No caminho, Victor parou para conversar com algumas pessoas, e Rayra, curiosa e querendo evitá-lo, subiu as escadas. Ela foi direto para o dark room, espiar o que acontecia. No caminho, encontrou duas mulheres se agarrando. Chegando no quarto, ele estava escuro, iluminado apenas pela luz que vinha do corredor.
Ela entrou e foi direto para o balde de bebidas, vendo uma garrafa rosa que não conhecia. Leu o rótulo, abriu-a e começou a beber como se não houvesse amanhã. Em seguida, foi até a prateleira de sex shops, pegou um perfume afrodisíaco e o aplicou no pescoço. De repente, ela levou um susto com a voz que soou na escuridão.
Victor se aproximou por trás, curioso, sentindo o cheiro do perfume sensual que emanava do corpo dela.
- Oi. Começou a festa sozinha? - Ele pegou a garrafa, quase vazia, e a balançou.
- Você ainda não me presenteou, mesmo não tirando os olhos de mim.
Rayra, apreensiva, manteve-se de costas, esticando a mão para lhe oferecer a taça cheia.
- Toma. - ela disse, sem olhá-lo.
- O centro das atenções é você, é impossível não te olhar. Já ganhou presentes demais.
Ele, parado atrás dela, pegou a taça intrigado.
- Não o suficiente. Mas tudo bem, em me negar algo no meu aniversário, o dia em que eu deveria me sentir especial.
Rayra, gostando do perigo de ser reconhecida, riu. Ela pegou um par de algemas na prateleira à sua frente e estendeu a mão na direção dele.
- Adoraria te fazer se sentir especial. Mas do meu jeito.
Ele pegou as algemas, rindo, completamente envolvido no jogo.
- E se não for o suficiente?
- Tenho muitas opções hoje. E sou exigente.
Ainda de costas, ela caminhou até a porta da varanda, puxando a cortina para que a luz iluminasse o quarto. Lentamente, de maneira provocativa, ela começou a descer o zíper lateral do vestido.
- Coloque as algemas. E se deite. Presente a gente não escolhe.
Ele largou a taça e caminhou até a cama. Rayra se aproximou, vestindo apenas lingerie, e se ajoelhou ao lado dele.
- Deixa eu te ajudar, aniversariante. - Ela tirou a camisa dele, beijando seu pescoço e as costas, e prendeu as mãos dele na cabeceira de ferro da cama. Enquanto o prendia, ela se encostou levemente no corpo dele.
Victor sorria, olhando para ela.
- Você e eu já ficamos?
Rayra se afastou e foi até a porta do quarto.
- Não. Eu sou especial demais, um presente inédito. - Ela fechou a porta e voltou, subindo na cama e acariciando as pernas dele.
- Quantos anos você vai fazer?
- Trinta. - ele respondeu, e perguntou a idade dela.
Rayra abriu a calça dele, beijou seu abdômen e passou o cabelo pelo corpo dele, deixando-o ansioso.
- Não vamos falar sobre mim. A noite é toda sua. Vou te dar apenas um beijo, por cada ano de vida. Trinta beijos e nada a mais.
Ela tirou a calça dele e mordeu sutilmente a ereção dele por cima da cueca.
- Eu não beijo sem sentimentos. Para não correr o risco de desenvolvê-los inutilmente.
- Mas você merece uns beijinhos. Aproveite o presente.
Ele começou a rir, achando-a muito diferente das mulheres do meio liberal que conhecia.
- Ah, não, trinta? São poucos. Eu adoro beijar, muito.
Rayra, enquanto o tocava e o masturbava, beijando a barriga e o abdômen dele. Respondeu:
- É? Também gosto. Mas, infelizmente, não é um luxo que posso me permitir ter uma boca amiga.
- P.au amigo é fácil.
Victor estava deitado, adorando as carícias dela. Intrigado, ele perguntou:
- Por que não? Ninguém realmente se apaixona pelo beijo. Isso é bobagem. O sexo é mais importante que o beijo. E o que realmente apaixona é a convivência, a afinidade.
Soltinha pela quantidade de bebida que havia tomado, Rayra riu e tirou a cueca dele.
- Todas essas coisas que nunca vão acontecer entre nós.
Ela subiu em cima dele, vestindo apenas a calcinha e sutiã, roçando sua int.imidade no p.au dele, sentindo-o duro. Em seguida, ela se abaixou e beijou o pescoço dele, sussurrando em seu ouvido.
- Posso te beijar, te devorar, e até conviver com você. E nunca vamos nos apaixonar, pelo menos não ao mesmo tempo, em sintonia.
Ela passou a boca sutilmente pela dele, roçando os lábios.
- Você deve ser um grande safado, cafajeste. Não é? A julgar pelo seu aniversário.
Ele tentou beijá-la, mas ela se afastou, provocando-o. Ele sorriu, achando-a muito singular.
- Sou obrigado a concordar. Já tive muitas desilusões e, realmente, acho impossível me apaixonar.
Rayra sorriu, um sorriso pensativo que não chegava aos olhos.
- Vamos fazer terapia ou transar?
Ela chupou sutilmente a boca dele:
- Também já sofri, muito. Perdi a minha vida toda, já passei mais tempo em relacionamentos do que sozinha.
- Acredito que os homens amam de uma maneira diferente, isso em sua minoria. - disse ela, aproximando-se ainda mais.
A distância entre os dois era mínima agora.
- Porque, pra mim... quase não amam. - ela sussurrou.
Em um movimento lento, ela se aproximou, tirando o sutiã e revelando os seios. A tensão entre eles era imensa, mas ela continuou.
- Vocês só amam o que têm como benefício no momento. E, a partir do momento que perdem isso, o interesse acaba.
Victor riu, tentando beijá-la.
- Discordo. Já conheci mulheres exatamente assim, até piores.
- Porque eu tenho a leve sensação de que você vai me torturar e me largar na vontade? - ele perguntou, com a voz carregada de uma ansiedade crescente.
Rayra riu, um som melódico e sedutor. Ela se moveu, colocando os sei.os no rosto dele, fazendo-o chupar.
- Depende.
- Go.zar sem penetra.ção é uma tortura, para você?