- Tudo sim. Eu arrumei a mesa do senhor Levinson e limpei a sala da senhorita, espero que não se incomode, eu juro que não mexi em nada, um tal de George Winter passou por aqui se dizendo o contador da empresa, ele queria saber se tudo estava bem mas disse que a senhorita havia saído, ele mandou a senhorita retornar para o telefone dele. Eu agora estou adiantando esse projeto aqui, vi que eu só precisava editar as fontes e a coloração de fundo mas se a senhorita quiser mudar, eu mudo. - Ele mostrou-me o monitor.
- Uau! Ficou bom.
- Obrigada senhorita Rachel. - Ele deu um sorriso tímido.
- Você é muito competente Peter. A propósito será que tem como você trazer os seus documentos amanhã? É para entregar ao contador ok?
Ele deu-me um sorriso alegre
- Obrigada senhorita Rachel! - Fui até a minha sala e vi que além de estar bem limpa e extremamente arrumada, tinha até cheirinho desinfetante com o frio do ar condicionado.
Liguei para o contador através do telefone fixo da minha sala e expliquei o porquê de minha ligação.
- Eu só queria ter certeza que o Noah tinha pago a conta de luz, ele anda muito desleixado, não tem nada de errado com as contas. Queria também que o senhor passasse aqui para recolher os documentos de um novo funcionário que eu contratei, isso vai entrar para o fluxo de caixa.
- Algo mais?
- Não, até mais.
Liguei meu computador e comecei a dar início nas primeiras ideias para a capa do Júlio até que quando eu salvei o projeto lembrei-me de uma coisa: Meu Pendrive, procurei pela a mesa, dentro do armário, dentro da gaveta que ficava na mesa, e nada.
- PETER! - Dei um salto da cadeira e saí da sala.
- Peter me diz que você viu meu Pendrive por aí?
- Eu arrumei tudo, mas não vi nenhum Pendrive.
- Não, Não, Meu Pendrive.. Tinha uns arquivos do Júlio nele.
- Falando em Júlio, ele ligou mais cedo avisando que você se esqueceu de alguma coisa na casa dele.
- Oh Deus! Meu Pendrive. Peter você é demais! - Dei um rápido beijo na testa de Peter, ele enrubesceu.
Fui até a minha sala e já que não tinha bateria no celular, usei o telefone fixo mas me lembrei que não sabia o número dele de cor.
- Argh que merda.
Sentei na cadeira de novo e voltei a trabalhar, até o horário de sair e então enquanto fechava o lugar, chamei Peter.
- Está vendo isso? É uma cópia da chave daqui. - Joguei em seu colo.
- Sério mesmo?
- Não vai precisar ficar me esperando quando eu não chegar, ou quando eu tiver que sair.
- Tem certeza senhorita Rachel?
- Você não vai perder, vai? - Olhei para ele desconfiada.
- Não! Não mesmo. - Disse com plena convicção.
- Então sim, tenho certeza. - Ele enrubesceu de novo.
- Você vai para casa de quê?
- Eu..Tenho uma bicicleta.
- Legal, eu também andava muito no Brasil, lá transporte é muito caro. Acho que vou comprar uma para mim também. Aonde prende?
- Lá! - Ele apontou para alguns metros de distância.
- Nossa, é longe.
- Aqui por perto não tem lugar para guardar a bicicleta.
- Vou dar um jeito nisso então, tchau tchau Peter Jaime.
O vi caminhando em busca de sua bicicleta, enquanto eu ia pegar um transporte coletivo até a casa da Laurel pois estava sem telefone, pelo o horário quase anoitecendo teria mais chances de falar com Júlio. Caminhei para dentro do prédio e apertei o primeiro andar, o porteiro até que já me reconhecia mas me olhava de uma maneira esquisita, porque ele sabia que eu não morava ali, e eu não me vestia tão bem assim, eu não era tão vaidosa assim, apertei a companhia e Júlio me atendeu.
- Que surpresa. Te liguei várias vezes e caía diretamente na Caixa de recados.
- Meu telefone acabou a bateria.
- Vem entra. A Laurel ainda não chegou.
- Eu me lembrei do pendrive que eu deixei aqui ontem e você esqueceu de me entregar hoje.
- Foi Sim, desculpe por isso.
- Que nada. Eu até já tenho umas ideias para a...
