Quando o Amor Esfriou na Mesa
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Capítulo 3

No dia seguinte, acordei cedo.

Arrumei minhas coisas em uma mala.

Não tinha muitas coisas neste apartamento, a maioria era dele.

Peguei apenas minhas roupas e alguns itens pessoais.

Quando estava saindo, meu celular tocou.

Era Pedro.

Eu não atendi.

Ele ligou de novo e de novo.

Finalmente, ele enviou uma mensagem.

"Onde você está? Volte para casa. Precisamos conversar."

Eu respondi: "Não há nada para conversar. Meus advogados entrarão em contato com você."

Desliguei o telefone e saí do apartamento.

Não olhei para trás.

Fui para a casa da minha melhor amiga, Clara.

Clara abriu a porta e me viu com a mala.

Ela não pareceu surpresa.

"Finalmente."

Ela disse, me abraçando.

"Eu estava esperando por este dia."

Clara me ajudou a levar a mala para dentro.

Ela me fez uma xícara de café quente.

"O que aconteceu?"

Contei a ela sobre a noite anterior.

Sobre Sofia, sobre o jantar de aniversário, sobre os papéis do divórcio rasgados.

Clara ouviu em silêncio, seu rosto ficando mais zangado a cada palavra.

"Aquele desgraçado!"

Ela bateu na mesa.

"Como ele ousa? E aquela Sofia, ela não tem vergonha? Voltar para assombrar o ex-namorado casado?"

"A mãe dela está doente."

Eu disse, embora a desculpa soasse fraca até para mim.

"E daí? Isso lhe dá o direito de destruir o casamento de outra pessoa? A mãe dele também estava doente quando ele se casou com você, e isso não o impediu de ser um marido de merda."

As palavras de Clara eram duras, mas eram a verdade.

Fiquei em silêncio.

"Então, o que você vai fazer agora?"

Clara perguntou.

"Vou me divorciar dele. Desta vez, é para valer."

"Bom. Você tem meu total apoio. Se precisar de um advogado, conheço um muito bom."

"Obrigada, Clara."

"Não me agradeça. Você merece ser feliz, Ana. E a felicidade não é o Pedro."

Naquela tarde, liguei para um advogado.

Expliquei a situação.

O advogado me disse que, como Pedro se recusava a assinar, o processo poderia ser complicado.

Mas não era impossível.

Eu estava preparada para uma longa batalha.

À noite, meu celular tocou novamente.

Desta vez, era um número desconhecido.

Hesitei, mas atendi.

"Alô?"

"Ana? Sou eu, Sofia."

A voz dela era suave e frágil, exatamente como eu imaginava.

            
            

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