Paixão Indomável: O CEO IRRESISTÍVEL
img img Paixão Indomável: O CEO IRRESISTÍVEL img Capítulo 5 Proposta
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Capítulo 6 Você ainda tem cinco dias img
Capítulo 7 Estou aqui para ver o Sr. Zhang img
Capítulo 8 Termos e Condições img
Capítulo 9 A aparição pública do Sr. Zhang img
Capítulo 10 Eu os declaro marido e mulher img
Capítulo 11 Rose's e Ressaca img
Capítulo 12 Débitos e chás de cadeiras img
Capítulo 13 Entre Dívidas e Desejos img
Capítulo 14 Quitações img
Capítulo 15 A ajuda de Rupert img
Capítulo 16 O quarto da noiva img
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Capítulo 5 Proposta

Helena se apoiava no balcão da loja quando o relógio marcou 18h. Estava exausta.

As pernas doíam, os tornozelos estavam inchados, e a nova variz descoberta naquela manhã latejava com incômodo. Era mais um lembrete cruel de que seu corpo estava no limite.

A alimentação era um desastre - café, Red Bull sem açúcar, macarrão instantâneo e pão com presunto. Nutrição real? Já não lembrava o sabor.

O movimento do dia fora péssimo. A loja, que um dia já fora o orgulho da família, agora sobrevivia à base de teimosia.

Seis dias. Era tudo o que restava para evitar o colapso completo. A notificação do governo não deixava dúvidas: ou pagava, ou perdia tudo.

Sua irmã mais velha, Anna, com um recém-nascido nos braços, havia mandado mensagem perguntando se estava tudo bem.

Helena respondeu que sim.

Uma mentira gentil.

Contar a verdade significava vê-la largar tudo e correr para ajudar - e Helena se recusava a ser mais um peso.

Bocejou.

A noite anterior fora um turbilhão de pensamentos, todos girando ao redor de Joseph Zhang.

Sabia tudo o que era público sobre ele: CEO de um império industrial, 33 anos, entre os homens mais ricos do País Z.

E sabia o que poucos sabiam: ele quase fora morto em uma conspiração silenciosa - e ela havia impedido.

Foi a única a notar a sabotagem na medicação.

E depois... sumiu.

Salvou sua vida. Perdeu a própria.

E agora, ele havia voltado.

Ainda estava digerindo isso quando a porta da loja se abriu com um tilintar suave.

- Boa noite, cliente. Posso ajudar? - disse automaticamente, sem nem erguer os olhos.

Mas quando olhou, a palavra morreu em sua garganta.

Era ele.

Joseph Zhang, de novo.

De pé, impecável, com aquele terno sob medida e o olhar calmo que disfarçava um mar revolto por trás.

- Creio que sim. - disse ele, com um meio sorriso. A voz era grave, serena, mas havia tensão ali.

Eles se encararam por longos segundos.

Os dedos de Helena fecharam-se automaticamente sobre a pequena faca que usava para cortar embalagens. O gesto era mais instintivo do que ameaçador, mas ela estava tensa.

Joseph ergueu levemente as mãos.

- Eu não represento perigo. - disse com calma.

- Isso sou eu quem decido. - respondeu ela, seca.

Ele desviou o olhar e caminhou até uma das prateleiras. Fingiu examinar os bombons, mas a observava pelo reflexo do vidro.

Ser encarado com hostilidade numa loja de chocolates... ironia pura.

- Sei da sua situação. - começou ele. - Sei que você tem seis dias para levantar uma quantia impagável. E que isso é só o começo.

Ela não respondeu. Apenas o observava.

- Tenho uma proposta. - disse ele, virando-se. - Case-se comigo e eu pago todas as suas dívidas.

Helena piscou, como se não tivesse entendido.

Depois soltou uma risada seca.

- Você está brincando.

- Falo sério. Um casamento de conveniência. Com contrato, prazos e cláusulas claras. Sem expectativas sentimentais.

Ela recuou um passo.

- Você invadiu minha loja pra me pedir em casamento?

- Invadir é uma palavra forte.

- É exatamente o que você fez.

- Estou tentando te oferecer uma saída. Você está encurralada, Helena. E eu também.

- Você não sabe nada sobre mim. - disse, a raiva crescendo na voz.

- Sei que você salvou minha vida. E que está prestes a perder a sua. Eu só estou oferecendo um caminho.

Ela largou a faca sobre o balcão e cruzou os braços.

- E o que você ganha com isso?

- Acesso à verdade. A chance de entender o que realmente aconteceu comigo no hospital. Você é a única que sabe. E além disso... - ele hesitou - eu preciso estar casado. Por razões políticas, pessoais e estratégicas.

- E não tem nenhuma modelo disponível pra isso?

- Tenho muitas opções. Mas só confio em você.

Ela arqueou as sobrancelhas.

- Você confia em mim?

- Você salvou minha vida. E não pediu nada em troca. Isso é raro, Helena.

Ela respirou fundo, sem saber o que dizer.

A proposta era absurda... mas a tentação de respirar alívio era real.

- E se eu disser sim... você some depois? Me abandona com tudo isso em cima?

- O contrato será claro. Você terá proteção jurídica. E, ao final, liberdade total. Nada emocional. Apenas... mútuo benefício.

Helena hesitou.

Joseph viu o conflito nos olhos dela.

- Me desculpe. - ela disse, por fim. - Mas isso... isso parece um novo tipo de prisão.

Joseph tirou um cartão do bolso e o pousou sobre o balcão com firmeza.

- Você tem 24 horas. Depois disso, talvez não haja mais saída.

Ela não se moveu. Apenas o observou sair.

Joseph cruzou a calçada. Estacionado à sua espera, discreto e letal, estava o Bugatti La Voiture Noire - preto como breu, com curvas futuristas e elegância feroz.

Adrian já o aguardava ao volante. Abriu a porta com precisão.

Joseph entrou no carro em silêncio.

O interior era silencioso e luxuoso: couro preto, alumínio escovado, madeira polida. Minimalista, moderno, impecável.

- Você demorou. Como foi? - perguntou Adrian, ligando o motor.

- Eu... não sei. Ela ficou hesitante.

- Você foi direto?

- Disse tudo. Falei que posso resolver a vida dela. Quitar dívidas. Salvar a loja, a fábrica. Colocar advogados à disposição. Dar tranquilidade, proteção. - Joseph passou a mão no rosto. - E em troca, só quero a verdade. E uma assinatura.

Adrian olhou brevemente pelo espelho retrovisor.

- Cê percebe que isso soa como uma proposta de vilão, né?

Joseph sorriu, exausto.

- Talvez. Mas é tudo que tenho agora.

- E se ela disser não?

- Ela não pode.

- Você sabe que ela pode. Aliás, com aquela cara, ela provavelmente vai.

Joseph encarou o teto com as pequenas luzes do forro.

- Espero que ela seja mais racional do que parece.

Adrian soltou um longo "hmmm".

- Quer uma cerveja? Hoje é por minha conta.

Joseph olhou de lado, surpreso.

- Você pagando?

- Se você acabou de propor casamento a uma mulher que quase te cortou com uma faca... sim, você merece.

Joseph riu.

O La Voiture Noire desapareceu entre as luzes da cidade, deixando para trás mais do que uma proposta: deixava Helena com um dilema.

                         

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