Sua Obsessão Cruel, a Agonia Dela
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Capítulo 3

O cirurgião plástico, um homem com olhos gentis e mãos delicadas, traçou as linhas do rosto de Alina com uma caneta. "Uma reconstrução completa é um procedimento importante, Sra. Garcia. Traz riscos. A recuperação será longa."

Ele agendou a cirurgia para um mês depois, dando-lhe tempo para reconsiderar.

Alina não hesitou. Ela assinou os formulários de consentimento, sua mão firme. O nome 'Alina Garcia' no papel já parecia pertencer a outra pessoa.

Ela pensou no homem que uma vez arriscou seu império por ela, que jurou que preferia morrer a perdê-la. Aquele homem se foi, substituído por um monstro. Toda essa sórdida história tinha que acabar.

Ela mandou Ernesto de volta para seu internato especializado, um lugar seguro longe do alcance de Caio. Então ela voltou para a mansão sozinha.

Ela entrou e os encontrou na sala de estar. Caio estava no sofá, Isabela montada em seu colo, suas bocas travadas. Roupas estavam espalhadas pelo chão.

Isabela a viu primeiro, afastando-se com um suspiro. "Alina!"

Caio nem se virou. Ele puxou Isabela de volta para ele, sua mão deslizando sob a camisa dela. Ele estava marcando seu território, humilhando deliberadamente Alina.

Isabela riu, depois olhou para Alina com um sorriso triunfante. "Ah, a propósito", ela disse, sua voz pingando falsa doçura. "Estou grávida."

As palavras deveriam ser um golpe mortal. Mas Alina não sentiu nada. Uma calma serena e arrepiante se instalou sobre ela. Ela já era um fantasma nesta casa.

Ela se virou sem uma palavra e foi para seu estúdio, seu santuário. Este era o único lugar que Isabela estava proibida de entrar. Caio o construiu para ela, um testamento de seu amor. Agora, era apenas uma jaula.

Ela começou a destruir metodicamente tudo. Ela arrancou suas fotos das paredes, rasgando-as em pedacinhos. Ela quebrou o violão personalizado que Caio lhe dera em seu primeiro aniversário. Ela juntou cada presente, cada carta, cada lembrança de sua vida juntos.

Ela levou tudo para a lareira e acendeu um fósforo. As chamas saltaram, consumindo o passado, transformando dois anos de amor em fumaça e cinzas.

Quando tudo se foi, ela voltou para a sala de estar.

Isabela estava esperando por ela. No momento em que Alina entrou, Isabela soltou um grito agudo e se lançou sobre ela.

"Sua monstra!", Isabela gritou, suas unhas arranhando o rosto de Alina. "Você tentou matar meu bebê!"

Alina ficou paralisada, atordoada demais para reagir.

"Do que você está falando?", ela perguntou, empurrando Isabela para longe.

Caio entrou correndo, seu rosto uma máscara trovejante de fúria. Ele imediatamente foi até Isabela, embalando-a em seus braços.

"Ela colocou algo no meu chá!", Isabela soluçou, apontando um dedo trêmulo para Alina. "Ela tentou me fazer abortar!"

"Eu vou cuidar disso", Caio rosnou, seus olhos fixos em Alina. "Vou fazê-la pagar."

Ele gesticulou para uma mesa próxima. Uma xícara de chá estava de lado, um líquido escuro manchando o mármore branco. Um pequeno pacote vazio estava ao lado. Era um poderoso abortivo, Alina o reconheceu de um jornal médico que lera.

Uma estranha sensação de pena a invadiu. Pena pela criança não nascida e pela mulher tão desesperada por uma vida que não era sua.

"Eu não fiz isso, Caio", ela disse, sua voz plana. "Eu estava no estúdio o tempo todo. Você pode checar as câmeras de segurança."

Isabela soltou outro soluço de cortar o coração. "Ela está mentindo! Ela sempre teve ciúmes de mim, do bebê!"

Caio segurou Isabela com mais força, sussurrando palavras calmantes em seu ouvido. Ele olhou para Alina com ódio puro e não adulterado.

Dois de seus guardas apareceram, agarrando Alina pelos braços. Eles a arrastaram para fora da sala, para o porão frio e escuro que se tornara sua prisão.

Eles a acorrentaram à parede, o metal frio mordendo seus pulsos.

Ela fechou os olhos, a escuridão um alívio bem-vindo. Ela estava cansada de lutar, cansada da dor. O amor que sentira por Caio era uma memória distante, um eco fraco em um coração oco. Tudo o que restava era a certeza fria e dura de sua fuga.

            
            

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