- É, Eu sei! Mas o Júlio me chamou de última hora, e eu vou sair com ele, sinto muito Mandy. - Era a voz de Laurel com o celular no ouvido, abrindo e fechando a porta com força.
Ela entrou sem nem ao menos me olhar, apenas continuou no telefone agitada.
- Hermana Boa Noite, vai querer o quê para jantar? - Percebi que ele também estava sendo debochado, mas Laurel o ignorou.
- O quê? A Michaela também vem? - Ela tirou o telefone do ouvido e o sacudiu com raiva.
- Argh que merda. - sussurrou baixinho
- Estou aqui, Que ótima a sua ideia - Ela fingiu alegria.
- Mas eu já disse, eu e o Júlio vamos sair! - Júlio olhou para ela com o rosto mais perdido do mundo.
- Laurel? - Sussurrou ele confuso.
- Não é desculpa, Mandy! Imaginaaa...eu nunca faria isso com você. - Falou falsamente.
Eu abri a boca em um perfeito O com aquilo.
- Você quer falar com o Júlio? Nossa, Mandy, assim você me ofende. - Ela interpretou a cara mais lavada do mundo.
- Vou deixar você falar com o Júlio mas saiba que eu ficarei ofendida. - Mentiu perfeitamente.
- Eu jamais mentiria pra você! - Ela cruzou os dedos enquanto falava.
- Vou tentar encontrar o Júlio, espera! - Ela afastou o alto falante do celular e simulou um grito
- JÚLIOOOO!
Eu e Júlio nos olhamos entre si inacreditados. Ela começou a andar em círculo com o celular virado para o chão como se estivesse realmente procurando o irmão e mexeu no celular.
- Júlio eu preciso que diga a Mandy que vai me levar para jantar.
- Mas a gente não vai sair.
- Eu sei, mas eu estou cansada, precisava de uma desculpa.
- Por que simplesmente não diz isso a ela?
- Tive que dizer para os nossos pais que as meninas iriam vir pra cá, porque não estava afim de ir para casa deles.
- Mentiu para os nossos pais usando as suas amigas, e agora está mentindo para suas amigas me usando?
- Laurel? Cadê Você? Eu estou esperando! - A voz de Mandy ecoa do celular.
Laurel tira o telefone do silencioso e então volta a andar em círculo e grita o nome do irmão.
- JÚLIO CADÊ VOCÊ? - Ela põe o telefone no mute novamente.
- EXATAMENTE! E agora a Mandy não acredita em mim, será que dar pra ajudar?
- Por que você não diz que tem uma reunião importante, como disse quando estava transando com o Marcco?
- Por que a Michaela vai vir também, nós duas saímos juntas da empresa, ela vai saber que eu estou mentindo dessa vez.
Ela volta a andar em círculo pela a sala, desativando o mute
- O Júlio está no banheiro, Mandy! - Vejo ela revirar os olhos com a resposta da amiga e Grunhi baixo.
- Ah Deus! - Ela olha para o irmão
- JÚLIO PELO O AMOR DO CÉU, ME AJUDA.
- Agora é Júlio? Enquanto eu ficava aqui com suas amigas, você estava transando com o Marcco Pollo.
- Já disse que te dou o Marcco Hermano. Ah Lembrei! Ele gosta de vagina não de pênis. - Disse debochada.
- Eu não quero o Marcco Pollo, mas se vocês estavam juntos, pode dizer que está com ele agora.
Ela bateu o salto contra o chão em raiva.
- Hoje é quinta feira, o Marcco Pollo vai estar no jantar, merda! É por isso que não quero ir, nossos pais vão encher o meu saco, cacete!
- Então boa sorte Hermana! - Júlio diz debochado e começa a caminhar até o quarto dela, Laurel pega em seu braço.
- Júlio, por favor!
- Laurel, você precisa aprender a dizer não para as pessoas!
- Subjetividade é o ponto forte de um advogado. Eu só preciso de uma desculpa.
- A mesma que você inventou, para justificar o seu atraso ontem enquanto você aproveitava em cima de uma mesa? - Diz ele em desdém.
- Exatamente! Elas não precisam saber! Confesso que eu queria ri com tamanha cara de pau.
- Laurel, você mente tanto, porque simplesmente não consegue dizer não as pessoas, já pensou em ser sincera um pouquinho, as vezes?
- E por que eu faria isso?
