Sua Obsessão Cruel, a Agonia Dela
img img Sua Obsessão Cruel, a Agonia Dela img Capítulo 4
4
Capítulo 5 img
Capítulo 6 img
Capítulo 7 img
Capítulo 8 img
Capítulo 9 img
Capítulo 10 img
Capítulo 11 img
Capítulo 12 img
Capítulo 13 img
Capítulo 14 img
Capítulo 15 img
Capítulo 16 img
Capítulo 17 img
Capítulo 18 img
Capítulo 19 img
Capítulo 20 img
img
  /  1
img

Capítulo 4

Caio estava diante dela, seu rosto uma máscara de decepção. "Por que, Alina? Por que você faria algo tão vil? Eu pensei que você fosse melhor que isso."

Sua voz era suave, tingida com uma tristeza fingida que revirava seu estômago.

"Vou ter que te punir", ele disse, seu tom mudando, tornando-se duro e frio. "Você precisa aprender que há consequências para suas ações."

Ele acenou para os guardas. "Chicoteiem-na."

A primeira chibatada foi uma linha de fogo em suas costas. Alina mordeu o lábio para não gritar, o gosto de cobre do sangue enchendo sua boca.

Os golpes caíram, um após o outro, um ritmo brutal e implacável de dor. Sua pele se abriu, seus músculos gritaram, mas ela se recusou a dar a ele a satisfação de ouvi-la chorar.

Através de uma névoa de agonia, ela o ouviu falar novamente. "Eu ainda te amo, Alina", ele disse, sua voz um murmúrio distante. "Estou fazendo isso para o seu próprio bem."

Ela conseguiu um sussurro fraco e rouco. "Eu não fiz isso."

Ele saiu sem outra palavra, deixando-a com os guardas e o chicote.

Ela pendia das correntes, seu corpo uma sinfonia de dor. Ela se lembrou de uma vez em que ele viu um pequeno arranhão em seu braço e ficou furioso, ameaçando destruir a pessoa responsável. Ele a segurou então, seu toque gentil, seus olhos cheios de um amor feroz e protetor.

Agora, era ele quem infligia a dor, um estranho frio e cruel usando o rosto do homem que ela amara.

A percepção foi uma pílula amarga, um despertar final e doloroso. Lágrimas de raiva e desespero escorreram por seu rosto. Ela nunca mais confiaria nele. Ela nunca mais o amaria. Ela apenas escaparia.

Ela deve ter desmaiado. Quando acordou, ele estava lá, sentado em um banquinho ao seu lado. Os guardas haviam sumido.

Ela tentou se mover, e um gemido escapou de seus lábios. Cada centímetro de seu corpo parecia estar em chamas.

"Me desculpe", ele disse, sua voz suave novamente. O ciclo do abuso, ela pensou. A violência, depois o arrependimento. "Eu sei que isso é difícil. Assim que Isabela tiver o bebê, as coisas voltarão ao normal. Eu prometo."

Reunindo toda a sua força, Alina se ergueu. Ela enfiou a mão no bolso de seu vestido rasgado e tirou um documento dobrado.

"Eu vou acreditar em você", ela disse, sua voz um sussurro rouco. "Se você assinar isso."

Ela desdobrou os papéis. Era um acordo de confiança, concedendo-lhe uma porção significativa de seus ativos líquidos. Uma gaiola de ouro.

"Eu preciso saber que você ainda confia em mim, Caio", ela disse. "Que eu ainda tenho um lugar na sua vida."

Ele pegou os papéis sem sequer olhar para eles. Seus olhos estavam fixos nela, cheios de uma necessidade desesperada e possessiva. Ele assinou seu nome com um floreio.

"Qualquer coisa", ele disse, sua voz embargada de emoção. "Eu te dou qualquer coisa que você quiser."

Ele a observou, um lampejo de inquietação em seus olhos. A calma dela, sua aceitação plácida, o perturbava.

Ele estendeu a mão, puxando-a para um abraço gentil, cuidadoso com suas feridas. "Você é meu passarinho", ele murmurou, acariciando seu cabelo. "Meu lindo e quebrado passarinho."

Ela o deixou abraçá-la, seu corpo passivo, sua mente a um milhão de quilômetros de distância. Ela já tinha partido.

Ela havia mentido. O documento que ele assinou não era uma confiança. Era um acordo de divórcio irrevogável e uma transferência de ativos que lhe daria a liberdade que ela ansiava.

Os dias que se seguiram foram um borrão de humilhação. Ele desfilava com Isabela na frente dela, suas risadas e gemidos ecoando pela mansão. Ele a levava aos restaurantes favoritos de Alina, à ópera, ostentando sua felicidade. Alina fechou os olhos, tapou os ouvidos e esperou.

Uma tarde, ela dirigiu até o cemitério onde seus pais estavam enterrados. Ela precisava se despedir. Enquanto estava diante de suas lápides, uma chuva fria começou a cair, colando seu vestido fino em seu corpo machucado.

Ela ouviu passos atrás dela. Era Isabela.

"Prestando suas homenagens?", Isabela perguntou, um sorriso cruel em seu rosto. "Ou apenas desejando estar aqui com eles?"

Alina a ignorou, seu coração doendo com uma dor profunda demais para palavras.

"Caio me ama, sabe", Isabela continuou, sua voz um silvo rancoroso. "Ele me disse que só está com você por pena. Você é apenas um caso de caridade patético."

"Ele me disse que está apenas brincando com você", disse Alina, sua voz plana. "Que você é apenas uma distração temporária."

O rosto de Isabela se contorceu de raiva. Ela se lançou sobre Alina, empurrando-a com força. Alina tropeçou, seus pés escorregando na grama molhada. Ela caiu para trás, sua cabeça batendo na quina afiada de uma lápide com um baque doentio.

O mundo ficou preto.

                         

COPYRIGHT(©) 2022