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Ana começou a preparar o almoço, por conta do tempo ela resolveu ser prática, faria uma brusquetta de entrada e uma massa com fillet, ela colocou o avental que estava em um gancho e começou a procurar as coisas na cozinha, ela tinha que impressionar Otto, aquele emprego era perfeito para ela.
Pontualmente o almoço estava servido às 12:30 quando Otto surgiu na escada, quando ele viu a mesa posta corretamente e Ana aguardando em pé ao lado da mesa ele sorriu. Ela puxou a cadeira para que ele sentasse.
"Começamos bem... você pôs a mesa perfeitamente bem... mas não precisa puxar a cadeira para mim." Ana assentiu com a cabeça e serviu o vinho, Otto comeu a entrada que já estava na mesa e em seguida Ana serviu o prato principal.
"Esplêndido!" Otto exclamou ao tomar um gole do vinho enquanto Ana retirava a mesa. "Já sabemos que você sabe cozinhar muito bem, Ana, quais outras surpresas você guarda?" Ele a elogiou, mas ao mesmo tempo Otto estava analisando com olhos cerrados aquela moça, parecia promissora como empregada da casa, porém Otto não deixou de reparar em sua beleza, a calça jeans e a blusa marcavam bem suas curvas, Ana tinha as pernas grossas, a cintura fina e seios fartos, os cabelos e os olhos eram castanhos, a sobrancelhas eram grossas o que dava uma profundidade em seu olhar.
"Não tenho muitas, acho que a melhor já mostrei para o senhor agora!" Ela riu encabulada, não sabia se Otto estava só sendo gentil ou se havia outras intenções por trás. "O senhor aceita um café, ou um chá?"
"Um café, por gentileza!" Ana se retirou para preparar o café deixando Otto com seus pensamentos.
Após servir o café, Otto desceu para o ateliê e Ana foi almoçar na cozinha, escreveu uma mensagem para a irmã e para a amiga contando sobre o novo trabalho e que parecia estar agradando ao chefe, ela informou à Leila que iria buscar suas coisas hoje, pois teria que morar na casa. Em seguida começou a limpeza pela cozinha, depois pela sala de jantar e sala de estar, dos quartos ela resolveu limpar naquele dia somente o quarto de Otto.
Ao entrar no quarto principal era nítido que um homem solteiro o habitava, sem muitos itens de decoração, somente alguns quadros nas paredes, uma cômoda com itens de perfumaria, um armário, uma cama grande de madeira, e duas poltronas, nada de porta retratos, somente um livro marcado em sua cabeceira, Ana pegou para ver qual era o livro que Otto estava lendo, "Os Irmãos Karamazov" de Dostoiévski.
"Gosta de literatura russa, Ana?" Ela se assustou com a presença de Otto no local e colocou a mão no peito.
"Um pouco, consegui terminar 'Guerra e Paz', mas não me aventurei em outros..." Otto se surpreendeu, e arqueou a sobrancelha.
" O senhor parece surpreso pelo meu interesse em literatura..." Ana se arriscou em um comentário irônico, já era a segunda vez no dia que o chefe a subestimava, a primeira foi quando a questionou sobre sua experiência e agora sobre seus interesses.
"Perdão... é só porque o perfil das outras empregadas da casa era diferente... Fique a vontade para pegar livros no escritório."
"Obrigada, não vou negar que me chamou a atenção a quantidade de livros que tinha lá." Ela sorriu para ele. "O senhor quer que eu me retire?"
"Você pode deixar para limpar o quarto amanhã... na verdade... eu gostaria que você preparasse um banho para mim."
"Claro! O senhor prefere mais quente ou morno?" Ela se direcionou para o banheiro.
"Quente, bem quente!" Ana colocou a cabeça na porta e assentiu, ligando a banheira em seguida.
"O senhor gosta de algum produto na água?" Perguntou Ana.
"Sim, eu uso um sal de banho que está na bancada." Otto resolveu ir até o banheiro para mostrar onde cada coisa estava e como ele gostava que seu banho fosse preparado.
"É esse sal de banho, todos os dias no final da tarde você deve preparar, água sempre muito quente e três medidas do sal" Otto entregou o frasco na mão de Ana, ela abriu o frasco e o cheirou, tinha uma fragrância bem herbal e agradável, ela ficou de joelhos para colocar o pózinho na banheira. Ao ver essa cena Otto estremeceu, Ana ficava linda nessa posição, e ele sentiu seu corpo se excitar, precisando desviar o olhar.
Ao se levantar Ana percebeu o chefe incomodado com alguma coisa, estava tenso.
'Fiz algo de errado?" Otto tentou disfarçar e apontou para o tênis.
"Não entre de tênis nos quartos e no banheiro, você deve sempre entrar descalça." Era uma orientação válida que ele ainda não tinha passado para ela.
"Certo, faz sentido! Não vai mais acontecer!"
"Ótimo, você pode sair agora!" Otto apontou para a porta.
"Teria como eu aproveitar e ir buscar minhas coisas agora? Prometo que será rápido!" Ana queria se instalar logo em seu quarto.
"Claro, peça a Ciro, ele ou algum outro empregado irá lhe levar na cidade!"
Ana saiu do quarto e mandou uma mensagem para o capataz da fazenda.