A Laurel fez um rosto tão óbvio, que era como se a ideia do Júlio fosse um tremendo um absurdo e eu não me aguentei e comecei a ri.
- Mentir é muito melhor e mais eficiente que falar a verdade. - Ela olhou para mim e eu senti a indireta.
- LAUREL, EU AINDA ESTOU AQUI! - A Mandy gritava do outro lado, Laurel caminhou até a parede e bateu nela com força.
- JÚLIO, FAZ A CHUCA DEPOIS, E VEM ATENDER O TELEFONE. - Vi o pobre Júlio abrir a boca abismado.
- Está sendo hipócrita com as suas amigas.
- Sou Advogada, Não Pregadora Religiosa! Elas não precisam saber disso também.
- Laurel, pelo o amor de Deus, mentir desse jeito é Errado, não leva ninguém muito longe.
- Eu sou hipócrita, mentirosa, falsa, ambiciosa, vaidosa e promíscua, além de gostar muito de fazer sexo. Eu já sou corrompida pelo o sistema, não tenho mais salvação mesmo.
- Não sei se me sinto aliviado por você pelo menos ser sincera comigo, ou preocupado por justamente isso, ser o mais próximo do que você consegue falar sem mentir. - Ela fez um rosto cômico e desdenhoso
- Aahh..Lembrei que religioso também mente, então não se preocupe comigo pois todos nós já estamos corrompidos pelo o sistema, eu muito mais por gostar de ter a conta bancária cheia, não é a atoa que sou uma das melhores na que faço.
Era tanto deboche misturado a tamanha falta de vergonha que eu começei a reparar que o Júlio já estava pegando ar com aquela conversa.
- Você pode não saber dizer não. Mas eu sei e a minha resposta é NÃO! - Júlio saiu irritado.
- Mas que filho da mãe! - Ela Grunhiu em raiva e pegou o telefone.
- Mandy, ele desmarcou acredita?- Interpretou ela.
- O ESCROTO ESTÁ ACABANDO COM A MINHA ÁGUA SÓ PARA MANTER A BUNDA EM DIAS, APOSTO.
- Eu estou tão irritado com a falsidade dele que se ele for se encontrar com alguém QUERO QUE ELE VOLTE SEM SENTAR!
- Graças a Deus que ele desmarcou, não estava nem um pouco afim de ir. - Laurel cruzou os dedos enquanto falava.
- Você vai trazer o champanhe? - Ela revirou os olhos, fazendo cara feia e tampou o celular
- JÚLIO, ME DIZ QUE TEM VINHO NA ADEGA!
- POR QUÊ? - Ele gritou dentro do quarto
- A MANDY VAI TRAZER AQUELE CHAMPANHE DE MERDA PORQUE TEM MAL GOSTO, E VOCÊ SABE QUE EU NÃO VOU BEBER AQUELA PORCARIA!
Agora eu havia entendido o porquê só ela estava tomando vinho enquanto as amigas delas e o Noah se esbaldavam no champanhe.
- SÓ TEM DO BRANCO! - Júlio gritou, ela revirou os olhos.
- Tudo bem Mandy, daqui há uma hora então? Certo, beijos. - Ela desliga o telefone e Júlio vem até a sala com o meu pendrive nas mãos.
- Posso pegar mais na casa do papai e da mamãe se...
- Não precisa! Eu misturo o vinho branco no champanhe quando elas não estiverem olhando.
- Elas não vão notar?
- A Kelly se embriaga fácil, a Mandy não sabe o que é bebida de qualidade e a Elena bom...Ela nunca fala nada porque esta mais preocupada em olhar para a Michaela, talvez a Michaela perceba, talvez não, ela vai perceber, mas isso eu resolvo. - Laurel foi até o balcão da cozinha que tinha prateleiras de vinhos embutida na parede.
Júlio caminhou até mim
- Está aqui o seu pendrive. Estou ansioso para ver o que você tem pra mim. Laurel você vai pedir alguma coisa ou eu vou comer sozinho?
Laurel caminhou até nós dois
- Hermano me esqueci de uma coisa, você não vai poder ficar aqui. - Vi Júlio arregalar os olhos.
- Está me expulsando?
- Isso não seria necessário se você me ajudasse! Precisei dizer que você ia se encontrar com alguém, por isso desmarcou o "Jantar" - Ela fez aspas com o dedo.
