Pedro tinha uma construtora, esse era um trabalho licito, e ele havia se tornado um dos maiores do país, estava em seu escritório, precisa aprovar algumas plantas, gostava de revisar pessoalmente, também era engenheiro.
Pedro saiu para fazer o que mais gostava, visitar o canteiro de obras, sua secretaria, Lucia estava com ele.
Lucia era uma menina tranquila, e obediente, tempos atrás foi submissa de Pedro, tinha uma mãe doente e um irão com problemas de alcoolismo, foi quando Pedro arrumou o trabalho para ela, mas rompeu o contrato de submissão, não queria que as coisas se misturassem, Lucia nunca deu problemas a ele, sempre com seu jeito calmo e pacifico.
Entraram na obra, enquanto ele falava, ela fazIa as anotações, depois de tudo resolvido, Pedro resolveu ir almoçar em um restaurante próximo ao seu escritório.
Lucia:- Estou voltando para a empresa
Pedro:- Você não comeu nada hoje, acabei interferindo em seu horário de almoço, sente, é por minha conta- Sua gentileza, não era por qualquer interesse, apenas um ato de bom senso.
Lucia:- Obrigada-Lucia percebeu que Pedro estava perdido em pensamentos, quase não olhava para ela e respondia a tudo com poucas palavras.-Você está bem?-Pedro se virou para mulher a sua frente, se dando conta naquele momento do quanto está aéreo.
Pedro:- Me desculpe, muita coisa na cabeça
Lucia:- Não tem problema, entendo perfeitamente
Pedro:- Como esta sua mãe?-Lucia suspirou
Lucia:- Tentando se segurar, mas a doença se alastrou, estou fazendo o meu melhor para que ela fique bem-Pedro pagava o tratamento, mas a descoberta do c@ncer foi tardia.
Pedro:- Mande lembranças a Dona Maria
Lucia:- Vou mandar- A comida chegou e comeram em silêncio- Pedro sentiu um perfume familiar, e virou o rosto, ali estava Bruna, seu olhar para ele durou apenas um segundo, ela caminhou tranquilamente ao balção e falou com o atendente que entregou a ela um pacote, Bruna saiu dá mesma forma que entrou, seu olhar estava sereno, mas nunca direcionado a ele.
Por um momento ele ponderou se deveria ir atrás dela, talvez ela não o ouvisse, ainda existiam algumas coisas mal resolvidas entre eles, e o fato de Bruna querer manter apenas amizade, não era aceitavél para Pedro.
Pedro:- Pode me dar licença- Se levantou saindo rapidamente, quando chegou a rua olhou para os dois lados, Bruna estava colocando um capacete, e antes que ela subisse na moto, ele a alcançou
Ela olhou para ele sem expressão, retirou o capacete e sorriu.
Bruna:- Bom dia senhor Carter, deixei alguns documentos no seu escritório, são sobre a reforma da Elegance-Bruna e as amigas tinhas um centro de estética e cuidados para mulheres, que além dá estética oferecia aulas de defesa pessoal.
Pedro:_ Senhor Carter? Isso não me parece muito amigável-Ele tentou manter a postura-Você disse que seríamos amigos, se lembra?
Bruna:- Claro que me lembro, mas em questões de trabalho, Senhor Carter me parece bem apropriado.
Pedro:-Estamos na rua Bruna-Ela ergueu uma daS sobrancelhaS perfeitas e inclinou um pouco a cabeça
Bruna:- Verdade senhor Carter, vou me lembrar disso- Ele se aproximou um pouco, Bruna parou de sorrir, o cheiro e a proximidade dele poderiam derrubar todas as suas barreira, por isso sempre se mantinha longe
Pedro:- Você está brincando comigo? Munha amiga- O jeito que ele pronunciou as últimas palavras, fez Bruna fechar os olhos por alguns segundos, depois ela o encarrou.
