Capítulo 9 Bernardo

Estou terminando de fechar a nossa estadia no hotel e ainda muito irritado por não conseguir de Alina o que tanto quero, ela passou a noite fora depois de me pegar com Isabela no nosso quarto.

Quando me viro vejo um homem abraçar ela e algo em mim me leva até lá tão rápido que mal percebo que soquei o homem e ele já está no chão. Ela está furiosa e pergunta:

- Tá ficando maluco? Por que fez isso com ele?

- Foi com ele que passou a noite? A maldita noite que era para ser nossa.

- Quem é você para cobrar algo dela? Estava com a amante na viagem de lua de mel. Na cama que era para ser dela. - O homem se mete e aquilo me irrita.

- Se você abrir sua boca para falar mais uma palavra eu vou te dar outro soco e esse vai te deixar no chão de vez. E você, Alina, contando da nossa vida para estranhos.

- O estranho e o marido do estranho me trataram muito melhor do que você.

- Marido? - Vejo outro homem se aproximar de nós e ele está furioso.

- O que houve com o seu rosto, Apolo? Por que está machucado?

- Foi o marido do ano ali, ele pensou que eu estava com a Alina e decidiu fingir que está com ciúmes.

- Você bateu no meu marido? Que tal vir tentar me acertar também... Vem, estou ansioso para quebrar a sua cara pelo que fez com ela mesmo.

- Será um prazer para mim. - Quando dou dois passos na direção do homem, Alina entra no meio impedindo.

- Por favor, não. Estamos atraindo a atenção de todos aqui. Só vamos embora, Bernardo. E Apolo, Matteo... Me perdoem, por tudo.

Ela segura a minha mão e me puxa para fora do resort.

- Eles são mesmo um casal ou você está mentindo para mim?

- Faz diferença? Vai mudar o fato que você é um canalha e que não quer saber de mim? Ou melhor dizendo: quer apenas tirar minha virgindade.

- Você... Não vamos falar sobre isso aqui. Na mansão a gente conversa.

- A única coisa que farei quando chegarmos na mansão é ficar longe de você.

- Hoje não, querida. Hoje não.

Ela sai andando. Quando chegamos na mansão já passava de uma hora da manhã. Ela sobe e eu coloco as malas na sala. Vou beber alguma coisa.

-Já no segundo andar Heloá escolhe o quarto que fica mais distante do quarto de Gael-

- Melhor, acho que não dá para ficar. O quarto dele fica na outra ponta do corredor, tem seis quartos separando os nossos. Essa casa é um enorme elefante branco, um exagero. Acho que ele ainda está lá embaixo. Será que dá tempo de ir correndo no quarto dele pegar algumas coisas minhas?

Estou na sala e recebo uma mensagem de Isabela. Falo para ela que estou na mansão e ela se oferece para vir aqui, falo que está tarde, mas meia hora depois ela bate na porta.

- Eu disse que a hora não seria um problema. Onde está a... Coisinha?

- Não vamos falar dela. Vem que estou precisando de você.

Puxo ela para o sofá e começamos o nosso passatempo favorito. Estamos ali há algum tempo. Estou em êxtase, recostado no sofá com ela me beijando até que vejo a Alina descendo a escada apenas de camisola.

- Para onde fica a cozinha? - Ela pergunta como se eu estivesse sozinho.

- Para a sua esquerda!

Ela anda calmamente e parece que não se importou com o que estou fazendo e isso estranhamente me incomoda.

- Amor? Amor? O que aconteceu?

- Eu estou cansado.

Ela vai embora e eu vou até a cozinha. Vejo Alina quase dentro da geladeira e eu paro bem atrás dela encostando meu corpo no dela que se assusta e vira para mim.

- Quer uma ajuda?

- Quero que se afaste! Você não estava com a sua amante agora mesmo na sala? Está fazendo o que aqui sem ela?

- Gosto do que está usando. Sobre o que viu na sala, eu pensei que você não iria descer no meio da noite.

- Acho que esqueceu que me arrastou por aí o dia todo e não paramos para comer nada. Você pode se afastar ou vou ter que te empurrar?

- Toca em mim, Alina. Sei que está doida para sentir a minha pele na sua. - falo isso me aproximando dela que consegue fugir por baixo do meu braço - Facilite para nós dois e se entregue para mim.

- Já fiz o que nossos pais queriam. Não vou ceder meu corpo a você, até porque já sabemos que sexo é o que você menos precisa já que tem alguém que diz amar.

- Vamos ver até quando você vai resistir ao que vou fazer com você.

- Quer saber... Perdi a fome.

Ela larga tudo em cima do balcão e anda em direção a sala, mas eu a seguro e puxo para mim, em seguida a beijo. Ela morde minha língua, mas isso não me faz parar. Ela morde minha língua e isso me excita. Quando paro o beijo encosto minha testa na dela e pergunto:

- Aqueles dois idiotas eram mesmo um casal?

- Qual é o seu problema? Está com ciúmes por acaso?

- E se eu estiver? Ainda não me respondeu.

- Você mesmo ouviu eles dizerem que são um casal. Me solta ou vou gritar até a sua namorada ouvir e vir até aqui.

- Acho que ela toparia uma brincadeira há três, mas já foi embora.

Me afasto dela e a deixo ir, mas a minha vontade é pegar ela no colo, levar para um dos quartos e... Mas não vou forçá-la. Quero que seja bem excitante e quero ver ela revirar os olhos, me querendo cada vez mais.

Vou para o meu quarto. Vou até o closet e vejo que a Alina já tirou metade das coisas dela daqui. Isabel me liga quando chega em casa.

- "Amor, quando iremos começar o nosso plano de infernizar a sonsa? Quero ver ela fora daqui logo."

- "Tenho que esperar o nosso casamento completar três meses e teremos que nos encontrar fora daqui até lá."

- "Terá que fingir ser um bom marido até lá... Faz sentido."

- "É faz... Vou ir até ai."

A noite passou e infelizmente não consegui fazer nada com Isabela. Meu corpo brincou comigo e decidiu que não iria reagir ao dela. O que é estranho, pois com a Alina não foi assim.

Eu voltei para casa cedo e tomei um longo banho. Ainda enrolado na toalha pensei: por que não ir perturbar minha jovem esposinha? Fui em quarto por quarto e só a encontrei no último e sei que ela está aqui já que a porta está trancada.

O que ela não sabe é que eu tenho a chave mestra que abre todas as portas dessa mansão.

            
            

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