Capítulo 5 O Conforto no Centro do Tempo

Após investigar os fragmentos do passado, Clara descobriu o local onde Kael estava escondido: uma antiga torre no limite da vila, abandonada há séculos e cercada por uma neblina estranha que parecia distorcer a realidade.

Ela ajustou o bracelete, sentindo o poder pulsar em seu pulso. Cada passo em direção à torre parecia mais pesado, como se o próprio tempo resistisse à sua presença. Quando chegou ao portão, sentiu uma energia familiar. Kael estava esperando.

Ao entrar, Clara encontrou-se em uma sala que parecia desafiar todas as leis da física. Engrenagens gigantes flutuavam no ar, girando em ritmos desordenados. No centro, Kael estava diante de uma espécie de máquina antiga, com símbolos semelhantes aos do bracelete de Clara.

- Você chegou longe demais para alguém tão inexperiente - Kael disse, sem se virar. - Mas não importa. Estou prestes a romper o último fio da linha do tempo desta vila. Quando terminar, ninguém poderá detê-lo. Nem você.

Clara respirou fundo, tentando conter o medo.

- Por que faz isso, Kael? O tempo não é uma ferramenta para ser quebrada. Ele é a essência de tudo.

Kael riu.

- Você acredita mesmo nisso? O Guardião te preencheu com mentiras. O tempo não é uma entidade sagrada. É uma arma. Uma arma que eu aprendi a dominar, e agora, será meu trono.

Ele estendeu a mão, e a máquina ao seu lado começou a girar descontroladamente. Clara sentiu o chão tremer enquanto as paredes da sala se dissolviam, revelando um vazio infinito.

- Eu não vou deixar isso acontecer! - Clara gritou, ativando o bracelete.