Capítulo 6 Seis

JASON

Não acredito que consegui comer a Andy. Eu sou demais.

- Rápido, Jason! Eu tô apertada! - minha irmã grita do lado de fora do banheiro.

- Já vou, chata! - saio do banheiro e ela entra toda apressada. Todo dia é assim, ela não me deixa um minuto a mais dentro do banheiro que já tá gritando. Ainda que eu tenho muita mulher e não preciso ficar batendo uma no banheiro.

Eu tenho um plano quanto aos meus esquemas: Primeiro vou encontrar com a Stefany. Porque é tardezinha e com ela as coisas são mais rápidas. Depois, à noite vou encontrar a Brittany. Porque é só pose pra o pessoal do colégio. Ela é a única que todos sabem que eu fico. Das meninas que fico só a Claire que sabe. Mas ela não liga. Por isso eu vou encontrar ela por último. Pra fechar a noite com chave de ouro.

Me arrumo como sempre e saio de casa. Tô bonitão e bem cheiroso. Mas vou colocar meu perfume no carro, vou precisar retocar algumas vezes. Olho no meu celular e a Stefany já mandou mensagem que tá me esperando. Lá vou eu. Ela deve estar na casa dos avós. Ela mora com eles e estuda na Universidade da cidade.

Já é tardezinha quando entro no meu carro. O pessoal tá começando a chegar do trabalho. O vizinho do lado direito já chegou todo empolgado. Ele e sua mulher são eternos namorados. Do lado esquerdo tem uma garota sentada na calçada de cabeça baixa. Pera, é a Nikole?! Saio de dentro do carro pra conferir.

- Nikole? - pergunto andando naquela direção. Ela mexe no rosto e olha pra mim sorrindo.

- Sou eu. - fala com grandiosidade e se levanta.

- Meu amor! Você voltou! - abro os braços pra abraçá-la e ela vem em minha direção.

- Voltei. Eu vi que não poderia viver sem você. - diz com sarcasmo e me abraça. - Tem alguma de suas 553 namoradas aqui por perto? Não quero que elas tenham ciúmes.

Sempre a Nikole.

- Não. Não são 553. - nos soltamos rindo. - Porque você voltou?

- Ah... - coçou a nuca. - É que eu vou tirar um tempo de folga. O último período foi dureza. Eu preciso esfriar a cabeça.

É estranho. Ela odeia esse lugar.

- Humm. E como é lá? Na Universidade.

- Você vai gostar de lá. - respondeu sorrindo. - Como vai a banda?

- Indo. A gente tá montando uma agenda. Vamos tocar em alguns barzinhos. - sorrio e ela assente admirada.

- Que bom. Um dia vou ouvir o nome Jason no Grammy.

- Não me faz sonhar mais alto. - rio.

- Vai pra onde assim cheiroso?

- Você sabe né, dos meus esquemas. - explico e ela assente.

- Muito bem. Mas não se apaixonou por nenhuma delas ainda? - me encara curiosa.

- Não. Você me ensinou que não podia se apaixonar. Lembra?

- Sim... Mas acontece. - lamenta.

- Elas não fazem meu tipo. São só interesses diferentes. Físicos.

- Humm, entendi. Então continue assim. Melhor do que quebrar a cara. - incentiva de olho no celular que toda hora toca. - Então, vai logo para os seus encontros. Eu vou resolver meus problemas.

- Depois a gente se vê? Você vai na minha casa como sempre? Sinto falta de você, Nick. - me afasto com uma feição triste.

- Idiota. Vou. Mas não hoje. Um dia eu apareço. - mostrou o dedo do meio e entrou dentro de casa.

- Tchau, meu amor!!! - grito e os vizinhos dão risada.

- Tchau, amor da minha vida! - gritou sarcástica.

Essa garota me faz raiva, mas a gente se dá bem. Eu não sei explicar como é. Acho que parecemos irmãos. É isso.

Eu e a Nikole crescemos juntos. Só que ela é mais velha que eu um ano. Ela me ensinou tudo o que eu sei. Ela é doida. Sabe enrolar os caras direitinho. E se eu sou um fuckboy, ela é com certeza é uma fuckgirl.

[...]

- Quer um baseado? - Stephany acende um.

- Não, obrigado. Não fumo. - reclino um pouco o meu banco do carro.

- Dizem que é bom pra voz. Não viu a do Justin Bieber?

- Acho que a minha voz tá boa assim.

- Humm. Chato. - ela tragou e soltou uma fumaceira perto de mim.

O que eu vim fazer aqui? Assistir a ela fumando.

- Sim. Maior chatiçe. - coloco meus braços acima da cabeça e fecho meus olhos tentando respirar ainda. Eu devia estar em casa. Jantando.

Sinto suas mãos na braguilha da minha calça. Abro meu olho e ela tá desabotoando e abrindo o zíper da minha roupa. Ela meteu a mão dentro da minha cueca e olhou pra mim de lá de baixo sorrindo enquanto puxava meu (vou ser educado) órgão. Dou um sorriso safado e ela bate uma antes de arrastar a pele pra baixo e abocanhar tudo. Fechei meus olhos de olho e dei um suspiro.

É, parece que vai valer a pena vir até aqui.

            
            

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