O Dia do Casamento Dele, A Vingança Perfeita Dela
img img O Dia do Casamento Dele, A Vingança Perfeita Dela img Capítulo 3
3
Capítulo 5 img
Capítulo 6 img
Capítulo 7 img
Capítulo 8 img
Capítulo 9 img
Capítulo 10 img
Capítulo 11 img
img
  /  1
img

Capítulo 3

Caio não voltou para a cobertura por duas semanas.

Quando ele finalmente reapareceu, foi na capa de todas as revistas e tabloides da cidade.

Ele e Kaila foram fotografados em todos os lugares: na primeira fila da semana de moda, de férias em um iate em St. Barts, se beijando sob a Torre Eiffel.

Eles eram o novo casal de ouro de São Paulo.

Em entrevistas, Caio falava com entusiasmo de Kaila. Ele a chamava de sua salvadora, a mulher que o tirou de uma espiral sombria e tóxica. Ele nunca mencionou Glória pelo nome, mas a implicação era clara.

Glória assistiu a tudo de sua cobertura, uma observadora silenciosa em sua fortaleza nas alturas.

"Ele está ficando arrogante", observou Marcos, colocando um tablet com as últimas manchetes em sua mesa. "Ele acha que você está derrotada."

Glória não disse nada.

Para o mundo exterior, ela manteve sua fachada poderosa e imperturbável. Ela participou de reuniões de conselho, fechou negócios bilionários e organizou jantares para arrecadação de fundos políticos.

Ninguém sabia que ela e Caio eram casados. Era um segredo que eles guardaram por oito anos.

Ela se lembrou da noite em que ele veio até ela, seu fundo de investimento à beira do colapso após uma aposta desastrosa em uma empresa de biotecnologia. Ele estava arruinado.

Ele se ajoelhou diante dela, assim como havia feito no beco todos aqueles anos atrás.

"Me ajude, Glória", ele implorou. "Eu faço qualquer coisa."

Ela olhou para o homem que havia criado, o homem que amava, e viu sua chance de prendê-lo a ela para sempre.

"Case-se comigo", disse ela.

Não foi um pedido. Foi um termo do acordo. Ela o resgataria, o tornaria mais poderoso do que nunca e, em troca, ele seria dela. Completamente.

Ele hesitou por apenas um momento.

"Com uma condição", disse ele, seu orgulho ainda intacto mesmo em seu desespero. "Manteremos isso em segredo. Minha carreira... minha reputação... não posso ser visto como o Sr. Franco."

Ela soube então o que ele era. Ele queria o poder dela, mas não o nome dela. Ele queria os benefícios de seu império sem a vergonha percebida de ser seu consorte.

Ela havia concordado. Era um preço pequeno a pagar pela posse.

Eles construíram um império juntos, uma parceria silenciosa que dominava o mundo financeiro. Ele era o rosto carismático; ela era a mente implacável.

Agora, essa parceria era uma guerra.

O leilão de caridade foi realizado no MASP, um evento brilhante para a elite da cidade.

Glória sentou-se à sua mesa, entediada com o desfile de arte e joias superfaturadas.

Então, o item final foi trazido ao palco.

Era um colar. Uma peça delicada e vintage da Cartier com uma enorme esmeralda colombiana.

Pertenceu à sua mãe. Era a última peça do legado de sua família, perdida depois que o negócio de seu pai faliu décadas atrás. Ela o procurava há anos.

Glória levantou sua placa sem hesitar.

"Cinco milhões de reais", anunciou o leiloeiro.

"Seis milhões", uma voz gritou do outro lado da sala.

Era Kaila. Ela estava sentada ao lado de Caio, agitando sua placa com um sorriso triunfante.

Caio encontrou o olhar de Glória e deu-lhe um pequeno sorriso condescendente. Ele sussurrou algo no ouvido de Kaila, e ela riu.

Glória sinalizou para Marcos. Ele levantou a placa novamente.

"Dez milhões."

"Quinze", Kaila rebateu imediatamente.

A guerra de lances escalou rapidamente. A multidão assistia em silêncio atônito enquanto os números subiam a uma altura absurda.

"Trinta milhões", Marcos ofereceu, sob instrução de Glória.

Caio se levantou.

"Cinquenta milhões", ele anunciou, sua voz ecoando pelo salão silencioso. "E pagaremos em dinheiro."

Um suspiro percorreu a sala.

Marcos se inclinou para Glória. "Ele não tem esse tipo de capital líquido", ele sussurrou. "Não capital limpo, de qualquer maneira."

Glória sorriu levemente.

"Ah, eu sei", disse ela, sua voz um murmúrio suave. "É do cartel Villalobos. Ele tem lavado o dinheiro deles através de seu fundo no último ano."

Ela sabia disso há meses. Ela até facilitou a conexão inicial, uma bomba-relógio escondida que ela havia plantado no coração de suas operações.

Ela se levantou, seus movimentos graciosos e sem pressa.

Ela alisou seu vestido e saiu da casa de leilões sem olhar para trás.

Marcos a seguiu até o carro que esperava.

"O colar, Sra. Franco?", ele perguntou enquanto segurava a porta para ela.

"Objetos são apenas objetos, Marcos", disse ela, acomodando-se no assento de couro macio. "Eles podem ser comprados, vendidos ou perdidos. Seu único valor verdadeiro é o que alguém está disposto a pagar por eles."

Ela olhou pela janela enquanto o carro se afastava do meio-fio.

"E esta noite", ela acrescentou, um sorriso frio tocando seus lábios, "Caio acabou de pagar muito mais do que ele poderia imaginar."

            
            

COPYRIGHT(©) 2022