Bruna:- Parece que quem está brincando é você Pedro, que tal me deixar ir, preciso almoçar-Com um movimento rápido ele pegou a chave da moto, Bruna sabia que poderia lutar por ela, mas seria desnecessário chamar atenção assim, olhou para ele com fúria.
Pedro:- Deveria ter me dito que ainda não almoçou, venha comigo-Segurou o pulso dela, Bruna estagnou e ele olhou para trás, apenas para ver o olhar matador dá mulher
Bruna:- Onde pensa que esta me levando?-Pedro se lembrou de Lucia no restaurante, retirou o celular e fez uma ligação, passou apenas o nome do restaurante.
Pedro:- Te levando para almoçar?-Bruna cruzou os braços
Bruna:- Se não estivéssemos em público, eu arrancaria os seus olhos
Pedro:- Eu acredito, tenho medo de você às vezes-Ele sorriu, e ela virou o rosto para não olhar para ele, a perfeição daquele homem era como um soco no estômago.
Alceu chegou com o carro, olhou de Bruna para Pedro, já sabia qual era a dinâmica entre eles, abriu a porta e aguardou, Pedro a empurrou para dentro e entrou rapidamente fechando as portas
Pedro:- Alceu, por favor, vá ao restaurante e pague a conta, avise a Lucia que não volto a empresa hoje.
Bruna:- Porque vai deixar a sua menina sozinha?
Pedro:- Ela não é minha menina, e pode muito bem voltar para empresa sozinha, nesse momento quero cuidar de você- Bruna franziu a testa, Pedro estava diferente, semanas atrás quando ela disse que queria apenas sua amizade, ele pareceu triste, foi até colaborativo, tirando o dia que a beijou na obra do centro de estética, depois não aconteceu mais, ele era educado, mas agora, algo havia mudado
Bruna:- Você está agindo estranho, parece que a conversa que tivemos, não valeu de nada-Ele sorriu de lado
Pedro:- Só resolvi agir de acordo com os meus sentimentos, e você sabe muito bem quais são-Ela revirou os olhos, mas se calou, Alceu estava entrando no carro
Alceu:- Tudo certo chefe, para onde?
Pedro:- Para casa
Bruna:- Porque eu deveria ir para lá? E minha moto?
Pedro:-Jogou a chave dá moto para Alceu, que desceu do carro mais uma vez, estavam no mesmo quarteirão da empresa, então um dos soldados chegou rapidamente.
Pedro:- Pronto, ele vai levar sua moto, e na minha casa, porque precisamos conversar- Ela suspirou, Bruna não tinha medo de nada, mas estar perto de Pedro roubava dela aquilo que mais presava, sua força e controle.
Desceram no rancho, Thor foi de encontro a eles, e Pedro o segurou, o cachorro não era manso, mas quando farejou Bruna abanou o rabo, ela sem medo se aproximou dele, mesmo com todas as recomendações de Pedro para se manter a distância, Thor pulou em cima dela , lambendo seu rosto, Pedro e Alceu se olharam incrédulos
Pedro:- Até o cachorro ela seduziu-Estava de braços cruzados olhando a cena Alceu ouvindo seu chefe não conteve a risada, saiu para casa que tinha na propriedade, era o unico ali, como braço direito do Capo, estava sempre por perto, os outros soldados tinham casas próximas a cinco minutos de carro, mas não dentro da propriedade.
Pedro:- Thor, seu traidor-O cachorro se virou para o dono fazendo festa, Bruna ainda sorria, amava animais.
Entraram na casa e ele foi direto para cozinha, Bruna retirou sua jaqueta e se sento na bancada observando Pedro, ele tirava algumas coisas da geladeira e doa armários, ela franziu a testa
Bruna:- Você vai cozinhar?-Disse quando ele encheu uma panela com água.
Pedro:- Vou cozinhar para você-Ela ficou completamente em silêncio, pensava que se não fosse toda a situação desastrosa e o fato de Pedro ser um galinha, aquela seria uma demonstração de carinho bem vinda.