O Viúvo e a Babá
img img O Viúvo e a Babá img Capítulo 7 Perdida com ele
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Capítulo 8 Seu nome... img
Capítulo 9 O novo bilionário img
Capítulo 10 Meu emprego por um fio img
Capítulo 11 Você vai ficar. img
Capítulo 12 Ninguém vai te tirar de mim img
Capítulo 13 A proposta img
Capítulo 14 Terrível coincidência img
Capítulo 15 Seus olhos brilham quando olha para ele img
Capítulo 16 Ela merece saber img
Capítulo 17 A doença com C img
Capítulo 18 Faça uma loucura comigo img
Capítulo 19 Você está apaixonado por outra pessoa img
Capítulo 20 Nunca a escolhida img
Capítulo 21 A reconciliação img
Capítulo 22 A vadia está de volta img
Capítulo 23 O incêndio img
Capítulo 24 Trégua img
Capítulo 25 O lindo, mágico e trágico caso de amor img
Capítulo 26 Suspeito img
Capítulo 27 Juro que vou matar você img
Capítulo 28 Feliz aniversário, Juan img
Capítulo 29 Seus lábios... img
Capítulo 30 O sequestro img
Capítulo 31 Você a matou img
Capítulo 32 Eu quem a matou img
Capítulo 33 O veredito img
Capítulo 34 Juan finalmente abre o coração img
Capítulo 35 A verdade entre Alison e Juan img
Capítulo 36 Confronto entre irmãs img
Capítulo 37 Seus lábios... Pela segunda vez. img
Capítulo 38 Existe algo que você deveria saber img
Capítulo 39 Você vai embora img
Capítulo 40 Meu último pedido img
Capítulo 41 Me arrependo de conhecer você img
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Capítulo 7 Perdida com ele

O ar naquela atmosfera pareceu denso demais, enquanto eu assistia a troca de olhares selvagens e ameaçadores entre Erlon e o meu chefe.

-Quem você pensa quem é?- Erlon pergunta exasperado, e tenta se afastar da figura potente e alta em sua frente.

Sr. Barichello apenas dá um passo em frente e só aquele simples ato parece ser ameaçador o suficiente.

-Essa será a segunda e última vez que sugiro que deixe a moça em paz.- Ouço a voz do meu chefe soar baixa o suficiente, estridentes.

-E eu vou perguntar pela segunda vez: quem diabos é você?- Erlon insiste, também se aproximando.

Sinto meu coração acelerar rapidamente. Eu não fazia ideia sobre tudo que poderia acontecer naquela situação, mas eu tinha a absoluta certeza que eu não gostaria do que quer que fosse.

Por isso, soube que precisava intervir. Mesmo que isso me forçasse a agir do modo mais estupido possível.

-Erlon, tudo que a Diana te contou é verdade.- Eu falei rapidamente, entrando no meio dos dois. -E esse é ele. É o cara que escolhi ao invés de você. Então apenas vá embora e me deixe viver a vida que sempre sonhei, que é longe de você.

Meu coração estava batendo tão forte que eu podia ouvir os seus batimentos fortemente em meus ouvidos. Tentando controlar a respiração e aproveitando o desconcerto que aquela revelação causou a Erlon, decidi sair dali o mais rápido possível.

Então, mais uma vez agindo impulsivamente, levei a minha mão até o do sr. Barichello e fiz uma prece mental que ele aceitasse o meu toque e entendesse o que eu estava planejando.

Felizmente funcionou.

A sua mão grande e áspera abraçou a minha com firmeza enquanto eu apenas o puxava para longe, tentando apenas fugir daquele lugar. Daquela situação humilhante. Durante todo o trajeto enquanto nos afastávamos, eu sentia uma eletricidade magnética pinicando em minha mão e tomando o meu corpo inteiro.

-Tudo bem, acho que já estou a salvo.- Digo, depois de alguns minutos em que saímos daquela avenida.

No mesmo instante, afasto minha mão da sua e os olhos dele seguem presos nos meus. Engulo em seco, talvez eu devesse realmente uma explicação.

-Me desculpe por isso. Não quis colocá-lo nessa situação. Eu só... Bem, você se meteu.- Mordi o lábio assim que aquelas palavras saem por minha boca. -Quer dizer, estava tudo sobre controle.

Meu coração continua batendo rapidamente e eu começo a suar sem parar. Sinto minha visão turva por um momento e preciso me segurar no parapeito da ponte daquela rua. O cintilar da água do lago abaixo me deixa enjoada.

-Você está bem?- ouço a voz do meu chefe, distante.

Consigo assentir, e tento voltar a me virar e o olhar. No entanto, aquele meu movimento parece ser brusco demais, porque sinto o chão sobre os meus pés sumir e em seguida, toda minha visão escurecer.

Tudo que lembro de sentir, pela última vez, é braços firmes me amparando.

***

Não sei quanto tempo passou, até que pudesse abrir os meus olhos novamente.

