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**Narração de Clarisse**
Flitter saiu correndo rápida como uma lebre, eu me diverti com a comparação, peguei minha bolsa e sai do banheiro.
Um sinal tocou, olhei as horas no meu celular e era 10:30, até que as horas passaram rápido com a Flitter e era estranho o silencio, já que ela não parava de falar. Fui até os armários e procurei um que tinha uma marcação escrita 15E, encontrei e percebi que ele era um pouco mais largo que os outros armários, e a diretora disse que eu não teria benefícios por ser uma Starlight.
Peguei a argola de chaves e imediatamente me senti contrariada. Já estava na décima chave e já queria morrer eu tinha que ir pra aula e ainda nem sabia qual era minha sala.
- A coruja de saia não foi com a sua cara mesmo - Uma voz feminina disse próximo a mim.
Olhei para a minha direita para ver uma garota de cabelos lisos e tingidos de vermelho sangue, ela tinha olhos tão negros que eu não conseguia ver a diferença entre íris e pupila, ela vestia um jeans rasgado, uma blusa cinza, uma jaqueta de couro preta e botas de couro que pareciam ter a minha idade.
- É uma vaca - Deixei escapar irritada.
- Não é melhor quebrar o cadeado e depois comprar outro? - Ela sugeriu apontando para o cadeado.
- Como eu vou quebrar isso? - Eu ate tinha um cadeado na minha bolsa.
A garota veio ate meu armário me fazendo recuar um pouco, ela pegou o ferro do cadeado com uma mão e a base com a outra puxou delicadamente ele se quebrou como se fosse feito de papel, ela colocou o cadeado quebrado na minha mão e foi até seu armário que era do meu lado e pegou um caderno.
- Obrigada... Éee - Eu agradeci e nem perguntei nome dela
- Raya LaRu - Ela deu um sorriso seco - Por nada.
Eu fui tentar abrir meu armário, mas a porta tava agarrada, Raya deu um riso e puxou a porta para mim fazendo um barulho alto. O armário tinha quatro prateleiras muito bem empoeiradas, passei a minha tolha pra limpa-lo, eu vou ter que lavar essa toalha depois, coloquei algumas maquiagens que pretendia deixar ai, alguns livros que tinham recebido, peguei minha bolsa no armário, meu fichário e o cadeado que tinha trago, fechei a porta e coloquei o cadeado, ele era de senha, ou seja nada de chave. Estava quase saindo quando um garoto chegou passando o braço no ombro da Raya, ele tinha cabelos castanho claro e olhos azuis delicados, usava roupas rasgadas mais ou menos no estilo das roubas da Raya, em seu rosto tinha um sorriso safado.
- Oi, minha princesa - Ele disse e tentou dar um beijo na bochecha dela, mas ela pegou o braço que ele colocou nela e apertou até ele cambalear e se afastar dela.
- Você é muito bruta.
- Não, eu só não gosto de você mesmo - Ela disse com uma cara de nojo. Ele ignorou o comentário dela e focou seus olhos em mim, aquele mesmo sorriso voltou a estampar seu rosto.
- Oi, novata. Eu me chamo Castiel Mabberton - Ele pegou a minha mão e encostou em seus lábios. Achei um tanto incomum, até que senti seus dentes roçando na minha mão, eu retirei-a rapidamente por impulso, por algum motivo os dentes dele me causaram uma sensação incrivelmente desconfortável.
- Calma, princesa, eu não mordo - Ele se aproximou de mim rapidamente e passou a mão pela minha cintura, seus lábios estavam perto do meu ouvido - Só se você pedir.
Eu gelei, minha vontade era de arremessar ele pra bem longe de mim, tudo nele me causava sensação de perigo. Senti-me aliviada quando Raya colocou a mão no ombro dele e o jogou no chão.
- Idiota - Ela disse e deu um chute na região da costela dele, deu pra ver a cad de dor em seu rosto, cheguei a quase ficar com pena quando me lembrei do que ela fez com o cadeado, quase.
- Vem Clarisse. Raya saiu andando e eu a segui, depois de ter visto suas demonstrações de força não ia querer que ela precisasse me puxar.
Depois Raya se separou de mim e eu fui procurar minha sala, tinham três salas pra olhar, as listas estavam do lado da porta, eu fiquei na sala 4 junto com Flitter e a Raya, entrei na sala já esperando vários olhares o que não aconteceu. Tinham apenas três pessoas na sala, um garoto que estava dormindo na mesa, um que tava com cara de que ia matar todos os humanos e aquela garota que estava me encarando no auditório. A sala possuía duas fileiras com cindo mesas, me sentei atrás da garota e do lado do psicopata, admito ele era bonito, tinha cabelos negros, olhos verde esmeralda e uma barba por fazer, usava um jeans escuro e uma blusa de mangas longas cinza. Acho que meus olhares foram percebidos, seus olhos verde estava me encarando como se ele fosse me matar, me recusei a desviar o olhar e dei um leve sorriso, ele fechou a cara e voltou a olhar para frete. Que moço simpático... Percebi que a garota de cabelos negros estava meio inquieta, resolvi tentar ser legal.
