Capítulo 3 Conhecendo o terreno part 2.

- Um pouco, estava perdida nos meus pensamentos – Dou um sorriso simpático pra ele e me encosto na bancada observando o resto do pessoal que estava em umas mesinhas na área externa.

- Aceita um gole? – Antônio encosta na bancada junto comigo me oferecendo seu copo com whisky e gelo.

- Aceito – Falo trocando a minha garrafinha pelo seu copo.

Ele sorri, da um gole na minha ice, e eu um gole no seu copo, faço uma leve careta porque prefiro mais com energético do que puro.

- Essa sua bebida parece suco – ele fala me devolvendo e sorrindo.

- Não fala assim da minha bebida favorita – falo fazendo beicinho e uma cara triste.

Ele da uma risada e me abraça de lado, ele é meio invasivo, mas não um invasivo que deixe constrangida, é como se fosse dono do mundo e já nos conhecêssemos a tempos, mas ao mesmo tempo faz isso com tanta naturalidade, que parece que doida sou eu por estranhar a tal intimidade. Ele é lindo, forte, olhos e cabelos castanhos, está vestido de uma forma bem formal pra uma social, mas combina tanto com ele que jamais seria de mal tom estar com aquelas roupas.

- No que você está pensando? – ele pergunta olhando pra mim.

- Se todo mundo aqui se conhece e se as estranhas sou só eu e minha amiga – eu não poderia falar que estava pensando nele, inventei a desculpa mais rápida que consegui, pelo menos iria conseguir saber mais um pouco sobre esse pessoal.

- Sinto te informar, mas todo mundo se conhece – ele fala virando, abrindo o freezer e pegando uma ice.

- Decidiu que vai beber um pouco de suco é? – falo provocando e rindo

- É pra você, que cavalheiro seria eu, deixando essa bela donzela sem uma nova bebida?

Eu realmente não tinha me tocado que a minha garrafinha já tinha acabado, acho que estava realmente muito perdida em meus pensamentos e nos momentos com aquele homem.

- Então você me acha bela?

*Antônio narrando*

Se eu te acho bela? Porra eu te acho a coisa mais linda, cheiroso, gostosa, eu poderia te foder aqui mesmo nessa mesa, sem me importar com qualquer outra coisa.

- Tem quem não ache? – falo erguendo a sobrancelhas a encarando e fingindo que a minha resposta não seria outra.

Ela ficou vermelha e me deu um sorriso. Ainda não consegui definir que tipo de mulher era ela, que tipo de abordagem seria um sucesso, ou que tipo de assunto... só sei que queria ela na minha cama.

- Então, o que você faz da vida? – pergunto na intenção de não deixar nossa conversa morrer.

- Eu trabalho em uma empresa de marketing e gerenciamento, e você?

- Eu trabalho em uma mineradora – na realidade a empresa é minha e ainda possuo outra só pra confeccionar e vender as joias que encontramos, fora as empresas em outros ramos da qual sou investidor, mas seria muita soberba eu responder a real.

- Que diferente, primeira pessoa que conheço que trabalha com isso. E você consegue ter muito tempo livre? Ou tem que ficar escavando lugares – falou rindo e de certa forma me zoando.

Se ela soubesse que fico apenas sentado na minha sala mandando de longe...

- Na realidade sim, e não, não fico escavando por aí, você tem que parar de assistir filmes – falo fazendo uma careta.

            
            

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