Rejeitada Pelo Ex, Amada Pelo CEO
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Capítulo 1

O telefone tocou incessantemente. Era o meu décimo oitavo aniversário, e eu estava sozinha na escuridão, à espera do meu namorado, Leo.

A televisão na parede transmitia as notícias da noite. Um famoso empresário, Ricardo Almeida, tinha acabado de anunciar o noivado com a sua namorada de infância, Sofia. As suas fotos preenchiam o ecrã, sorrindo felizes.

Eu não prestei muita atenção. O meu mundo estava focado apenas na porta.

Finalmente, a porta abriu-se. A luz do corredor entrou, desenhando uma longa sombra. Leo entrou, o cheiro a álcool a precedê-lo.

Ele atirou o casaco para o sofá e sentou-se, esfregando as têmporas.

"Leo, estás atrasado."

A minha voz era calma, mas o meu coração batia depressa.

"Tive uma reunião de negócios. Bebi um pouco."

Ele não olhou para mim. Pegou no controlo remoto e mudou de canal, parando num jogo de futebol.

"Eu fiz o jantar. É o meu aniversário."

Ele finalmente virou-se, os seus olhos a focarem-se em mim. Havia uma irritação neles que eu conhecia bem.

"Aniversário? Inês, achas que eu tenho tempo para estas coisas? A empresa está numa fase crítica. O projeto com o Grupo Almeida é a nossa única oportunidade."

"Mas tu prometeste."

"Promessas são para quando as coisas estão bem. Agora não estão. Podes parar de ser tão infantil?"

As suas palavras eram duras. Eu engoli em seco, a comida que preparei com tanto cuidado de repente pareceu-me amarga.

"Eu só queria passar algum tempo contigo."

"Tempo? Eu não tenho tempo! Estou a lutar pelo nosso futuro, e tu só te preocupas com um estúpido aniversário?"

Ele levantou-se, a sua voz a ecoar no pequeno apartamento.

"Se queres um futuro, talvez devesses ajudar em vez de te queixares."

Com isso, ele foi para o quarto e bateu a porta.

Fiquei sozinha na sala de estar, o som do jogo de futebol a preencher o silêncio. Olhei para a mesa de jantar, para os dois pratos a arrefecer. O bolo que comprei estava na caixa, intocado.

Este era o nosso "futuro". Um futuro onde eu estava sempre à espera, sempre a ser posta de lado por algo mais importante.

Sentei-me no escuro durante muito tempo. O meu telefone vibrou. Era uma mensagem da minha amiga, Clara.

"Feliz aniversário! Como está a correr a festa?"

Eu olhei para a mensagem, as lágrimas finalmente a escorrerem pelo meu rosto.

Digitei uma resposta.

"Acabou."

            
            

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