- Você está bem? - Perguntei e ela olhou pra mim e se escondeu em seu cabelo, mas pude perceber que ela tinha olhos da cor do Castiel.- Seu cabelo é lindo.
- O-obrigada - O tom de voz dela era extremamente baixo, se a sala não estivesse vazia seria difícil ouvir.
- Era você que estava me olhando no auditório né? - Eu falei com um tom de brincadeira. - Desculpa
- Ela se virou pra mim, ainda parecia tímida. Ficamos um tempo nos olhando em um silencio desconfortável, ate que resolvi me apresentar. - Meu nome é Clarisse Starlight. A garota continuava em silencio... - Qual o seu? - Eu já estava me arrependendo de ter conversado com ela.
- Chrysalis Mabberton - A voz dela parecia ter ficado mais confiante.
- Você é irmã do Castiel?
- Você viu meu irmão? Como ele estava?
- A Raya deve ter quebrado algumas costelas dele...
- Ah, só um dia normal na escola Keiko.
Soltei uma leve gargalhada e percebi que a sala já estava cheia e Flitter e Raya estavam próximas de mim. Uma mulher de aproximadamente uns 26 anos entrou na sala, ela tinha cabelos castanhos escuros e cacheados, colocou suas coisas na mesa e foi até o centro da sala.
- Bom dia - Ela tinha uma voz suave a agradável - Eu sou Clara Mendes e eu vou ser a professora principal dessa turma.
Clara explicou que daria aulas teóricas para a turma toda nos primeiros horários, mas que o restante dos horários seria definido de acordo com o "tipo" do aluno.
- Eu gostaria que cada um de você viesse aqui na frente e falassem um pouco de vocês - Clara tentava olhar nos olhos de cada um enquanto falava - E uma demonstração de quem vocês são...
Apesar de ser uma escola para descendentes, ainda é uma escola, apresentações clichê.
- Então quem vem primeiro? - Clara falava com tanto animo que parecia anunciar um premio - Alguém?
- Começa por mim - Flitter ficou de pé animada. - Por favor!!!
Clara apenas assentiu com a cabeça e Flitter foi até a frente da turma, enquanto a professora sentou-se em sua mesa.
- Meu nome é Flitter Fire - Ela falava animada como sempre - E eu vou dar uma festa de boas vindas para Clarisse e ta todo mundo convidado.
Flitter já estava indo para o seu lugar quando a professora indagou:
- Flitter, ficou faltando sua demonstração de poder.
- Verdade, verdadeira - Flitter sorriu e deu uma corrida incrivelmente rápida pela sala - Sou descendente de Lobisomem!!!
Flitter rapidamente estava em seu lugar, pelo jeito ela era ainda mais rápida do que me mostrara. Clara escolheu a próxima a se apresentar, uma garota loira... Sua áurea imediatamente me deu repulsa... Fada!
- Karin Flora - A garota ajeitou seus óculos no rosto - Eu sou chefe do jornal da escola, e uma descendente de fada.
Quando eu olhei em volta o ambiente havia mudado, estávamos em uma floresta aberta, os detalhes estavam bons, dava para ouvir a floresta, até o cheiro estava lá para tentar te convencer, no entanto não passava de uma ilusão barata. Karin sorriu diante a surpresa de todos e o ambiente voltou a ser escolar.
- Incrível - Clara disse sorrindo - Pode se sentar, Karin. Sou obrigada a fazer melhor que essa fadinha.
A bola da vez era Castiel, ele foi à frente da turma com o mesmo sorriso sínico.
- Sou Castiel Mabberton - Sua voz era rouca e por algum motivo me causava arrepios - Sou descendente de vampiro.
Agora entendi porque ele me assusta, vampiros tiveram uma queda em caçar unicórnios por nosso sangue ter mais "força vital". Não prestei atenção no que o Castiel fez, mas acho que foi uma demonstração de força. O próximo a ser escolhido foi o garoto miss simpatia.
- Axel Hayes - Sem falar mais nada ele colocou sua mão direita voltada para baixo e uma areia negra começou a escorrer dela, essa areia me causou sentimentos de medo, ela assumiu forma de um pequeno furacão que logo se dissipou, a areia parecia entrar novamente em sua pele, após toda a areia sumir ele foi andando lentamente até seu lugar.
- Nossa - Clara disse parecia admirada - Há muito tempo não vejo um desentende de anjo caído. Parece que eles não são de ter filhos.
