Fetiche & Contrato
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Capítulo 3 3

Já estava anoitecendo, e ainda faltava o quintal e o quarto dos fundos, perto da piscina. Rayra estava exausta, descabelada e suada, sentindo-se suja e cansada. Ela passou pela cozinha e foi para a lavanderia, e Victor, que estava descendo as escadas, a observou nitidamente cansada.

Ele a seguiu:

- Rayra? Tudo bem para você se terminar amanhã?

Rayra estava lavando os panos de chão e respondeu sem nem olhar para ele:

- Tem algumas coisas que não entram na faxina, sabe? Mas eu faço. Pode só pagar mais uma diária. Amanhã eu volto e termino tudo.

Victor disse que gostou muito do trabalho dela e que queria a ajuda dela com a organização da festa em si. Rayra, de repente, sorriu.

- Que bom, eu fico contente. Então vou indo embora. Pode pagar tudo amanhã.

Ele quis pagar o que foi combinado, o valor por três faxineiras, e mandou cinquenta reais a mais, dizendo que era para ela ir de Uber. Rayra explicou sobre valores, pedindo para ele só falar direto com ela pelo seu número pessoal, para que as colegas não ficassem incomodadas com ela fazendo o trabalho de duas ou três pessoas.

Ela comentou, desconcertada, que estava precisando de dinheiro e por isso não se importava de estender as tarefas, diferente das colegas, que seguiam as regras.

Victor, de pé, olhava para Rayra com uma curiosidade crescente. Um sorriso exultante se formou em seu rosto.

- Eu entendo. E valorizo muito isso. E se você vier me ajudar depois da festa? Não quero te prejudicar na agência. Não sei como funciona.

Rayra o interrompeu de imediato, com um brilho nos olhos.

- Não vai me prejudicar. A gente tem uma certa liberdade. Eu venho, é só agendar.

Victor assentiu.

- Vamos conversando melhor. E eu vou pagar as refeições e a condução.

Rayra ficou visivelmente ansiosa e animada. Ela pegou a mochila, e Victor a acompanhou até a porta, agradecendo pelo dia.

- Até amanhã. - ele disse sorridente.

Ambos, simpáticos e educados, tiveram uma boa impressão um do outro. Victor, que sabia que ela o havia visto nu, achou a situação engraçada. Rayra, por sua vez, foi embora cheia de esperanças, sentindo que, finalmente, teria a chance de colocar sua vida em ordem.

Rayra foi embora andando para economizar e comprou algumas coisas no mercado. Em casa, antes de dormir, ficou olhando as redes sociais de Victor. Não o seguiu nem curtiu nada, mas percebeu que, além de rico, ele era popular e cheio de amigos.

No dia seguinte, ela foi cedinho, arrumada como gostava: cabelo solto, volumoso e cacheado, pele sedosa com filtro solar e um batom rosa-fúcsia escuro. Ela vestia um vestido florido e delicado de alças, com a intenção de se trocar lá. Quando tocou o interfone, Victor a olhou pela câmera e liberou a entrada, sem perder uma ligação no celular. Ele a observou, achando-a mais sensual de cabelo solto e muito bonita com aquele vestido.

Rayra entrou com a mochila nas costas, exalando um perfume diferente, mais doce. Victor acenou do corredor e fez um sinal para ela entrar. Ela foi se trocar no banheiro da lavanderia, colocando uma calça legging estampada verde e pink e a camiseta do trabalho, e prendeu o cabelo em um coque despojado. Em seguida, foi para a cozinha e começou a lavar a louça.

Victor entrou, sorridente. Ele estava mais vestido dessa vez, com shorts e camiseta de academia.

- Você chegou mais cedo. - ele disse.

Rayra sorriu.

- Um pouco. Quer que eu faça o seu café da manhã?

Victor sorriu, intrigado com a oferta.

- Ah, seria ótimo. Eu sinto muita falta de comer comida caseira, normal, dentro de casa. Hoje vai ser muito corrido.

Rayra apenas sorriu, pediu licença para abrir a geladeira e os armários, e começou a preparar o café da manhã. Em pouco tempo, ela serviu uma crepioca com frango e queijo, acompanhada de um suco de laranja com açaí, foi arrumando tudo no balcão com o máximo de zelo.

Ela foi até o quintal, onde Victor estava supervisionando a equipe que montava a decoração.

- O café está pronto. Espero que goste - ela disse.

- Vou começar por aqui e, por último, o seu quarto. Pode ser?

Ele sorriu, assentiu e agradeceu, indo comer. Rayra começou a limpar as janelas e portas, observando uma equipe inteira montar uma estrutura complexa com palco, mesa de DJ, luzes e tendas. Victor logo retornou ao quintal, conversando e rindo com a equipe, enquanto Rayra se perdia em sua imaginação e na poeira, continuando o resto da faxina.

Rayra estava com apenas um fone de ouvido, atenta às conversas ao seu redor. Ouviu Victor trocando áudios, falando sobre convidadas e dizendo que não queria ninguém de fora, pois a festa seria intensa.

Ela checou as redes sociais e viu que o aniversário dele era no dia seguinte.

Chegaram mais encomendas, e a casa começou a encher de gente, que se concentrava no quintal e na área de lazer. Rayra terminou a limpeza do quintal e subiu, procurando por Victor. Encontrou-o conversando no celular. Ele reclamava que não queria saber "dela", dizendo que "ela" estava errada. No final da ligação, perguntou se ninguém iria tentar ir no feriado e, chateado, falou:

- Não vou largar minha vida aqui só para fazer parte da família. Isso não é justo.

Rayra esperou no corredor e, quando Victor se despediu e desligou o celular, ela se aproximou do quarto dele.

-Victor? Licença? Terminei lá embaixo. Você quer que eu faça uma comidinha leve? Algo especial?

Victor, emotivo, suspirou e enxugou os olhos marejados.

- Não quero, perdi completamente o apetite. A minha irmã causa esse efeito. Eu queria não ter ninguém, como você. Entra, pode vir.

Rayra entrou no quarto, olhando tudo e admirando a decoração.

- Não fale isso. Ser sozinha é muito triste. Seu quarto é bem diferente, né? Essa cama... uau!

Ela acariciou a cama dossel, grande, começou a rir com malícia e tentou se conter. Ele a olhou, curioso.

- O que foi? Tem algo de errado com a minha cama? Não gostou?

            
            

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