- Mas foi você que mentiu!
- E você não me ajudou. - Ela deu um sorriso fingido proposital.
- Ah! E Por favor volte sem sentar também, sua irmã não mente lembra? - Disse presunçosa.
- Mas pra onde eu Vou?
- Hermano, você é lindo, gostoso, inteligente e com os olhos azuis sedutores da mamãe aqui, não seja tão modesto consigo mesmo. Você consegue um pênis muito fácil.. - Laurel deu as costas para nós e voltou para a cozinha.
- Quer ir para minha casa? - Perguntei a ele
- Tem certeza? Isso só acaba quando elas estão bêbadas e largadas no sofá da Laurel.
- Tenho certeza que o Noah vai adorar a sua visita. - Ele deu um sorriso tímido.
- LAUREL, POSSO PEGAR O SEU CARRO?
- NÃO VAI MEXER NO MEU CARRO!
- LAUREL POR FAVOR, É SÓ UM CARRO.
- ACRESCENTE MATERIALISTA E EGOÍSTA, AO QUE SOU TAMBÉM! - Júlio revirou os olhos.
- ISSO TUDO É RAIVA POR EU NÃO TER TE AJUDADO? - Ela veio até nós com o celular no ouvido, enquanto segurava duas garrafas de vinho branco nas mãos e escolhia com o olhar .
- Vingativa também! Acrescenta na lista. - Ela foi debochada e se voltou ao telefone
- Sim, uma barca completa de sushi....Para cinco pessoas.
- Tudo bem vamos de coletivo. Aqui o transporte público não é ruim, queria que no Brasil tivesse a mesma coisa. - Falo para ele.
- Laurel, o que você está fazendo é ridículo, sabia?
- Hey! Antes de fechar a conta coloca molho picante também.
- Molho picante no sushi? - Perguntei surpresa
Ela tampou o telefone com a mão
- Caso ele não volte sem sentar, eu mesmo resolverei isso quando ele estiver dormindo. - Júlio arregalou os olhos eu tampei a boca para não rir.
Laurel voltou a falar no celular e deu as costas
- O que vocês têm de sobremesa?
- Acho melhor irmos. - Digo e ele me segue, nós dois saímos do apartamento e descemos o elevador, pegamos o transporte público em direção a minha casa. Quando cheguei lá o Noah estava agitado, com um semblante atordoado, e tinha o celular em mãos, seus olhos deram um salto ao me verem que mal notou a presença do Júlio comigo.
- RACHEL, GRAÇAS A HASHÉM! - Ele então me abraçou forte.
- O que foi Noah?
- Como assim o que foi? Você não voltou pra casa, não atendia o celular, liguei até para o Peter Jaime atrás de você, e ele disse que você tinha fechado o escritório com ele, aliás que negócio é esse de dar a chave pra ele?
- Meu celular está sem bateria desde que eu tive que resolver as contas da Raynoh, depois que fechei tudo fui para casa da irmã do Júlio pois deixei meu pendrive com ele ontem e Sim, dei uma cópia da chave do escritório para o Peter pois ele se demonstrou dedicado e competente, fora que quando preciso cuidar de você e das suas ressacas é o Pett que fica no meu lugar.
- Olá! - Júlio acenou timidamente
Vi logo o Noah mudar de jeito com isso e Revirei os olhos
- Olá Júlio, como você está?
- Alguém tem alguma preferência para Jantar?
- Pode ser qualquer coisa. - Falou Noah me ignorando com as mãos e sem nem me olhar.
- Júlio? - Perguntei a ele
- Desde que seja bom, está valendo.
- Ótimo, então vamos de hambúrguer? Há um tempo que não como um Méqui.
Coloquei o telefone no carregador e fui até o App para pedir comida, Noah logo se sentou ao lado de Júlio.
- Batata fritas, vocês?
- Tanto faz! - Falou Noah
- Milk Shake ou refrigerante?
- Tanto faz! - Falou Noah sem nem prestar atenção.
- Um tapa na sua cara Também?
- Tanto Faz! ...O QUÊ? - Noah virou bruscamente para me olhar e eu fingi um sorriso propositalmente.
- Vou tomar banho.