- Deve ter um bom motivo para isso - Ele sussurrou em seu lugar, duvido que alguém além de mim ouviu.
O lado bom de ser eu e que eu tenho uma espécie de extinto, ele me diz coisas, como fique longe do perigo, tento ao máximo ouvi-lo, e quando me sinto ameaçada parece que isso é respondido de uma maneira mágica. Por exemplo, meus instintos me avisaram sobre a fadinha, sobre o perigo do Castiel, mas ainda não entendi o que eles querem dizer sobre o Axel, eu sei que ele parece atrativo, porem não são meus instintos que dizem isso.
Clara escolheu para ir à frente Raya, ela levantou uma mesa com a mão e disse ser descendente de golem. O próximo era um garoto de cabelos loiros angelicais e olhos azuis, ele vestia roupas elegantes, e as cores favoreciam a cor de seus cabelos, ele disse se chamar Dmitri Armando ele fez basicamente o mesmo que o Axel, porém sua areia tinha um tom de dourado brilhante e ele a usou para dar voltas em torno de si mesmo, logo em seguida disse ser descendente de anjo.
- Exibido - Ouvi Raya sussurrar com uma voz de repulsa.
O próximo garoto tinha cabelo castanho claro e olhos quase da mesma cor, disse se chamar Henrique Wright – O mesmo sobrenome que a Alyssa – e ser descendente de fada, ele fez um truque de ilusionismo menos grandioso que o da Karin. Essas fadinhas tão achando que são gente... Clara me escolheu para ir à frente, eu já tinha em mente o que ia fazer, e tem que ser melhor que essas fadas.
- Sou Clarisse Starlight - Eu disse tentando incorporar a superioridade que meu nome deveria trazer - Sou descendente de unicórnio. Virei-me para a parede da esquerda onde ficava a porta, acontece que a magia que eu escolhi é bem mais difícil do que tirar ferrugem de chaves, eu queria concentrar um raio mágico para destruir a parede, mas agora que eu estava estudando ela era de um concreto mais grosso do que as coisas que minha avó me fazia destruir, mas eu ia tentar.
- Quando quiser, docinho - Clara disse gentilmente visto a minha demora em fazer algo. Estendi minha mão direita rumo à parede, raios mágicos são liberação pura de magia, é a forma mais simples, porem esgota suas forças bem fácil, já que se trata de magia pura. Concentrei em minha mão, senti a magia fluindo do meu corpo e iluminando a sala com um brilho da cor dos meus olhos, o raio mágico estava sendo concentrado em uma forma esférica próximo a minha mão, quando eu liberei um raio lilás e luminoso foi em direção a parede fazendo um barulho e liberando pó de concreto. Quando a poeira baixou eu vi que não destruí a parede por completo, mas o enorme buraco que eu fiz era o suficiente para impressionar a todos.
- Ótimo, põe a escola abaixo - Karin disse, parecia irritada, ou com inveja. Ignorei seu comentário e fui para a segunda parte do meu showzinho, me concentrei nos estilhaços de concreto, senti cada pedacinho deles, como um quebra cabeça, onde eu sabia prontamente aonde ia cada pedaço. Uma áurea lilás os envolveu fazendo se levitarem até a ruptura na parede, assumindo seus devidos lugares que pertenciam, após alguns segundos a parede estava intacta, como se nada tivesse acontecido. Virei-me para a sala com cuidado para não cair, não estou acostumada a usar tanta magia.
- Não tem com o que se preocupar, Karin - Minha voz tinha um tom de arrogância que devo ter aprendido com minha avó - Minha magia vai além de ilusionismo barato.
- Para alguém que nem se quer é realmente descendente de alguma coisa você se acha de mais, não? - Karin tinha um sorriso de deboche. - Do que você tá falando? - Perguntei irritada. - Vocês ficam se achando com esses brilhos e raios, mas nenhum de vocês é realmente filho de um unicórnio, diferente dos demais descendentes a magia de vocês fica mais forte a cada geração, vocês não passam de sanguessugas de magia.
Clara tentou dizer alguma coisa mais eu a interrompi rapidamente:
- Sanguessuga de magia é a sua espécie - Acusei irritada e com um tom de voz alto e rude. - Se você não são sanguessugas, diz ai como conseguiram a magia dos unicórnios?
Olhei para baixo irritada, eu podia sentir meus cabelos se movimentando, minha magia estava saindo do controle, disparei um raio mágico em direção a Karin sem precisar catalisar, não pude ver direito mais alguém entrou na frente, mas eu não sentia o raio depois que entrava em contato com esse alguém, era como se ele estivesse absorvendo, bom se é isso que você quer, é isso que vai ter. Aumentei a potencia do raio, eu sentia toda a magia saindo de mim em uma velocidade sobre humana, é como se ele estivesse sendo catalisado dentro de mim, eu pude sentir que a pessoa que estava absorvendo meu raio estava absorvendo mais lentamente, em segundos eu conseguiria atingir ele e a Karin.
