Segredos no Palácio
img img Segredos no Palácio img Capítulo 2 O plano nas sombras
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Capítulo 6 O jogo dos convites img
Capítulo 7 O retrato de Ester img
Capítulo 8 A entrada de Ester img
Capítulo 9 O dossiê incompleto img
Capítulo 10 O primeiro contato img
Capítulo 11 A conversa reservada img
Capítulo 12 Sob as luzes do salão img
Capítulo 13 Fora do salão img
Capítulo 14 O primeiro convite img
Capítulo 15 Galanteios e olhares img
Capítulo 16 O passeio reservado img
Capítulo 17 Orientações e dúvidas img
Capítulo 18 O encanto público img
Capítulo 19 Laços em formação img
Capítulo 20 A conspiração img
Capítulo 21 Sombras no Palácio img
Capítulo 22 O homem dos projetos img
Capítulo 23 Entre dois mundos img
Capítulo 24 Vidas que se unem img
Capítulo 25 Convite em pauta img
Capítulo 26 Vozes da comunidade img
Capítulo 27 O evento img
Capítulo 28 Uma noite inquieta img
Capítulo 29 Ecos do evento img
Capítulo 30 A armadilha img
Capítulo 31 Contra ofensiva img
Capítulo 32 Petulância cega img
Capítulo 33 O reconhecimento img
Capítulo 34 Mais um passo rumo à verdade img
Capítulo 35 A verdade revelada img
Capítulo 36 Novos rumos img
Capítulo 37 A queda do Falcão img
Capítulo 38 A força das comunidades img
Capítulo 39 Entre o poder e o amor img
Capítulo 40 O amor nos holofotes img
Capítulo 41 Os preparativos img
Capítulo 42 O casamento img
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Capítulo 2 O plano nas sombras

A notícia da recusa de Vitória naquela noite correu como fogo em palha seca. Em menos de vinte e quatro horas, os colunistas sociais já estampavam manchetes sobre a "humilhação" do governador em plena festa. As imagens, captadas por celulares de convidados, circulavam em grupos fechados de WhatsApp e chegavam aos estúdios de televisão.

No gabinete reservado do Palácio, Henrique Valença reunia-se com seus homens de confiança. Entre eles estava Heitor Andrade, empresário e conselheiro não-oficial, dono de uma rede de comunicação capaz de fabricar ou destruir reputações.

- Isso não pode ficar assim - disse Henrique, caminhando de um lado para o outro. - Uma afronta pública, em frente a todos... preciso de uma resposta imediata.

Heitor, sentado confortavelmente, mexia no relógio de ouro.

- O senhor não precisa se preocupar. A opinião pública é maleável. Basta direcionarmos a narrativa certa.

- E qual seria? - retrucou Henrique, irritado.

Heitor abriu um leve sorriso.

- Simples: Vitória não será a esposa traída pela sua vaidade. Ela será a mulher instável, desequilibrada, incapaz de cumprir o papel de primeira-dama. A sociedade prefere um líder firme a uma esposa rebelde. Nós apenas vamos entregar o que querem ver.

O plano foi traçado em detalhes:

1. Vazamento seletivo de informações falsas sobre supostas crises emocionais de Vitória.

2. Entrevistas ensaiadas com colunistas aliados, destacando "a dor silenciosa de Henrique" e a "dificuldade de manter o casamento".

3. Fotos cuidadosamente escolhidas, exibindo o governador em atividades públicas, sorridente, enquanto Vitória era retratada com semblante sério, como se fosse fria e distante.

Em poucos dias, a imagem estava invertida. Vitória, antes admirada por sua elegância, começou a ser vista como ingrata e arrogante. Henrique, por sua vez, aparecia como vítima de uma esposa incontrolável.

Do lado de fora, Mateus Duarte, o jornalista, acompanhava cada movimento com crescente desconfiança. Sabia reconhecer quando uma narrativa era fabricada - e aquela tinha todos os sinais de manipulação.

Enquanto anotava suas impressões, pensou: Vitória está prestes a ser silenciada, não apenas dentro de casa, mas na história oficial da cidade. E quando o poder decide apagar alguém, raramente o faz sem deixar rastros.

            
            

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