MINHA PEQUENA REDENÇÃO: O AMOR PODE MUDAR VOCÊ, BASTA QUERER! E-BOOK 1.
img img MINHA PEQUENA REDENÇÃO: O AMOR PODE MUDAR VOCÊ, BASTA QUERER! E-BOOK 1. img Capítulo 5 O ACORDO DE APARÊNCIAS.
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Capítulo 6 O INÍCIO DA FARÇA. img
Capítulo 7 A TENTAÇÃO NO PARAÍSO FALSO. PARTE I img
Capítulo 8 A TENTAÇÃO NO PARAÍSO. PARTE II img
Capítulo 9 A VINGANÇA CONSUMADA. PARTE img
Capítulo 10 A VINGANÇA CONSUMADA. PARTE II img
Capítulo 11 O BEIJO INEVITÁVEL. img
Capítulo 12 A QUEDA DA TENTAÇÃO. PARTE I img
Capítulo 13 A QUEDA DA TENTAÇÃO. PARTE II img
Capítulo 14 A QUEDA DA TENTAÇÃO. PARTE III img
Capítulo 15 A QUEDA DA TENTAÇÃO. IV img
Capítulo 16 O DESPERTAR DA REALIDADE. PARTE I img
Capítulo 17 O DESPERTAR DA REALIDADE . PARTE DOIS img
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Capítulo 5 O ACORDO DE APARÊNCIAS.

CAPÍTULO TRÊS: O ACORDO DE APARÊNCIAS.

O tempo de espera no andar de baixo foi breve. Pouco tempo depois, com a sensação de leveza e frescor de um banho, Celina surgiu nos primeiros degraus da escada, no andar de cima.

Seus passos eram cautelosos, mas havia uma nova curiosidade em seu olhar.

Ela olhava tudo com atenção, varrendo o ambiente com os olhos, deslumbrada com o tamanho da casa. Era um palácio moderno. O design, o mobiliário e o próprio volume da construção a deixavam sem ar. Era tudo muito luxuoso.

Os pais da Celina eram bem de vida no passado, tinham certo conforto, mas a casa onde moravam, nem chegava perto de tudo aquilo que estava em frente aos seus olhos. A mansão do Kaleb era de outra dimensão. Era de ficar de queixo caído.

Celina usava um roupão de banho que estava no banheiro, um tecido macio e grosso, que com seu tamanho, ficou enorme, engolindo seu corpo frágil, mas ela envolveu o roupão bem em sua cintura e amarrou firmemente.

Com os cabelos ainda molhados pelo recente banho e soltos sobre os ombros, e descalça, ela finalmente estava se sentindo bem, viva!

Era uma sensação renovada. Era bom poder pisar no chão gelado, o mármore frio tocando seus pés, dava a sensação de leveza e liberdade.

Na noite passada, durante a fuga, Celina não tinha nada nos pés, correndo sobre o asfalto. E, por enquanto, não encontrou nada para calçar, mas, estranhamente, estava muito bem e confortável. O frio nos pés era uma pequena libertação. Era bom sentir o chão gelado!

- Seja bem vinda à minha casa. É um prazer tê-la como minha convidada. - Kaleb falou, com sua voz grave, mas com um tom de acolhimento, enquanto observava a Celina, olhando tudo ao seu redor.

Ela estava tão distraída que nem mesmo havia notado ele ao pé da escada, no andar debaixo, esperando por ela.

- Isso tudo é lindo... e enorme! É impressionante. - Comentou ela, voltando à realidade, descendo os degraus com mais confiança, chegando onde o Kaleb estava esperando por ela.

- Que bom que gostou! Fico feliz. - Kaleb comentou, sentindo uma satisfação genuína por vê-la tão animada e feliz. A visão de sua alegria era algo novo para ele.

Ele tinha um plano. Queria fazer uma proposta a ela e, ver como ela estava se sentindo bem em sua casa, tão à vontade, poderia pôr seu plano em prática sem maiores resistências.

Durante o café da manhã, que já estava servido na mesa, Kaleb resolveu esperar para falar com ela. Queria que ela estivesse forte e mais a vontade.

Queria que ela se alimentasse direito, se nutrisse, afinal, ela estava muito magra. Ele a observou comer, garantindo que ela se sentisse segura.

- O que pretende fazer agora? Qual é o seu próximo passo? - Kaleb perguntou, após o café, iniciando a conversa, querendo ver se conseguiria o que estava pensando. Ele precisava de uma abertura.

- Eu não sei! - Murmurou ela, tristonha. A alegria se dissipou. Ela estava sem saber o que será da sua vida agora. A fuga foi impulsiva. Ela não pensou naquela parte, no futuro, apenas fugiu para se livrar do Jorge.

- Tenho algo em mente que poderá ajudar nós dois, uma solução mútua, mas não quero que se sinta obrigada a dizer sim. Não há pressão. Se não quiser, é só dizer não. - Kaleb falou, meio receoso. Ele temia a rejeição.

- E o que é? Conte-me. - Perguntou ela, curiosa, a incerteza misturada com expectativa, olhando para ele.

