Capítulo 8 As Marcas do Passado

Após restaurar o fluxo temporal em sua vila, Clara pensou que teria um momento de descanso. Mas a paz foi breve. Naquela noite, enquanto dormia, foi acordada por um som estranho vindo do bracelete. As engrenagens estavam novamente em movimento, e um símbolo desconhecido brilhava em sua superfície: uma ampulheta partida ao meio.

- Uma nova ruptura? - Clara perguntou em voz alta.

Antes que pudesse reagir, foi envolvida por uma luz dourada e transportada para outro lugar. Quando abriu os olhos, percebeu que estava em um vasto deserto, com dunas intermináveis e um céu avermelhado. No horizonte, uma estrutura antiga se erguia: um templo com gravuras que pareciam falar do tempo.

A voz do Guardião ecoou em sua mente:

- Este é o Templo das Eras. Ele guarda segredos sobre o tempo, mas também é o ponto de origem de uma ruptura perigosa. Você deve investigar.

Clara avançou pelo deserto até o templo. Lá, encontrou inscrições que mencionavam "Os Guardiões Perdidos", um grupo que supostamente havia desaparecido séculos antes. Segundo as inscrições, eles tentaram manipular o fluxo do tempo para seu próprio benefício, e suas ações haviam criado uma cicatriz permanente na teia temporal.

No coração do templo, Clara encontrou um artefato estranho: uma ampulheta flutuante, com areia que corria para cima e para baixo ao mesmo tempo. Ao tocá-la, foi lançada em um redemoinho de visões. Ela viu um grupo de figuras encapuzadas, cada uma segurando um bracelete semelhante ao seu, mas com símbolos diferentes. Entre elas, reconheceu Kael.

- Ele não era o único... - Clara sussurrou.

            
            

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