NA MIRA DO MEU CHEFE
img img NA MIRA DO MEU CHEFE img Capítulo 5 Five
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Capítulo 5 Five

A equipe percorreu o terreno proposto para a construção do centro de convenções. As dificuldades eram visíveis: um lago malcuidado ocupava parte da área, havia um lixão nos arredores e os custos estruturais seriam altíssimos por conta da proximidade com a água. Tudo indicava que o local não era o ideal.

Heitor reuniu todos e, com sua voz firme, deu a ordem:

- Trabalhem os custos e estejam prontos para a reunião às quatro da tarde.

Mais tarde, a sala de reuniões estava silenciosa quando Augusto Ribeiro entrou.

- O Sr. Vasconcellos vai se atrasar, mas se unirá a nós mais tarde.

O clima aliviou, e os debates começaram. Julietta, dedicada, rabiscava números sem parar. Montou um esboço de orçamento e o entregou a Ribeiro, buscando aprovação. Mas o olhar dele a fez estremecer.

- Julietta... você acha que isso é o melhor que pode apresentar? - a voz dele era calma, mas carregada de crítica. - Sinto dizer que não. E garanto: o Sr. Vasconcellos também não ficará satisfeito.

O choque estampou-se no rosto dela. Ribeiro continuou, mais sério:

- Trabalhando ao lado de Heitor por tantos anos, aprendi uma coisa: ele sempre escolhe a pessoa certa para cada tarefa. Se ele confiou a você essa proposta, é porque enxerga um potencial que você ainda não descobriu. Agora, quanto a esse projeto... pense além das barreiras. O nome "Vasconcellos" estará nesse edital. Entenda a responsabilidade que carrega.

Julietta abaixou os olhos, sentindo o peso de cada palavra.

- Acredite - acrescentou Ribeiro -, quando lhe entregou o arquivo, Heitor já tinha os custos calculados em sua mente. Cabe a você superá-los. Volte ao trabalho e traga o melhor que puder. O Sr. Vasconcellos reagendou a reunião para amanhã, após o almoço. Troquem contatos e trabalhem como equipe. Este projeto é estratégico. Nosso CEO foi recentemente nomeado "Bilionário Jovem Mais Influente" e pode ser indicado ao cargo de embaixador da juventude, para incentivar startups no país. Isso trará prestígio a ele e à empresa. Façam jus à confiança que ele deposita em nós.

Ribeiro conhecia como ninguém a cultura da Vértice Global e sabia usar as palavras certas para motivar a equipe.

***

Julietta passou a noite debruçada sobre os cálculos com Rita e Theo. O engenheiro estrutural Paulo, jovem, entusiasmado e com domínio técnico, também se juntou ao grupo. Ele trouxe clareza às soluções e logo conquistou a confiança de Julietta, que sentiu nele um parceiro acessível e com energia positiva.

Na manhã seguinte, já na sala de conferências, Julietta ajeitou seus papéis. O coração batia acelerado, mas ela estava mais confiante de que Ribeiro aprovaria, desta vez, suas ideias. Expôs suas propostas diante dele.

Mas antes que o executivo reagisse, a porta se abriu e Heitor Vasconcellos entrou.

O ambiente gelou em um instante. Todos se endireitaram nas cadeiras. Do alto da mesa, ele percorreu cada rosto com olhar penetrante, até soltar um leve sorriso - apenas o suficiente para quebrar a tensão sufocante que dominava a sala.

- Então, como ficou a proposta? Srta. Sampaio, está pronta? - A voz de Heitor soou firme, implacável.

- Sim, senhor. - Julietta deslizou o arquivo sobre a mesa.

Ele folheou o documento em silêncio por alguns minutos. Então, fechou-o com um estrondo seco que fez todos se sobressaltarem. O som ecoou pela sala como um raio. Julietta sentiu o sangue sumir do rosto.

- Novecentos e cinquenta milhões para este projeto? - A voz dele carregava incredulidade. - Os números estão altos demais.

Virou-se para Paulo:

- Quanto custou o Marina Bay Sands, em Singapura?

- Aproximadamente 5,7 bilhões, senhor.

- E o World Trade Center? O Burj Khalifa?

- 3,9 bilhões e 1,5 bilhão, respectivamente.

Heitor apoiou as mãos sobre a mesa, os olhos faiscando.

- Então vamos comparar. Entendam a magnitude dessas construções e seus propósitos.

Durante uma hora inteira, ele guiou o grupo em análises intensas. Ao final, todos compreendiam melhor a visão e as expectativas de Heitor Vasconcellos.

- Este é apenas um centro de convenções - disse ele, pausado. - Mas, com o espaço limitado, transformaremos em um marco, um ponto que atraia atenção global. Agora me digam: que adições podemos incluir para torná-lo um lugar único?

Julietta respirou fundo e arriscou:

- Senhor, o lago malcuidado é um problema... mas também pode ser a solução. Podemos transformá-lo em um espaço recreativo: show de luzes, passeios de barco para crianças, caiaque, flyboard... atividades que atraiam famílias.

- Podemos acrescentar um complexo comercial, áreas de jogos - sugeriu Andréia, da arquitetura.

- Para ser mundialmente relevante, - acrescentou Paulo, - o centro deve acolher visitantes de todo o planeta. Podemos incluir um espaço cultural para celebrar a arte local, festivais e museus.

- Gastronomia internacional também é essencial - completou. - A comida é uma das maiores atrações.

Julietta voltou a falar, empolgada:

- Poderíamos criar um Centro de Caridade, um palco aberto para artistas de rua - música, dança, mágica - com a renda dividida entre eles e instituições beneficentes. Seria um espaço vivo, inclusivo, que traria público espontâneo.

Augusto Ribeiro sorriu, orgulhoso, diante da ousadia dela.

A sessão de brainstorming ganhou força, e Heitor observava em silêncio, satisfeito por ter provocado aquele ambiente criativo. Lançou um sorriso discreto a Ribeiro, que captou sua aprovação.

- Muito bem. As ideias são excelentes. Agora... incluam todas no orçamento já apresentado.

- O quê?! - o grupo reagiu em uníssono.

Julietta ficou boquiaberta.

- Senhor... isso é impossível.

Paulo tentou intervir:

- Talvez possamos adquirir o terreno do lixão e das terras baldias ao lado. Assim, teríamos espaço para essas novas estruturas. Mas, naturalmente, os custos disparariam.

Heitor virou-se novamente para Julietta, incisivo:

- Srta. Sampaio, você calculou tudo com base nos preços de mercado. Mas este é um projeto governamental. Teremos subsídios. Reduza os custos em dez por cento.

Julietta engoliu em seco.

- Está bem, senhor.

- E mais... corte a margem de lucro. De quinze, para quatro por cento.

- O quê?! - ela não conseguiu conter a incredulidade. - Isso não faz sentido!

O canto da boca dele se ergueu num sorriso calculado.

- Como já disse: é um projeto governamental. Teremos concessões, benefícios fiscais, taxas de royalties. Não trabalharemos de graça, Srta. Sampaio. - Pausou, cravando o olhar nela. - Mas trabalharemos com inteligência.

                         

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