O Ultimato de uma Noiva: Adeus, Mentiras!
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Capítulo 2

O primeiro passo para apagar a minha existência foi voltar a casa, a casa onde cresci em Cascais, para recuperar documentos importantes. A minha certidão de nascimento, o passaporte, a escritura da propriedade da minha avó. Eram as chaves para a minha nova identidade, para a minha liberdade.

Quando cheguei, a porta foi aberta pela minha mãe. A sua expressão azedou assim que me viu.

"O que estás a fazer aqui? Não devias estar a preparar o teu casamento? Estás sempre a causar problemas."

O meu pai, sentado na sala de estar a ler o jornal, nem levantou a cabeça.

"Deixa-a, ela só sabe aparecer quando precisa de alguma coisa, nunca pensa na honra da família."

Eu ignorei-os, a indiferença deles já não me magoava, era apenas um ruído de fundo na minha vida. Subi as escadas em direção ao meu antigo quarto, focada apenas no meu objetivo.

Enquanto procurava os documentos na gaveta da minha secretária, ouvi o som de um carro a parar lá fora, seguido de vozes familiares. Desci e encontrei uma cena que fez o meu estômago revirar.

Hugo estava a ajudar a Raegan a sair do carro, o braço dela à volta do pescoço dele, o pé dela com uma ligadura vistosa.

"Oh, Liza, estás aqui!" disse a Raegan com uma falsa inocência. "O Hugo foi tão querido, insistiu em trazer-me a casa, o meu tornozelo está a matar-me."

Hugo sorriu-me, um sorriso tenso.

"Eu estava a passar por aqui, pensei em ver se a Raegan precisava de alguma coisa."

"Que coincidência," murmurei, a minha voz desprovida de qualquer emoção.

A minha mãe apressou-se a acolher a Raegan, tratando-a como uma rainha ferida.

"Oh, minha querida, entra, senta-te, o Hugo é um anjo, não é? Sempre a cuidar de ti."

A Raegan lançou-me um olhar triunfante por cima do ombro da minha mãe.

"Ele é o melhor, não é, mana? Tão atencioso, ele deixou tudo para vir ajudar-me."

A provocação era tão óbvia, tão infantil. Mas eu não reagi. A minha mente estava a milhas de distância, na minha ilha, no meu futuro.

            
            

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