Pera, o que eu to fazendo? Ouvi uma melodia, ela estava sendo cantada por uma voz doce e suave, a musica me acalmava me fazia sentir como se tudo estivesse bem, como se o sentido de tudo estivesse ali, aos poucos diminui meu ritmo liberando magia, senti uma mão segurando a minha mão que não estava ocupada disparando um raio para matar duas pessoas que não tinham feito nada. Quando parei de disparar raio percebi que não tinha mais magia nem pra entortar uma colher, Chrysalis estava segurando minha mão, pelo jeito foi ela que me acalmou com seu canto. Olhei desesperadamente para Karin e para o garoto que a salvou rezando para que eles estivessem bem, fora alguns danos na roupa do garoto estava tudo bem, foquei meu olhar no garoto ele possuía cabelos cinza escuro e olhos dourados, sua áurea era calma, e eu agradeci por ele existir graças a ele eu não sou uma assassina.
- Clarisse, sente-se - Clara ordenou, sua voz parecia chocada e um pouco surpresa - Isso foi impressionante, é uma honra ter alguém da sua família conosco.
Eu sorri para ela pensando melhor até onde meu ódio tinha me levado, tudo bem que eu odeio fadas mais que qualquer coisa, mas é como se minha magia também a odiasse e tivesse me ajudando a matar.
- Ela tentou me matar e é só isso que você diz? - Karin disse irritada, eu pude notar lagrimas em seus olhos. Clara ignorou Karin e focou seu olhar no garoto que tinha salvado a vida de Karin e em Chrysalis.
- Qual nome de vocês? - Ela questionou ainda em choque.
- Ravage Yggi - Ele tinha uma voz tão calma que parecia não ter acontecido nada.
- Chrysalis Mabberton. - Ela tinha a voz meiga e tímida de sempre.
- Descendente de sereia e de dragão? - Ela perguntou, mas parecia mais uma afirmação provando realmente estar apta para o cargo. - Podem se sentar, chega de demonstrações de poder por hoje.
- Bom trabalho, novata - Raya disse pra mim, mas sua voz não tinha uma gota de sarcasmo - Mas da próxima tenta acertar o alvo por obsequio.
Não pude deixar de sorrir, a Raya deve ser a melhor/pior pessoa que eu já conheci. No restante da aula eu acabei perdendo a consciência, acho que gastei um pouco a mais do que deveria de magia. Clara não me repreendeu nem nada do tipo, acho que ela sabe que eu estava exausta. Tenho que fazer algumas coisas quando a aula acabar, agradecer a Chrysalis e o Ravage, e pedir desculpas para a Karin.
Não deixa pra lá, melhor só agradecer mesmo. Distrai-me com meus pensamentos até cair no sono e acordar com o sinal indicando que as aulas tinham encerrado. Peguei minha bolsa – não tirei nada dela, verdade nem sabia o que tinha acontecido na aula – e fui atrás de Chrysalis e Ravage.
Não achei Ravage e tive que corre atrás da Chrysalis, ela sorriu e perguntou se eu estava me sentindo bem.
- Estou sim. - Devolvi o sorriso - Éee... Obrigada por ter me acalmado, você tem uma voz muito doce.
Ela olhou para baixo e corou um pouco, acho que ela realmente é bem tímida.
- Não tem de que - Seu tom de voz era baixo e delicado, ela olhou para baixo de novo. - Você quer ajuda para achar seu quarto?
- Awn, seria ótimo. - Menti, nem precisava de ajuda, mas queria ficar um pouco com ela. Descemos a escada e encontramos com Raya que falou "Da próxima vê se acerta" ou algo do tipo. Chrysalis e eu fomos conversando durante todo o caminho, já estava quase acostumando com seu tom de voz baixo quando chegamos ao prédio, ele tinha estrutura firme e com vários apartamentos em cada andar, pegamos um elevador e fomos até o terceiro andar.
- Qual seu quarto, Chrys? - Perguntei
- Chrys? - Ela disse sorrindo - fica no quarto andar, quarto 31.
O corredor era bem iluminado, e o piso era de granito escuro, as portas tinham um padrão linear, e eram de madeira entalhada com fadas, sereias, entre outros, imagino que sejam entalhados de acordo com o dono do quarto. Chegamos ao quarto 25, o numero estava em forma de metal acima da porta, olhei para ela e estava entalhado um lindo unicórnio, passei minha mão sentindo seu chifre, eu tinha amado a porta, me lembrava da minha mãe.
- Estou curiosa para ver como o quarto 25 é - Chrys disse me acordando dos meus pensamentos.
Destranquei a porta com a chave e abri a porta bem devagar, logo me surpreendi com o interior. - Que merda é essa?