Capítulo 7 O Ponto de Rutura e a Nova Guardiã

Clara percebeu que a máquina estava no centro de toda a instabilidade temporal. Usando o Foco Temporal, ela congelou Kael por tempo suficiente para alcançar o núcleo da máquina. No entanto, Kael rompeu o congelamento novamente, agora furioso.

- Você não entende! Se destruir a máquina, perderá sua conexão com o bracelete para sempre! - Kael gritou.

Clara hesitou. Sabia que ele poderia estar mentindo, mas e se fosse verdade? Sem o bracelete, ela não teria como proteger a linha do tempo.

A voz do Guardião ecoou em sua mente:

- Confie no fluxo do tempo, Clara. O poder não está no bracelete, mas em quem você se tornou.

Com uma determinação renovada, Clara girou a última engrenagem do bracelete e lançou um fio dourado direto para o núcleo da máquina. O impacto foi instantâneo. A sala começou a desmoronar, e Kael gritou enquanto era puxado para dentro do vazio temporal que ele mesmo criara.

- Isso ainda não acabou! - foram suas últimas palavras antes de desaparecer.

Quando tudo se acalmou, Clara abriu os olhos e percebeu que estava de volta à vila. O relógio da praça marcava 12:00, e as pessoas andavam pelas ruas como se nada tivesse acontecido.

O Guardião apareceu ao seu lado, agora mais sólido e sorridente.

- Você fez bem, Clara. O fluxo do tempo está seguro, pelo menos por enquanto.

Clara olhou para o bracelete. As engrenagens haviam parado de girar, mas ela sentia que ainda carregava algo dentro de si.

- E agora? - ela perguntou.

- Agora você é a Guardiã. Seu trabalho não termina aqui. Há outros Kaels, outras rupturas... e você será a luz que as costurará de volta.

Clara assentiu. Sabia que sua jornada estava apenas começando.

            
            

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