A Doce Fuga da Esposa Substituta
img img A Doce Fuga da Esposa Substituta img Capítulo 2
2
Capítulo 5 img
Capítulo 6 img
Capítulo 7 img
Capítulo 8 img
Capítulo 9 img
Capítulo 10 img
Capítulo 11 img
Capítulo 12 img
Capítulo 13 img
Capítulo 14 img
Capítulo 15 img
Capítulo 16 img
Capítulo 17 img
Capítulo 18 img
Capítulo 19 img
Capítulo 20 img
Capítulo 21 img
Capítulo 22 img
Capítulo 23 img
Capítulo 24 img
img
  /  1
img

Capítulo 2

O aperto de Kael era como um torno, os nós de seus dedos brancos. "Peça desculpas à Emília."

Ele não se importava com o sangue na testa dela ou com a dor em seus olhos.

Ele a arrastou do chão e a jogou em direção à cama do hospital. "Agora."

O mundo inclinou. A cabeça de Clara latejava, mas ela permaneceu em silêncio.

Ela queria rir. Queria gritar. Mas estava tão cansada.

Tudo o que ela queria era que isso acabasse. Mais um mês. Então ela estaria livre dessa vida sufocante, dessas pessoas.

Emília estava na cama, o rosto pálido, uma imagem de fragilidade. Ela olhou para Clara com medo nos olhos. "Aurora... me desculpe... eu não quis cair. Por favor, não fique brava."

Lágrimas escorriam por seu rosto enquanto ela olhava para Kael. "Kael, não a culpe. A culpa é minha."

A expressão de Kael suavizou ao olhar para Emília. Ele gentilmente enxugou suas lágrimas. "A culpa não é sua."

Então ele se virou para Clara, seu rosto instantaneamente se transformando em gelo. "Você me ouviu? Peça desculpas."

Clara olhou para a performance de Emília e sentiu uma onda de exaustão.

"Emília," ela perguntou, a voz rouca, "por que você está fazendo isso?"

Emília soluçou mais forte. "Do que você está falando? Kael, ela está me assustando. Ela deve estar furiosa porque você vai se casar com ela, mas ainda me ama."

A paciência de Kael se esgotou. "Aurora!"

Clara sabia que Emília estava mentindo. Ela podia ver o leve sorriso de escárnio nos lábios de Emília através de seus olhos cheios de lágrimas. Mas discutir era inútil.

Ela precisava do dinheiro. Precisava aguentar.

"Me desculpe," ela disse, a voz desprovida de emoção.

Era apenas uma palavra. Não significava nada.

Kael a encarou, aparentemente surpreso com seu rápido pedido de desculpas. Então ele deu outra ordem. "Você vai ficar aqui e cuidar da Emília até ela se recuperar."

Clara assentiu. "Ok."

Então, nos dias seguintes, Clara ficou no hospital, atendendo a todas as necessidades de Emília.

Kael estava lá quase constantemente, cobrindo Emília com um nível de cuidado e afeto que ele nunca havia demonstrado a Clara. Ele descascava maçãs para ela, lia para ela e segurava sua mão enquanto ela dormia.

Clara assistiu a tudo sem um pingo de emoção. Era como assistir a um filme.

As enfermeiras do andar cochichavam entre si.

"A Sra. Trujillo é tão generosa. A maioria das mulheres não conseguiria suportar isso."

"Ela deve amar tanto o Sr. Trujillo. Ser capaz de tolerar o primeiro amor dele assim... é incrível."

Kael ouviu os sussurros delas um dia, quando estava voltando para o quarto. Ele parou na porta, olhando para Clara, que estava sentada em silêncio perto da janela, observando as luzes da cidade.

Sua silhueta era magra e solitária, mas havia uma estranha sensação de paz nela.

Ele sentiu um estranho aperto no peito, uma emoção desconhecida que não conseguia nomear.

Alguns dias depois, Emília recebeu alta. Kael anunciou que a levaria em uma viagem para a Europa para ajudá-la a se recuperar.

"Não me ligue, a menos que seja uma emergência," ele disse a Clara antes de partirem.

Clara sentiu um alívio. "Boa viagem."

Com eles longe, a mansão ficou silenciosa. Clara começou a arrumar seus poucos pertences em uma pequena mala. Ela viu as fotos deles nas redes sociais. Kael e Emília em Paris, sorrindo em frente à Torre Eiffel. Kael e Emília em Roma, dividindo um sorvete.

Eles pareciam um casal feliz.

Clara não sentiu nada. Estava apenas contando os dias.

            
            

COPYRIGHT(©) 2022