra segue seu ritmo normal, é impressionando como Fabricio é capaz de dominar o público e cativar a todos com sua perspicácia e sagacidade, ela tenta não olhar para ele, mas é impossível desviar daqueles olhos verdes faiscantes que a observam a todo momento, se ao menos ele não fosse tão belo, porém era difícil negar que ele se mostrava um homem complicado de esquecer.

Assim que a palestra acaba e o jantar começa a ser servido. Ela pega o guardanapo de pano e o aperta moderadamente, tentando organizar os pensamentos. Apesar de tudo, sua mente continua voltando para ele – Fabrício, com sua presença imponente, olhar penetrante e um charme que parecia impossível de evitar.

Ana volta a se perder em pensamentos não tão inteligentes.

"Certo, Ana, foco. Ele é apenas um CEO. Um homem. E um que cancelou a bolsa que era seu sonho. Não te deixe distrair por... aqueles olhos. Não importa o quão verdes e práticos sejam".

Ela tenta concentrar-se no prato que os garçons acabaram de servir, mas sente um movimento à sua esquerda. Levanta discretamente o olhar e percebe Fabrício, vindo em sua direção com passos decididos, um leve sorriso nos lábios. Ele parece ter um objetivo claro: ela.

Alarmada e em completo desespero ela sabe que precisa fugir dali, "Não. Não, não, não. Não posso continuar isto agora. Se ele começar a fazer perguntas, posso acabar me contradizendo. Preciso me recuperar".

Ana rapidamente se levanta, pega sua clutch da mesa e dá um sorriso para ele que a observa com surpresa ao vê-la sair abruptamente.

No lavabo, Ana encosta-se à pia de mármore, tentando recuperar a respiração. O reflexo no espelho revela uma mistura de tensão e nervosismo em seus olhos.

Tentando recuperar o fôlego ela volta a se perder em pensamentos nada bons.

"Boa, Ana. Fugir foi a melhor escolha. Não está pronto para continuar este jogo com ele. Ele é... demais" E quão "demais" aquele rosto, aquele corpo, aqueles olhos, ela precisava de ar fresco.

Ela respira fundo, ajeita o vestido e olha para o espelho com determinação.

"Vou esperar alguns minutos e voltar como se nada tivesse acontecido. Sem contato direto. Só preciso sobreviver a este jantar sem mais confrontos".

Do lado de fora, Fabrício volta a se preparar com os convidados, mas seus olhos frequentemente vagam em direção ao corredor, claramente esperando o retorno de Marina. Ele pega uma taça de vinho e mantém o sorriso enigmático, como quem sabe que a noite ainda não terminou para nenhum dos dois.

                         

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