Capítulo 5 A PERDIÇÃO

No dia seguinte, recebi uma mensagem a dizer: "Nome, sei que és casado, eu também tenho o pai do meu filho, que apesar de não ser aquilo que queria, não me deixa à vontade para outros relacionamentos e sei que não temos nem assumimos nenhum compromisso, mas não vou aguentar ver-te com outras meninas. Sou muito ciumenta e quero ter-te mais vezes. Me desculpe se estou sendo ousada, mas não quero ser simplesmente mais uma na sua lista".

Naquele momento, estava consumada a minha perdição.

Fui buscá-la a casa por volta de 21 horas do dia anterior, fizemos uma viagem de cerca de meia hora de carro, após ter demorado uns outros tantos atrás de uma caixa 24 para retirar dinheiro e voltamos por volta das 7 horas do dia seguinte e, muito sinceramente, não me lembro de termos dormido, comido, ou algo do gênero. Desde que a deixei em casa, a única coisa que me vinha à cabeça era: isso era para ser uma única vez, mas não vou aguentar-me se não voltar a estar com ela de novo. Quero ter a certeza de que não caí numa armadilha.

As frases dela, fez-me cair, estava completamente perdido e pior é que andei a investigá-la e tudo que descobri, fez-me ficar mais próximo ao invés de me separar dela. Estava definitivamente perdido e naquele momento já tinha a perfeita noção.

Ela havia sido a 1ª naquelas circunstâncias que me fez desviar dos meus propósitos e até das minhas convicções. Já havia querido outras nas mesmas circunstâncias, já havia sentido fortemente atraído, mas definitivamente, os meus princípios sempre foram mais fortes, não tanto pelo fato de ser casado, mas a ética profissional era uma questão que sempre me dominava e fazia-me sempre voltar à trás. Estive próximo algumas vezes, mas sempre acabava por recuar e com ela foi completamente diferente, pois quanto mais a conhecia, mais a queria.