Vingança Amarga: Meu Ex e Ela
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Capítulo 4

"Eu não vou a lugar nenhum!", gritei, agarrando-me com todas as minhas forças à cadeira de plástico. "Eu sou inocente!"

Os policiais me puxaram com mais força, o plástico da cadeira rangendo sob a pressão.

"Vocês não podem fazer isso! Verifiquem as câmeras de segurança! Eu estive aqui!", implorei, olhando para o policial chefe.

Ele suspirou, como se estivesse lidando com uma criança teimosa.

"Alguém aqui pode confirmar que esta jovem esteve sentada neste computador durante todo o dia, sem sair?", ele perguntou em voz alta para a multidão.

Silêncio.

As pessoas desviaram o olhar. Ninguém queria se envolver.

"Eu estava jogando", disse um garoto.

"Eu estava com fones de ouvido", disse outra.

"Se eu disser alguma coisa, meus pais me matam por estar aqui em vez de estudando", sussurrou um terceiro.

Ninguém. Nenhuma única pessoa estava disposta a me ajudar.

"E as câmeras?", insisti, minha voz falhando. "As câmeras da lan house."

O dono do estabelecimento, um homem baixo e suado, aproximou-se timidamente. "Sinto muito, policial. Tivemos uma sobrecarga de energia mais cedo. O sistema de gravação queimou. Não há nada."

Queimou. Que coincidência conveniente.

Uma armadilha. Perfeita e cruel. Eles pensaram em tudo.

Meu coração afundou. Lembrei-me de um garotinho que parecia estar me observando mais cedo, fascinado pelo jogo que eu estava jogando. Eu o procurei na multidão e o encontrei escondido atrás da mãe.

"Você", eu disse, apontando para ele. "Você me viu, não viu? Eu estava aqui."

O menino me olhou com os olhos arregalados, assustado, e depois se escondeu completamente, balançando a cabeça.

O mundo inteiro parecia ter se virado contra mim. Uma sensação gelada tomou conta do meu corpo, como se eu estivesse de repente em um freezer.

"Além do mais", disse o policial chefe, seu tom triunfante, "encontramos isso com você."

Ele estendeu a mão e, com um gesto dramático, puxou algo do bolso do meu casaco.

Um pequeno adesivo de flor vermelha.

Exatamente o mesmo adesivo que eles usaram na minha vida anterior para marcar a mochila com a droga. Era a assinatura deles.

Meus olhos se arregalaram. O ar fugiu dos meus pulmões.

Naquele momento, Ana e Pedro entraram na lan house. A expressão de "choque" e "preocupação" em seus rostos era uma obra-prima da atuação.

"Maria!", gritou Ana, com a voz cheia de falsa angústia. "O que está acontecendo?"

Então ela olhou para o adesivo na mão do policial, e seus olhos se arregalaram em um espanto perfeitamente ensaiado.

"Essa flor... Maria, eu... eu vi você no local da prova hoje. Você estava usando esse adesivo na sua blusa. Eu pensei que era só um enfeite."

Ela me olhou com uma expressão de "coração partido" e "decepção".

"Por que você mentiu para nós? Por que você disse que estava doente?"

A traição final. A facada que me jogou no abismo.

Ela não só me incriminou, mas também se apresentou como a testemunha ocular que destruiu meu último álibi.

                         

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