No nosso apartamento apenas tinha dois quartos mas ambos tinham banheiro, isso era bom pois eu amo tomar banho e gosto de passar o tempo com a água no corpo, não me julguem, eu nasci no Brasil, Noah também dizia que eu tomava muitos banhos e eu não havia largado o costume, mas de tanto falar de mim e das minhas manias, Noah acabou aderindo algumas: Ele passa o dia descalço em casa e também come cebola crua na minha torrada de ovos, sem se importar com o bafo ou as gases, assim como na vinagrete, que ele nem sabia o que era antes de eu mostrar. Eu coloco os meus típicos shorts e blusinhas soltas para ficar em casa, também hábito que eu tinha antes, eu andava muito de short e chinela, quando ia trabalhar colocava a calça e o tênis por ser mais confortável do que salto. Eu não havia contado o tempo mas posso apostar trinta minutos, trinta minutos e eu saio do meu quarto vendo Noah em cima do Júlio no maior amasso, abri a boca sem nem acreditar em como ele era rápido para conseguir as coisas e eu sem saber como falar com a Laurel, sem ela achar que sou uma mentirosa que faz joguinho.
- JÉÉSUS! - Gritei em português
Noah deu um salto do colo de Júlio e os dois me encararam
- Pelo o amor de Hashém Rachel, isso foi mesmo necessário?
Olhei ele inacreditada
- Esse é o respeito que você tem pela a "Sua esposa"? Se quer fazer sexo vai para o seu quarto, eu não quero catarro de porra no meu sofa!
- No "Recalque" Rachel. - Ele diz em português.
- "No Recalque" É minha mão na sua cara seu gay safado.
- No espanhol eu sei o que é Catarro, mas o que é a segunda parte que você disse? - Pergunta Júlio
- Catarro de porra é esperma em português, é uma palavra informal. - Explicou Noah
- Você sabe português?
- Apenas as sacanagens! - Ele deu um sorriso safado.
- O nível de português do Noah é de dez por cento se contarmos com toda a sacanagem que ele absorve.
- Eu sei por exemplo falar "I like you" em português. Eu gostar de você.
- É sério Isso? Você sabe o que é pênis, vagina, bunda em português mas não aprendeu a conjugar o verbo na primeira pessoa? Jesus apaga a luz!
- Conjugar os verbos é muito difícil, tem sorte de ter nascido lá. - Noah olhou para Júlio.
- Você acredita que tem verbos no passado perfeito extremo?
- É Passado Mais Que Perfeito Noah, e quase ninguém fala usando esse Modo, é mais para escrever.
- E por que vocês estudam?
- Por que não foi a Inglaterra que colonizou o Brasil, satisfeito?
A campanhia tocou e eu atentei-me para a porta e então vi o entregador.
- Noah Vem Pagar a Comida!
- Por que você não Paga?
- Porque seu pagar você não come!
- Pode deixar que eu pago! - Ofereceu-se Júlio.
- Não, não precisa eu vou pagar. - Noah tomou a frente, olhei para o rosto dele querendo matá-lo.
- Mas Que bicha safada - Grunhi em português
- Eu sei o que você falou Rachel! - Falou ele
- Ah Sabe? Então escuta essa também: VAI TOMAR NO SEU CU. - Vi o olhar perdido do entregador que olhava para mim e depois para Noah.
- Eu estar com o cu pegando fogo! - Disse ele com sotaque. - O entregador olhou Para Noah.
- É " Eu Estou" Será que você só sabe falar verbo no gerúndio? - O entregador olhou para mim enquanto eu explicava em inglês.
- O que é Isso mesmo? - O entregador olha para o Noah
- Presente contínuo Idiota. Passei horas te ensinando, pra Isso?
- Eu não precisar saber tudo. - Ele diz em português.
- Gente...Eu só quero fazer...meu trabalho... - Diz o Entregador pela a primeira vez..
- Aqui! - Júlio se levanta e dar uma nota para ele.
- Só um momento vou pegar o troco..
- Não! Pode ficar. Obrigado. - Júlio guia o entregador para fora e fecha a porta.
- Beijinho no ombro para recalque! - Ele debocha de mim em português.
- Eu nunca deveria ter te mostrado a Valesca seu filho da mãe.
- Quem é Valesca? - Pergunta Júlio.
- Não deveria ter falo isso.
O Noah se apaixonou pela a Valesca Popuzuda, ele dizia que Deus se baseou na Valesca para criá-lo, principalmente por ambos terem a mesma beleza, loiros dos olhos azuis, agora estava ligando a Smart TV para mostrar ao Júlio a coreografia.
