Lynda o ignorou.
Mas Charles não foi embora, observando-a com um olhar esperançoso. Quando viu Lynda levantar a mão, ele suspirou de alívio, mas no momento seguinte, suas pupilas se contraíram em choque.
Lynda jogou o abotoador quebrado pela janela no lago decorativo. "Eu não quero isso."
Charles ficou surpreso, perguntando atônito: "O quê?"
Lynda repetiu cada palavra claramente: "Eu disse, eu não quero mais suas coisas."
E ela não o queria mais.
Suas palavras o deixaram atordoado por um longo tempo.
Mesmo quando Lynda o empurrou para fora do quarto, Charles permaneceu perplexo. Ela costumava valorizar tanto o abotoador dele; como ela podia simplesmente decidir não querer mais?
Anteriormente, quando Lynda olhou para ele, parecia que não havia nenhum traço de amor em seus olhos. Talvez fosse um engano, mas parecia que ela não o amava mais.
Charles ficou atônito por um momento, então se convenceu de que estava exagerando.
Ele sabia o quanto Lynda o amava; ela devia ainda estar magoada.
Então, Charles bateu gentilmente na porta, "Lynda, amanhã eu vou com você visitar seu pai."
Ao ouvir suas palavras, a névoa induzida pelo álcool de Lynda clareou instantaneamente. Em seus oito anos juntos, essa foi a primeira vez que ele falou com ela tão gentilmente.
Ironicamente, aconteceu quando ela já não o amava mais.
Era realmente desnecessário.
Afinal, eles estavam prestes a se divorciar.
No dia seguinte, Lynda acordou e encontrou a vila vazia. A empregada informou que Eleanor expressou o desejo de ver pinguins, então Charles cancelou todo o trabalho para acompanhá-la a Gushuynia.
Lynda zombou de sua própria sentimentalidade-tolice suficiente para confiar novamente nas promessas de Charles.
Na noite anterior, ele disse que a acompanharia para visitar seu pai, mas, como em inúmeras vezes antes, ele simplesmente esqueceu.
Mas logo, Lynda deixou passar. Ela já havia entendido há muito tempo que as escolhas de Charles nunca a incluíam.
No meio mês seguinte, Lynda organizou a residência permanente em Priyssau para ela e seu pai.
Sua mãe uma vez expressou o desejo de se estabelecer em Priyssau, mas nunca viveu para ver esse dia.
Nos últimos oito anos, embora Charles não a amasse, ele era generoso com dinheiro, e os fundos que Lynda possuía eram suficientes para sustentá-la e Geffrey pelo resto de suas vidas.
Lynda doou todas as suas roupas para áreas carentes, sabendo que não poderia levá-las consigo.
Eleanor adicionou Lynda usando uma conta secundária no WhatsApp e enviou inúmeras fotos dela com Charles todos os dias, mostrando-os abraçando-se, beijando-se e até em momentos íntimos.
Lynda tirou capturas de tela e salvou todas; estas serviriam como evidência da infidelidade conjugal de Charles em futuros processos judiciais.
Quando o período de espera terminou, Charles ainda não havia retornado.
Lynda foi sozinha buscar o decreto de divórcio, confiando ao assistente do tribunal entregar a cópia de Charles a ele.
Estava bem, assim mesmo; eles nunca se encontrariam novamente.
Lamentavelmente, Lynda não obteve gravações sólidas, mas as palavras e ações escandalosas de Eleanor no funeral da mãe de Lynda foram suficientes para condená-la por vários anos.
Lynda contatou o hospital, preparando-se para enviar Geffrey para Priyssau primeiro. Ela pretendia ir para lá após os procedimentos judiciais.
Como Charles usou a vida de seu pai como ameaça, ela substituiu os seguranças por seus próprios funcionários para garantir a segurança de seu pai.
Assim que estava prestes a chamar os seguranças, a ligação de um deles veio primeiro, "Sra. Bennett, algo terrível aconteceu! O tubo de oxigênio do seu pai foi removido..."
As palavras atingiram Lynda como um choque inesperado, deixando-a atordoada.
Ao chegar ao corredor do hospital, Lynda ouviu a voz arrogante de Eleanor, "Desfaçam-se das cinzas do pai dela! Não só matei o pai dela, mas também vou garantir que Lynda nunca veja suas cinzas!"
Lynda sentiu um calafrio percorrer todo o seu corpo, correndo para agarrar a urna e dando um tapa forte e sonoro no rosto de Eleanor.
Eleanor cobriu o rosto, suas feições outrora belas torcidas de raiva. "Você ousa me bater, sua mulher desprezível? Ninguém jamais ousou levantar a mão contra mim!"
"Eleanor, bater em você é só o começo. Vamos acertar nossas contas uma por uma, e eu vou fazer você pagar caro por suas ações!" Lynda advertiu.
Eleanor tornou-se ainda mais arrogante, "Com o apoio de Charles, mesmo se eu acidentalmente matar seu pai, ou até você, nada acontecerá comigo."
A câmera oculta no peito de Lynda gravou tudo. Nesse momento, Charles entrou, sua voz fria, "O que está acontecendo?"
Eleanor chorou e se jogou nele, "Charles, a Lynda me bateu..."
Vendo a marca da mão no rosto dela, a expressão de Charles escureceu, "Lynda, peça desculpas!"
Lynda zombou, "Charles, você não vai perguntar por que eu bati nela?"
"Independentemente do motivo, você precisa se desculpar!" Charles gritou.
Lynda segurou a urna e se virou para sair, determinada a entregar as provas a Terrance, garantindo que Eleanor passasse o resto da vida atrás das grades.
Charles estava furioso, "Lynda! Se você não pedir desculpas hoje, eu vou me divorciar de você!"
Um tapa forte pousou no rosto bonito de Charles com um som nítido, deixando-o atordoado.
Charles estava incrédulo; Lynda tinha enlouquecido? Ela estava grávida do bebê dele; ela realmente poderia suportar se divorciar dele?
Mas Lynda já havia se virado e saído sem um traço de hesitação.
No momento seguinte, o telefone dele tocou. Sem nem olhar, Charles atendeu, "Lynda, se você se arrepender, implore por desculpas..."
A voz do assistente do tribunal veio através da linha, "Sr. Watson, seu divórcio foi processado. Quando estará disponível para pegar seu decreto de divórcio?"