-Onde eu estou? - sussurro, enquanto tento me sentar e uma dor excruciante me rompe a cabeça.

Meus olhos doem enquanto tento me situar onde estou, mas tudo que vejo são pares de olhos intensos e escuros me olhando no lado oposto do quarto.

-Você...- resmungo, ainda desnorteada e finalmente consigo sentar.

-Você desmaiou mais cedo e eu a trouxe pra cá.- Sr. Barichello fala, os braços cruzados me analisando.

Desconfiada, olho ao redor e eu não faço ideia de onde estávamos.

-Você está em um hotel aos arredores da avenida sul.- Ele começa a explicar. -Sua pressão deve ter caído, o que imagino que deve ter sido influência de beber de estômago vazio.

Ouço a repreensão em sua voz e me pergunto como ele poderia saber que eu não havia comido.

Antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, ele apenas aponta o rosto para uma mesa completamente farta ao meu lado esquerdo. Enquanto observo todos os tipos de comida que eu poderei nomear e diversas qualidades de sucos, ele apenas se afasta e vai até em direção a varanda daquele hotel, fechando a janela atrás de si.

Eu engulo em seco, um tanto nervosa. Mas meu estômago ronca no mesmo instante em minha barriga, revelando a fome que estou. Após comer mais do que deveria e me sentir mais disposta, eu resolvo andar sobre aquele quarto de hotel. A curiosidade acaba me tomando e eu me vejo abrindo as janelas da mesma varanda em que sr. Barichello saiu.

O encontro sentado em uma cadeira em uma mesa de quatro, de frente para um florido jardim e iluminado pelas fortes luzes da cidade. Ele está levando um cigarro a boca quando nota minha presença.

-Obrigada.- Digo imediatamente. -Pela comida, por ter me socorrido e...-

Por ter me salvado, as palavras ficam presas em minha garganta, porque ele me interrompe logo em seguida.

-Quem era?- sua voz soa firme e autoritária. -Quem era o homem do qual estava fugindo?- ele explica a pergunta e tenho a certeza de que não a fará outra vez.

-Meu noi... Quer dizer, ex noivo.- Respondo e sorrio meio sem graça. -Terminamos há duas semanas, horas antes de eu vir pra cidade.

Vejo quando o sr. Barichello aperta os próprios punhos e apaga as chamas de um cigarro em cinzeiro, e os olhos presos em mim.

-Você o traiu?- ele pergunta diretamente e de algum modo vejo raiva e acusação em seu olhar.

Aquela pergunta me ofendeu profundamente.

-Quem você pensa que eu sou?- minha voz sai alta. -Em algum momento te passei a imagem de ser uma mentirosa traidora?

Meu sangue está fervendo em minhas veias, enquanto ele apenas me olha impassível.

-Se essa fosse você, acredite que não estaria próxima de mim em âmbito algum.

Sorrio sem humor algum.

-Isso é engraçado, vindo de alguém como você.- Cuspo com raiva.

Não sabia a razão, mas aquele homem, a cada dia, só fazia o pior em mim despertar e ele apenas perturbava todo o meu sossego facilmente.

-O que quer dizer?- ele pergunta calmamente, levantando daquela cadeira.

Naquele momento, pude voltar sentir a exaustão tomar conta de mim. E eu só sabia que não queria passar mais nenhum segundo no mesmo ambiente que aquele cretino, por isso ignoro sua última pergunta e me desato a falar:

-E ah, só para sua ciência, ele quem me traiu. Jogou um relacionamento de dois anos no lixo, só pra cair na cama com minha própria irmã. Então, não me acuse de ser uma traidora, quando a traição de tudo que eu mais amava na vida me quebrou a alma.

Eu já estava indo embora, quando não evitei dar um passo atrás outra vez:

-Mas antes que eu vá embora, me responda: você estar noivo de outra mulher semanas depois da morte da sua esposa te faz o mais honesto?

Não esperei que ele pudesse responder, porque o que vi em seu olhar, me fez me arrepender do que havia falado no mesmo instante. E eu só não estava preparada o suficiente para descobrir toda aquela verdade.

Por isso, apenas saio correndo daquele hotel, fugindo do modo como meu coração me traia ao acelerar. Só para chegar do lado de fora daquele prédio e perceber que eu estava completamente perdida...

Que lugar da cidade era aquele? Como eu chegaria em casa?

Sinto o desespero me invadir, mas assim que olho pro hall do hotel mais uma vez, eu o vejo ali. Outra vez.

Me olhando descontraidamente, me esperando pedir sua ajuda, o ar de arrogância ali.

Me sinto mortificada o suficiente para não ter ideia do que fazer a seguir...

O que seria pior, ficar perdida em uma cidade enorme de onde não sabia nada? Ou pedir ajuda ao homem misterioso e sombrio que fazia todos os pelos do meu corpo se arrepiarem e do qual eu não sabia nada?

Estou no que seria o impasse que, naquele momento, eu não fazia ideia, mas que iria definir o resto de toda minha vida.

                         

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