Na sua mente, o plano parecia ótimo, uma solução elegante, mas agora, que precisava falar, a proposta parecia loucura. No entanto, a necessidade era urgente. Mas não custava nada tentar, então Kaleb falou tudo de uma vez, sem rodeios.

- Minha tia está tentando me casar de todas as maneiras, o que me incomoda profundamente, e, você tem seu padrasto louco! Aquele perigo iminente "por pouco tempo, pensou ele, a promessa de vingança silenciosa". Então, eu estava pensando... - Sem conseguir terminar a frase, a coragem o abandonando por um instante, Kaleb, olhou para ela, tentando ver a reação dela sobre a conversa, mas ela estava calma. - Que poderíamos nos casar. Seria um casamento de conveniência. - Disse ele por fim e, Celina arregalou os olhos, espantada por sua proposta.

- Eu não sei... É algo muito sério. - Ela começou a protestar.

- Por favor, deixe-me explicar, antes que pense mal de mim. Não sou um predador. - Pediu ele, sem deixá-la terminar o que ia dizer a ele.

Sentindo-se segura, assentiu com a cabeça, afirmando que ele podia continuar.

- Não tocarei em você! Prometo. Seria só um casamento de aparências. Apenas um teatro social. Faria minha tia sair do meu pé definitivamente e, em troca, te dou minha proteção. Você estaria intocável. Prometo que seu padrasto nunca mais irá encostar em você. - Kaleb prometeu com a seriedade de um juramento, e realmente cumpriria sua promessa.

Ele garantiu a si mesmo: Aquele homem nunca mais vai tocar em um fio de cabelo dela!

- Não seremos marido e mulher... você sabe... intimamente? - Perguntou ela, envergonhada, a delicadeza da Celina em contraste, em estar tendo aquela conversa tão constrangedora.

- Não! Absolutamente. Talvez um abraço ou algo assim, para manter as aparências perto das pessoas, para enganar a sociedade, principalmente minha tia, nada mais que isso. - Explicou a ela, detalhando os limites do acordo.

- O Jorge nunca mais vai chegar perto de mim? É uma garantia? - Perguntou, olhando intensamente nos olhos dele, buscando a verdade em seu olhar. A segurança era sua maior necessidade.

- Nunca! Ele nunca mais vai chegar perto de você. Será impossível para ele. - Kaleb garantiu a ela, sem desviar o olhar, querendo mostrar a ela, que estava sendo verdadeiro. Sua palavra era lei.

- Então por mim, tudo bem. Eu aceito! - Concordou com uma certeza surpreendente, e o Kaleb ficou surpreso por ela concordar tão rápido, a facilidade o desestabilizou, mas ele não ia discutir, vai que ela mudava de ideia!

A verdade era que, para a Celina, a proteção do Kaleb, era algo que ela precisava. A prioridade era a sobrevivência. Só em pensar em como sofreu, nas agressões, nas tantas noites que passou fome, ou as surras que levou a cada vez que dizia não, a memória era física. Aquilo fazia seu corpo estremecer.

E com o Jorge lá fora, solto, ela ainda se sentia insegura em tentar se virar sozinha. Olhando em seus pulsos, que cortou com um pedaço de espelho, aquele ato foi sua última tentativa em se livrar. Apenas em pensar no velho de setenta anos, o qual o Jorge queria que ela se casasse, para quitar dívidas, lhe causava arrepios.

E por medo, que seu padrasto a pegasse novamente, se estivesse sozinha, desprotegida, ela aceitou! Não havia hesitação. Não tinha nada a perder.

Ela se recordou dos momentos finais antes da sua fuga. Quando ela estava se cortando, Jorge chegou na hora impedindo-a de terminar. A briga foi a oportunidade. Decidida, ela o empurrou e aproveitou a porta aberta do quarto escuro e saiu correndo. Mesmo não sabendo para onde iria, ela não parou, ela fugiu! Ela só não aguentava mais aquela vida!

E se o destino a levou até o Kaleb, se chegou até ali, então, ela não iria desistir de sua chance de liberdade, e a proposta que o Kaleb acabou de fazer a ela, seria sua segurança. O caminho mais rápido para não passar mais por aquele inferno.

- Está mesmo bem, com a minha proposta? Você tem certeza absoluta? - Kaleb perguntou, querendo ter uma confirmação inquestionável.

- Sim! Estou muito bem. Eu preciso da sua proteção e essa é a única coisa que me importa, e se eu posso te ajudar, farei de todo meu coração. É um prazer. Devo minha vida a você, Kaleb. Eu seria uma pessoa morta. Se o Jorge tivesse conseguido me pegar ontem... eu teria terminado o que comecei! - Disse ela, passando as mãos sobre os pulsos enfaixados, uma lembrança dolorosa.

- Ele nunca mais vai encostar num fio de cabelo seu! Eu garanto. - Kaleb falou, com convicção de um predador.

- Eu sei! Confio em você! Totalmente. Por isso estou aceitando sua proposta. - Disse ela, sorrindo docemente para ele e o Kaleb sorriu, um sorriso largo e inesperado, se dando conta que estava mesmo muito afetado pela presença daquela garota. Sua vida mudava a cada instante ao lado dela. Não era de sorrir daquela maneira!

                         

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