Me aproximo ainda mais dele, sentindo sua respiração contida. Com cuidado, deslizo a ponta dos dedos até o zíper do moletom, com o olhar fixo no dele, para ter certeza de que posso continuar.
Simon apenas assente, quase imperceptível, e não oferece resistência. Há algo de muito íntimo naquele silêncio - não desconfortável, mas tenso, como se estivéssemos prestes a atravessar uma linha invisível entre quem cuida e quem se deixa cuidar.
Abro o moletom devagar, respeitando cada centímetro. Vejo os sinais de tudo o que ele carrega escondido: marcas suaves da faixa, a tensão nos ombros, o esforço silencioso de parecer bem o tempo todo.
Toco com delicadeza a pele ao redor dos seios, como quem examina uma ferida que não é só física. Ele fecha os olhos, e pela expressão percebo que não sente dor, mas sim alívio. Alívio por não estar sozinho.
- Você não precisa enfrentar isso calado. Estou aqui, Simon. - Digo, quase num sussurro, enquanto abocanho um de seus mamilos
Ele solta um suspiro trêmulo, quase um soluço contido. E naquele instante, a conexão entre nós é maior do que qualquer palavra possa explicar.
Ele desvia o olhar, como se tivesse dito algo embaraçoso demais. Mas eu só consigo pensar no quanto ele deve se sentir exposto, e o quanto isso deve cansar.
- Não precisa pedir desculpa - respondo, baixando a voz, tentando aliviar o peso no ar. - Eu só... não queria te machucar.
Simon respira fundo, os olhos ainda úmidos. Com o dorso da mão, seca discretamente o canto da pálpebra.
- Eu sei. Só tô acostumado a esconder isso de todo mundo. Às vezes esqueço que você não é todo mundo...
A frase me atravessa de um jeito difícil de explicar. Me aproximo mais um pouco, sem pressa, com cuidado.
- E não precisa esconder isso de mim, Simon. Eu tô aqui. E eu vejo você - completo, com sinceridade.
O quarto fica em silêncio por um instante. Mas não é um silêncio vazio - é cheio de tudo aquilo que, aos poucos, começamos a entender que podemos dividir.
Ele abaixa a cabeça, como se quisesse desaparecer sob a gola da própria camisa. Por um instante, penso em não dizer mais nada..., mas o silêncio dele parece um pedido, não um afastamento.
Toco de leve sua mão, que repousa trêmula sobre a coxa.
- Simon... - sussurro, com a voz vacilando, - você não precisa mais carregar isso sozinho. Eu tô aqui, de verdade. Com tudo o que isso significa.
Ele fecha os olhos por um momento, e quando abre, há um brilho contido neles. Não é só choro - é um certo susto também. Como se não soubesse que seria possível ser visto com tanta clareza, sem ser julgado.
- É difícil, Noah... às vezes, eu acordo e me odeio. Me odeio pelo que meu corpo é, pelo que meu corpo não é. Eu não queria que você visse isso.
Eu aperto a mão dele, e sinto que ele segura de volta - com força, como quem se ancora em algo.
- Eu vejo, Simon. E continuo aqui. Nada do que você me mostrou até agora me afastaria. Pelo contrário... - respiro fundo, sentindo o peso do que estou prestes a dizer, - me aproxima.
Ele engole em seco, como se aquilo fosse difícil de aceitar, mas também necessário de ouvir.
- Obrigado - ele murmura, a voz falha. - Nunca imaginei que você... que alguém... me olhasse assim.
Passo o polegar pelo dorso da mão dele. Ficamos em silêncio, mas dessa vez é outro tipo de quietude - aquela que parece proteger o momento, como se qualquer palavra a mais fosse quebrá-lo.
Volto a sugar novamente e percebo que ele continua a gemer baixinho com os olhos fechados.
- O que você sente quanto eu sugo seu seio? - pergunto ainda curioso.
- Um alívio, cara. A sensação do líquido sair sendo sugado por sua boca é muito melhor que quando sugo com a bombinha. Sua boca é... quentinha.
Vejo umas gotas saírem do outro seio então fico revezando entre um e outro. Simon está escorado na cama, eu me acomodo em seu peito e relaxo, sugando seus mamilos com deligadeza, lento e com sugadas constantes. Percebo o quanto meu amigo está calmo e eu estranhamente relaxo com isso também.
- Noah...- ele me chama baixinho.
- Uhmm...
- Minha mãe pode entrar aqui a qualquer momento...
- Relaxa, Simon... tá tão bom aqui e eu sei que você está gostando. Sua mãe não vai entrar aqui sem bater na porta. Ela nunca entra.
Continuo quieto, me deliciando do momento. Sinto um sono que não consigo segurar. Estar aqui é bom demais. Em meio aos cochilos, ouço gemidos contidos do Simon. Não sei se de dor ou prazer, mas é gostoso de ouvir. Já esvaziei um lado e mudei para o outro.
Ouvimos uma batida na porta e a mãe do Simon nos chama para jantar. Solto o peito dele com relutância. É muito relaxante chupar esses mamilos dele e sentir esse leite escorrer por minha língua.