"Desejo a todas vida longa para que elas vejam a cada dia mais nossa Vitória, bateu de frente é só tiro, porrada e bomba, aqui dois papos não se criam e nem fazem história"
O Noah literalmente incorporou a Valesca em uma versão gay perfeita, ele sabia a coreografia sem nem olhar para a tela e pior era que ele cantava a letra toda, o Júlio só assistia tudo surpreso.
"Acredito em Deus faço ele de escudo, late mais alto que daqui eu não te escuto, do camarote quase não dá pra te ver, tá rachando a cara querendo aparecer, não sou covarde já tô pronta pro combate, Keep Calm e deixa de recalque. O meu sensor de piriguete explodiu, pega sua inveja e vai..."
Noah completou em português
- PRA PUTA QUE PARIU - Com um gritinho no final
Depois começou a jogar a bunda na direção do Júlio que tinha um sorriso no rosto disfarçado, ao ver que ele sabia toda a coreografia. Noah rebolou seus glúteos também perto do meu rosto e deu um beijo em seu ombro no final para provocar o meu ser.
- Me aguarde Noah... - Estretei meu olhar e sussurrei.
- Que ritmo é esse? - Pergunta Júlio.
- Funk Brasileiro
Peguei o meu lanche e comecei a comer enquanto o Noah fazia palhaçadas em frente a TV, Júlio também comeu o seu lanche junto comigo e quando acabou, eu me vi obrigada a ficar no meu quarto pois estaria sobrando ali no meio dos dois, coloquei alguma série para assistir e torcia para que nada rolasse naquele sofá, se o Noah não tinha vergonha, que o Júlio tivesse bom senso pelo menos, foi quando ouvi a porta do meu quarto bater.
- O que É?
- Rachel é o Júlio, a Laurel ligou e perguntou sobre aonde eu estava, respondi que estava na sua casa e ela perguntou se o Noah não poderia passar lá para beber com elas.
Quando o Júlio disse aquilo, eu não acreditei, mandei ele entrar, ele entrou, mas continuou na porta.
- Sério isso?
- As amigas delas perguntaram pelo o Noah, elas gostaram dele e pediu para a Laurel o chamar. Eu disse a ela que estava Aqui e falei com o Noah, ele quer ir.
- Nada Disso! Ele não vai!
- Rachel por favor! - Ouço o Noah atrás da porta.
- Primeiro, seu descarado saia de trás da porta! - Vi então seu corpo magro aparecer para dentro do quarto.
- Segundo. Da primeira vez que eu te deixei a vontade, você bebeu todas e eu tive que te buscar. A resposta é não!
- Eu juro que vou me comportar. - Ele falou pedinte
- Eu te mandei fazer isso ontem e tudo o que você fez, foi me fazer passar vergonha.
- Prometo me controlar!
- Não acredito em você!
- Rachel se eu fosse você iria também, não vai fazer nada ficando aqui. - Fala Júlio.
- Que coragem a sua pra quem foi expulso. - Disse irônica.
- Eu não tenho medo da minha irmã, ela é alguém que gosta de manter a pose porque é vaidosa, mas já me acostumei.
- Não pareceu quando ela ameaçou enfiar molho picante na sua bunda. - Noah olhou para Júlio.
- Sua irmã te ameaçou a fazer uma coisa dessa? Ainda bem que a Rachel não é dessas.
- Não duvide meu bem. - Disse maléfica
- Você não ousaria.. - Ele olhou para mim
- Não pense que eu vou deixar barato suas provocações. Você está fodido na minha mão "Noé".
- Me chamou de Noé, fodeu. - Noah protegeu as nádegas instantaneamente.
- A única pessoa que parece estar com medo de ir é você Rachel, sem querer ofender, eu sei que a Laurel parece alguém que te faz recuar com a pose de prepotente dela, mas garanto que não morde.
- Eu não estou com medo da Laurel, eu mal a conheço.
- Então não tem porque não ir, não que eu não goste do que eu e o Noah estávamos fazendo alguns minutos atrás, mas eu sei que você está sobrando e já te considero uma amiga, não faz bem pra mim também. - Revirei os olhos
- Ok Ok Ok! Estou indo me vestir, aguardem na sala e sem catarro de porra no meu sofá!