Capítulo 3 Punição

Nyla's POV:

Enquanto eu estava perdida sem saber o que fazer, um cobertor aconchegante e macio me envolveu.

Vi uma pessoa se colocar diante de mim e intimidar os servos que estavam me ridicularizando e assediando.

Era minha mãe!

Ao vê-la, senti vontade de chorar novamente.

Os servos nos fitaram com ressentimento até que suas expressões mudaram repentinamente, e eles desviaram o olhar para trás de nós. Girei para ver que Robbin e Alyssa tinham voltado.

Robbin nos olhou com uma expressão impassível e disse em um tom frio: "Deixem a Alcateia da Lua Negra. Daqui em diante, vocês estão destituídas do status de lobisomem nesta alcateia."

Ele queria nos expulsar da Alcateia da Lua Negra!

Eu não podia acreditar. "Mas, por quê?"

Alyssa expressou seu desdém com um sorriso sarcástico e retrucou: "Que audácia perguntar por quê! Se não tivesse mexido na bebida de Killian, como teria conseguido se aproximar e seduzi-lo? Você armou uma cilada para o futuro Alfa. Considere-se sortuda por não estarmos executando você imediatamente!"

Fiquei chocada. Havia algo errado com o vinho? No entanto, eu não mexi nele de jeito nenhum!

Fiquei agitada e protestei em voz alta: "Eu não tenho conhecimento disso! Eu não fiz isso!"

No entanto, nenhum deles acreditou em mim, e apenas me olharam com desprezo.

Não, eu não era a culpada. Killian agiu por conta própria! Foi ele! Ele me violentou! Por que minha mãe e eu deveríamos ser punidas por isso?

"Eu quero ver Killian! Deixem eu falar com ele!" Pedi para confrontar Killian.

No entanto, Alyssa não me deu a oportunidade. Ela me olhou com desdém e anunciou: "Killian não tem desejo de se encontrar com você. Pare com esse discurso absurdo. Guardas, joguem-nas fora!"

Em pouco tempo, um grupo de servos corpulentos nos cercou.

Instintivamente, saltei para proteger minha mãe, temendo por sua segurança. No entanto, éramos impotentes contra eles. Eles nos capturaram e nos expulsaram da alcateia à força.

Nossos pertences tiveram o mesmo destino que nós e foram jogados fora de forma desrespeitosa.

Tirei um conjunto de roupas e as vesti desajeitadamente. Minha mãe me olhou com uma expressão triste e me ajudou com o casaco.

De repente, ela levou a mão ao peito e arfou por ar.

Rapidamente me aproximei dela e a abracei, perguntando ansiosamente: "Mãe? Você está bem?"

Ela permaneceu sem resposta. Seus olhos se fecharam, e ela perdeu a consciência.

Eu estava apavorada. Coloquei-a nas minhas costas e corri para o hospital com todas as minhas forças.

Eu não podia perdê-la!

*

"Um ataque cardíaco repentino?"

No quarto, olhei para o médico desesperadamente e confirmei a condição da minha mãe com ele mais uma vez.

O médico assentiu e respondeu: "A condição dela é crítica. Ela precisa de uma cirurgia imediatamente. Por favor, faça os pagamentos necessários prontamente."

Infelizmente, eu não tinha dinheiro em mãos.

Suplicante, pedi a ele: "Há alguma maneira de realizar a cirurgia antes do pagamento? Eu pagarei assim que conseguir o dinheiro."

O médico me olhou rapidamente e respondeu impacientemente: "Não posso fazer uma exceção para uma pária. É melhor você se apressar em conseguir os fundos."

Sem qualquer hesitação, ele saiu do quarto.

O que eu deveria fazer?

Enquanto olhava para minha mãe deitada na cama, me obriguei a manter a calma apesar da minha angústia.

Tornar-me uma pária significava que eu não era mais membro de uma alcateia de lobisomens e havia perdido a proteção e o apoio da alcateia. Era uma situação difícil para mim, pois não tinha recursos a que recorrer.

Parecia que as probabilidades estavam contra mim desde que eu era criança, e eu não tinha para onde ir. No entanto, eu me recusava a desistir da minha mãe. Sabia que tinha que encontrar uma maneira de salvá-la, não importa o que fosse necessário.

Talvez eu pudesse recorrer a Raylan.

Pelo bem da minha mãe, estava disposta a tentar pedir a ajuda de Raylan, embora não tivesse certeza se ele estaria disposto a me ajudar.

Sob o manto da escuridão, fiz meu caminho de volta para a casa do líder. Meu coração batia forte no peito. Era um movimento incrivelmente arriscado, já que qualquer outro lobisomem que me visse não hesitaria em me atacar.

Peguei uma pequena pedra e a joguei na janela de Raylan, esperando que ele ouvisse e viesse em meu auxílio.

Enquanto esperava ansiosamente, notei uma luz se acendendo em um quarto diferente.

Era o quarto de Killian!

Recuei com medo, mas fui lenta demais para escapar antes que Killian me notasse.

Ele surgiu rapidamente e perguntou em um tom baixo: "Como ousa voltar?"

Tremendo de medo, permaneci em silêncio. O olhar de Killian se moveu para o quarto ao lado. Com um sorriso sarcástico, ele perguntou: "Você está aqui por Raylan? Espera que ele se interesse por uma humilde empregada como você? Está sonhando em se tornar sua parceira de vida?"

Eu não sabia o que Killian estava tentando dizer.

Não tinha intenção de me tornar parceira de vida de Raylan; tudo o que precisava era de sua ajuda.

Perguntava-me por que Killian diria algo assim quando ele deveria ser meu companheiro.

Embora confusa, não tinha tempo para ponderar essas questões. Minha maior preocupação no momento era a condição da minha mãe, e eu precisava de dinheiro para salvá-la. Já tinha sido expulsa da alcateia, e voltar tinha sido um movimento arriscado. Agora que tinha sido pega por Killian, sabia que não teria outra oportunidade de voltar.

O homem à minha frente parecia tão frio e inflexível. Sabia que ele não me deixaria ver Raylan.

Eu não tinha outra opção a não ser me ajoelhar.