Vingança Amarga: Meu Ex e Ela
img img Vingança Amarga: Meu Ex e Ela img Capítulo 3
4
Capítulo 5 img
Capítulo 6 img
Capítulo 7 img
Capítulo 8 img
Capítulo 9 img
Capítulo 10 img
Capítulo 11 img
Capítulo 12 img
img
  /  1
img

Capítulo 3

"O quê? Fraude? Deve haver algum engano!", minha voz saiu trêmula, quase um sussurro.

O policial me olhou com desprezo. "Não há engano nenhum. Recebemos uma denúncia anônima com provas concretas. Você tem o direito de permanecer em silêncio."

Dois policiais mais jovens se aproximaram e me agarraram pelos braços. O toque deles era frio e firme.

"Pai! Mãe!", uma voz familiar gritou da entrada.

Meus pais. Eles correram para dentro da lan house, com os rostos pálidos de pânico. Minha mãe estava com os cabelos desarrumados, meu pai ainda com o uniforme de trabalho.

"O que está acontecendo? Soltem a minha filha!", gritou meu pai, tentando afastar os policiais de mim.

"Senhor, por favor, se afaste. Sua filha está sendo presa por liderar um esquema de fraude no ENEM", disse o policial chefe, impassível.

Minha mãe começou a chorar. "Isso é impossível! A Maria é uma aluna exemplar! Ela passou meses estudando, nunca precisaria fazer uma coisa dessas!"

As pessoas na lan house começaram a cochichar.

"Então é ela? A garota que vendeu as respostas?"

"Que vergonha. Os pais ainda a defendem."

"Com certeza eles sabiam. São todos cúmplices."

Cada palavra era uma faca no meu peito. Eu olhei para os rostos zombeteiros ao meu redor, e depois para os meus pais, que pareciam envelhecer dez anos em segundos.

A humilhação pública. Estava acontecendo de novo, mas de uma forma diferente e ainda mais rápida.

"Filha...", meu pai me olhou, seus olhos cheios de uma dor e uma dúvida que me destruíram por dentro. "Você... você fez isso?"

A pergunta dele, tão baixa e hesitante, foi mais alta do que todos os gritos da multidão. A dúvida dele era o golpe final.

"Não", eu disse, as lágrimas finalmente escorrendo pelo meu rosto. "Pai, eu não fiz nada. Eu juro."

Mas minha negação se perdeu no barulho.

"Lixo da sociedade!"

"Deveria morrer!"

"Uma fraude como essa arruína o futuro de milhares de estudantes honestos!"

Os gritos eram venenosos. O ódio era palpável. Eu estava sendo linchada de novo.

"Eu estive aqui o dia todo!", gritei, desesperada. "Como eu poderia estar no local da prova e aqui ao mesmo tempo? Como eu poderia ter cometido fraude?"

O policial chefe soltou uma risada curta e sem humor.

"Boa tentativa, garota. Mas nós temos tudo gravado. Temos a prova."

Prova? Que prova?

Eu não entendia. Como eles podiam ter provas de algo que nunca aconteceu?

            
            

COPYRIGHT(©) 2022