A Herdeira Descartada: Renascida da Prisão Mafiosa
img img A Herdeira Descartada: Renascida da Prisão Mafiosa img Capítulo 4
4
Capítulo 5 img
Capítulo 6 img
Capítulo 7 img
Capítulo 8 img
Capítulo 9 img
Capítulo 10 img
Capítulo 11 img
Capítulo 12 img
Capítulo 13 img
Capítulo 14 img
Capítulo 15 img
Capítulo 16 img
Capítulo 17 img
Capítulo 18 img
Capítulo 19 img
Capítulo 20 img
Capítulo 21 img
Capítulo 22 img
Capítulo 23 img
Capítulo 24 img
Capítulo 25 img
Capítulo 26 img
img
  /  1
img

Capítulo 4

Alina POV:

Eu estava certa. Chiara não pulou.

Na manhã seguinte, as notícias estavam em silêncio. Nenhuma tragédia na mansão dos Salinas. Apenas mais uma crise fabricada. Outra tentativa desesperada de chamar a atenção.

Trabalhei meu último turno na lanchonete, peguei o punhado de notas amassadas que passavam por um pagamento de uma semana e me retirei para o quarto apertado que aluguei acima dela. Por um momento, o silêncio foi um santuário.

Então meu telefone vibrou, quebrando a paz. Uma mensagem de Giuliana.

Reunião de família. Agora. É sobre o noivado.

O noivado. Meu noivado. Aquele que Dante jurou que era só nosso. Um pavor familiar se enrolou em meu estômago. Eu sabia exatamente o que era isso.

Fiz a caminhada familiar e sombria de volta para a mansão, um cordeiro retornando ao matadouro pela última vez. Todos estavam reunidos na sala de estar formal: meus pais, Giuliana e Dante, com Chiara agarrada ao seu braço como uma orquídea rara e venenosa.

Minha mãe, Isabella, falou primeiro, sua voz gotejando preocupação ensaiada. "Alina, querida. Como você sabe, a saúde de Chiara é tão... frágil. O médico dela sente que o estresse de sua situação se tornou uma ameaça à vida. Ele acredita que a segurança de um noivado... daria a ela a vontade de viver."

"Precisamos que você faça mais um pequeno sacrifício", acrescentou meu pai, seu olhar fixo em um ponto na parede distante. "Pela sua irmã. Pela família. Você precisa liberar Dante de sua promessa."

A sala ficou em silêncio. Todos os olhos me prenderam no lugar. Arrastei meu olhar para Dante. "E você? Você concorda com isso?"

Ele se encolheu, finalmente olhando para mim, seus olhos uma tempestade de conflito. "Não é o que eu quero, Alina. Você sabe disso. Mas é uma medida temporária - uma farsa, para mantê-la estável. Por favor."

Uma farsa. Minha vida, meu futuro, meu amor - tudo reduzido a um adereço em seu drama interminável. Olhei para seus rostos expectantes, a armadilha cuidadosamente construída. Lutar contra eles era inútil, uma batalha que eu havia perdido antes mesmo de nascer. Mas eu podia escolher meus próprios termos de rendição.

"Tudo bem", eu disse. A palavra caiu no silêncio como uma pedra.

Eles olharam, atordoados com minha rápida conformidade. Chiara foi a mais chocada de todas. Um lampejo de fúria crua cruzou seu rosto antes que ela o rearranjasse habilmente em uma máscara de fragilidade ferida. Minha rendição não era suficiente. Ela precisava da minha humilhação total.

"Isso não é suficiente", ela sussurrou, sua voz um tremor teatral. Ela pegou um abridor de cartas de prata da mesa ao lado dela, pressionando a ponta afiada contra a pele translúcida de seu pulso. "Eu preciso da sua bênção. Preciso que você se ajoelhe e abençoe nossa união."

Meus pais ofegaram. Dante deu um meio passo à frente, seu rosto escurecendo como uma nuvem de trovoada.

"Eu faço isso", eu disse, minha voz impossivelmente calma, cortando a tensão. "Com uma condição."

Fixei meus olhos em Chiara, mantendo-a cativa em meu olhar.

"Você se ajoelha primeiro. Você se ajoelha e me agradece pelos sete anos que cumpri em seu lugar. Pela vida que você roubou de mim."

                         

COPYRIGHT(©) 2022